VIDA E DOUTRINA CRISTÃ

Israel:
Historia e Profecia

Parte VII

AGRESSÃO DO NORTE

Os capítulos 38 e 39 de Ezequiel dão algunas indicações acerca da angústia pela qual Israel deve passar, antes de receber o Espírito de JEOVÁ. O capítulo 38 diz que Israel será atacado por uma corte que virá do “Norte”, debaixo do comando de alguém chamado “Gogue”. Ele terá aliados da Pérsia, da Etiópia, Pute, Gômer e de Togarma. São antigos nomes difíceis de identificar, o que não é indispensável por outra parte para compreender o sentido da profecia.

Este ataque descreve a aflição catastrófica final sobre Israel, quando venha a intervenção divina. Quando chegue esta libertação por meio do poder de Deus, será reconhecida claramente como tal por Israel e por todas as nações. Depois da destruição das hostes invasoras, a profecia declara: “Eu me engrandecerei, e me santificarei, e me darei a conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou JEOVÁ.” — Ezequiel 38:23 TB

Porém, quando haja vindo este tempo, Israel conhecerá suas últimas provas, debaixo da “vara” de JEOVÁ. A profecia diz: “Assim diz o SENHOR JEOVÁ: acaso, naquele dia, quando o meu povo de Israel habitar seguro, não o saberás tu?” (TB) Isto se dirige a Gogue, e indica que este grande poder que virá do “Norte” terá conhecimento da impotência de Israel. A Profecia diz também:

“Você virá do seu lugar, do extremo norte, você, acompanhado de muitas nações, todas elas montadas em cavalos, uma grande multidão, um exército numeroso. Você avançará contra Israel, o meu povo, como uma nuvem que cobre a terra. Nos dias vindouros, ó Gogue, trarei você contra a minha terra, para que as nações me conheçam quando eu me mostrar santo por meio de você diante dos olhos delas.” — Ezequiel 38:14-16 NVI

“Declaro que naquela época haverá um grande terremoto em Israel.” (Ezequiel 38:19) Este estado de coisas se refere sem dúvida alguma ao movimento dos ossos que se juntam uns aos outros e se cobrem de carne, segundo o capítulo 37, versículo 7. Será um tempo de angústia para Israel, talvez o pior que aquele que havia experimentado desde seu retorno a terra prometida. Porém, JEOVÁ intervirá em favor deles. Ele diz:

“Chamarei a espada contra ele (Gogue e seus exércitos) para que venha sobre todos os meus montes, diz o Senhor JEOVÁ; a espada de cada um se voltará contra o seu irmão.” (Versículo 21) Isto indica o desenvolvimento de uma grande confusão nas fileiras destes aliados, que se juntarão neste combate final contra Israel. Levando em conta a situação confusa que existe no mundo atualmente, não é difícil prever que os conflitos importantes podem nascer de um ataque contra Israel. JEOVÁ diz: “Executarei juízo sobre ele com peste e derramamento de sangue; desabarei torrentes de chuva, saraiva e enxofre ardente sobre ele e sobre as suas tropas e sobre as muitas nações que estarão com ele. Eu me engrandecerei, e me santificarei, e me darei a conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou JEOVÁ.” — Versículos 22-23 NVI, TB

Não estamos em condições de interpretar estes símbolos. No entanto, a intervenção divina se manifestará em proveito para Israel, que se encontrará em uma situação, neste ponto difícil que, abandonando a sua própria sorte, sofrerá uma derrota completa e provavelmente seria expulso do país. Não é indispensável saber como isso se realizará, nos basta saber que isso se efetuará, e que, pela manifestação do poder milagroso, as multidões das nações reconhecerá a mão de JEOVÁ nos assuntos de seu antigo povo.

Os seis primeiros versículos do capítulo 39 revelam o efeito que terá esta intervenção sobre os inimigos de Israel. O versículo seguinte diz: “Farei conhecido o meu nome no meio do meu povo de Israel e nunca deixarei profanar o meu santo nome; as nações saberão que eu sou JEOVÁ, o Santo de Israel.” TB

Será um tempo notável para Israel e para todas as nações. Os Israelitas ainda que não veem o significado real do que se cumpre a favor deles. O espírito do nacionalismo e o desejo de segurança econômica hão sido as razões de muitos que retornarão a Palestina para viver ali; outros hão ido ali porque têm sido desarraigados dos países onde foram dispersos e que não podiam ir simplesmente para outra parte.

Quaisquer que seja os motivos para sua presença na Palestina, eles puderam comprovar o espírito de hostilidade que alimentam seus vizinhos a respeito e a má intenção escondida dos árabes de destruí-los e de possuir de novo o país que pretendem não pertença a Israel. Tiveram de aguentar vários atentados terroristas e hão visto suas fronteiras violadas e sua economia ameaçada pela pressão exercida pelas Nações Unidas, a organização a qual se uniram para terem certa medida de segurança.

Também, estão convencidos de que podem ter confiança somente em sua própria perspicácia e força militar. Finalmente, depois de haverem gozado de um curto período de paz e de segurança, crendo que haja superado todos os obstáculos, eles se encontraram subitamente enfrentando a ameaça mais terrível de sua existência como uma nação jovem combatente. O temor e o desespero se apoderarão deles.

É então, quando se produzirá o milagre; a “contestação” de Deus em seu favor, com a peste simbólica, pelas pedras de saraiva, pelo fogo e pelo enxofre (talvez não somente simbolicamente). Será uma experiência decisiva! Assim é como JEOVÁ fará saber seu santo nome no meio do seu povo Israel.

Os últimos versículos deste capítulo (23-29) resumem os fatos relatados nos capítulos 36-39. O versículo 29 em particular tranquiliza a Israel. JEOVÁ diz: “Nem lhes esconderei mais o meu rosto, pois derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor JEOVÁ.” TB


(A oitava parte deste artigo será publicada na edição de Novembro-Dezembro desta revista 2013)


Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora