VIDA E DOUTRINA CRISTÃ

Israel:
Historia e Profecia

Parte VIII

A FASE TERRESTRE DO REINO

A libertação milagrosa de Israel marcará o início do reino abençoado agora convergindo para Israel e o resto do mundo. A partir de então o governo estará funcionando e em pleno controle dos assuntos em Israel, espalhando rapidamente sua esfera de influência e controle pelo globo. Será nesse tempo que os representantes humanos espirituais do Cristo, a “Sião” das profecias, condicionarão uma experimentação.

E quem são esses? Jesus responde a pergunta. Ele disse aos israelitas de sua era, conforme registrado em Mateus 8:11,12 e Lucas 13:28, 29, que os povos do leste, oeste, norte e sul, ou seja, em todo o planeta, poderiam sentar-se com Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas no reino, e que os “filhos do reino” seriam “expulsos.” Isso significa que os dignos do passado, enfim, serão ressuscitados dentre os mortos.

Durante todo esse longo período de tempo, começando com Abel e terminando com João Batista, Deus esteve testando e treinando aqueles Antigos Dignitários para os cargos de responsabilidade que ocuparão como representantes humanos do Reino. No capítulo 11 de Hebreus nos é dado um relatório de suas provações, indicando o modo pelo qual fielmente suportaram adversidades, inspirados pela esperança da “superior ressurreição”.

No Salmo 45:16, esses fiéis do passado são referidos como os “pais” que se tornarão “filhos”, e serão “príncipes em toda a terra.” Eles serão os “filhos” do Cristo divino, pois receberão a vida por meio dele. Eles não vão reinar como reis, mas estarão designados “príncipes”. Numa referência aos israelitas espirituais da época atual, e comparando sua recompensa com a recompensa dos antigos dignos, Paulo escreveu que Deus havia providenciado alguma “alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados”. – Hebreus. 11:40

A “melhor coisa” alcançada pelos seguidores de Jesus é a sua herança espiritual de glória, honra e imortalidade, a satisfação, o prestígio de reinar com Cristo, e a imortalidade em natureza divina. (Romanos 2:7; 2 Pedro. 1:4) Quando todos os fiéis tiverem provado “a morte”, serão ressuscitados dos mortos na “primeira ressurreição”, farão parte do domínio celestial, ou espiritual, fase do Reino, então virá a ressurreição dos antigos dignitários para representar o Reino na terra.

Parece razoável concluir que este poderoso milagre vai acontecer progressivamente, o Senhor intervém para salvar o povo de Israel da destruição sob seus inimigos. Desde a derrota de seus inimigos por intervenção divina abrir-se-ão os olhos dos israelitas ao conhecimento do Senhor, serão passíveis e necessitarão de instrução e direção nos caminhos do novo reino, os Antigos Dignos estarão à disposição para fazer tal trabalho.

“Sião” e “Jerusalém”

Jerusalém era a capital do antigo Israel, mas como já dissemos, a administração foi circunscrita no Monte Sião, em Jerusalém. Assim como o Senhor usa “Sião” para simbolizar a fase espiritual do reino, igualmente é empregado o termo “Jerusalém” para representar a fase terrestre, que estará sob a coordenação dos antigos dignos. Assim, lemos que a “de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor.” (Miquéias 4:2 TB) Sim, a “palavra do Senhor”, interpretações e orientações quanto às aplicações próprias das leis do reino, que emanam de “Sião” serão fornecidas pelos Antigos Dignitários.

Isto é o que Jesus quis dizer quando afirmou que no Reino as pessoas de todas as partes da Terra se “sentarão” com Abraão, Isaque e Jacó, e outros profetas. O objetivo, portanto, de “sentar-se” com os antigos dignitários do Reino é revelado por outra declaração de Jesus segundo a qual os “filhos do reino” seriam “expulsos.” A promessa condicional para Israel era, como vimos, serem um “reino de sacerdotes”, instrutores e orientadores pessoais. Eles não conseguiram cumprir as condições, mas também não perderão a oportunidade de alcançar a vida sob as leis do reino, suas posições desejadas como professores estarão nas mãos dos Antigos Dignitários.


(A nona parte deste artigo será publicada na edição de Janeiro-Fevereiro desta revista 2014)


Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora