DESTAQUES DA AURORA

A vitória da ressurreição

“Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo não ressuscitou: E se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é vã, e vossa fé é também vã.” — 1 Coríntios 15:13, 14

EM TODA a Terra há tumulto, problemas e, por fim, a morte. Fiel às profecias da Bíblia sobre o tempo presente, o caos e a aflição prevalecem entre todas as nações. Estamos, de fato, no meio de “um tempo de angústia, tal como nunca houve desde que houve uma nação”. (Dan. 12:1) Somente os que têm total confiança nas promessas de Deus podem desfrutar de paz no coração e na mente, em meio a toda essa confusão e as contradições da experiência humana.

A esperança de um dia melhor para a humanidade tornou-se uma garantia segura há quase dois mil anos, quando Jesus ressuscitou dos mortos pelo poder de seu Pai Celestial. Nossa fé atravessa as nuvens negras que pairam tão ameaçadoramente sobre a humanidade, e, para além delas, conseguimos ver as futuras bênçãos divinas que nos darão vida. Sabemos que os que hoje estão morrendo serão ressuscitados dentre os mortos naquele dia glorioso. Sabemos disso porque Deus prometeu isso, e ele demonstrou sua capacidade de cumprir suas promessas ao ressuscitar Jesus Cristo. Podemos, de fato, dizer o mesmo que Paulo: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram.” — 1 Cor. 15:20, NVI

Os discípulos de Jesus estavam cheios de esperança quando ele estava com eles na carne, ensinando e realizando milagres. Eles acreditavam que, finalmente, as promessas de Deus a respeito do Messias estavam prestes a se cumprir. Eles eram judeus e Jesus era o Messias, a respeito de quem grandes coisas haviam sido prometidas. Ele demonstrou diariamente que a autoridade e o poder divino operavam através dele para a realização derradeira de todos os bons propósitos de Deus em relação aos filhos dos homens. Aquele que curou os enfermos, purificou os leprosos, expulsou demônios e ressuscitou os mortos, certamente poderia libertar a nação deles do jugo romano e estabelecer o reino de Deus havia muito prometido na Terra.

ESPERANÇAS ABALADAS

No entanto, de modo súbito e inesperado, o Messias foi tirado de seus discípulos e crucificado. Como as suas esperanças e sonhos inspiradores devem ter sido abalados! O Mestre, Senhor e Messias deles estava morto. Que turbilhão de emoções, perplexidade, decepção e tristeza deve ter assolado o coração daqueles devotos discípulos durante o tempo de escuridão decorrido desde o dia em que o “Príncipe da vida” morreu pendurado na cruz e a manhã em que o anjo que estava de guarda em seu túmulo anunciou: “Ele não está aqui, porque ressuscitou.” — Atos 3:15; Mat. 28:6

Essa notícia que alegrava o coração se espalhou rapidamente entre os discípulos. A maioria deles se encheu de grande júbilo e teve a esperança renovada. Contudo, Tomé não estava com os outros discípulos quando Jesus apareceu e, portanto, não acreditou nos seus relatos. Por fim, porém, ele também se convenceu de que, através do poder de Deus, seu Mestre havia sido levantado. (João 20:24-29) Mais tarde, o apóstolo Paulo lista as evidências pelas quais a ressurreição de Jesus era um fato estabelecido.

Ele “apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo.” — 1 Cor. 15:5-8, NVI

Como Paulo indica, em seus dias ainda havia muitos que haviam conhecido pessoalmente Jesus enquanto ele estava na carne, e que o viram depois que ele ressuscitou dos mortos. O testemunho dessas fiéis testemunhas foi suficiente para convencer os novos crentes do grande milagre que Deus realizou ao levantar o Mestre dentre os mortos. No entanto, parece que havia alguns na Igreja Primitiva que duvidavam que alguém pudesse ressuscitar, pois Paulo indagou: “Como dizem alguns entre vocês que não há ressurreição dos mortos?” — 1 Cor. 15:12

A seita judaica dos saduceus não acreditava na ressurreição. (Mat. 22:23) Possivelmente, alguns dos primeiros cristãos haviam sido membros desse grupo, e, por isso, aceitavam parcialmente a Jesus como o Messias, mas não acreditavam em tudo o que ele ensinava, nem em tudo o que os profetas predisseram a respeito dele. Ao combater isso, Paulo explica que, aceitar o ponto de vista de que não há ressurreição destrói todo o fundamento sobre o qual a fé e a esperança cristãs se baseiam. Se for verdade, significaria que mesmo o próprio Jesus, seu líder e Messias, ainda estava morto, não vivo. Isso, por sua vez, significaria que todos os que deram testemunho de sua ressurreição teriam sido testemunhas falsas. — 1 Cor. 15:13-16

Se Cristo não ressuscitou, Paulo acrescenta, então estamos servindo uma causa perdida, e nosso sofrimento como seus seguidores não tem sentido. Os membros da Igreja Primitiva arriscaram suas vidas para serem cristãos, mas ‘por que eles se expunham a perigos a toda hora’, se Jesus ainda está morto, e não há esperança de ressurreição para ninguém? Por que estamos sendo "batizados pelos mortos”, isto é, para ajudar o mundo da humanidade no futuro, se, ao morrermos, permaneceremos para sempre mortos? — vs. 17-19, 29-32

Paulo insiste no argumento de que, se não há ressurreição dos mortos, então aqueles que “adormeceram em Cristo pereceram”. (v. 18) Isso significaria que o propósito de Deus ao dar seu Filho para ser o Redentor do homem fracassou totalmente. As bem conhecidas palavras de Jesus não teriam nenhum significado: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16) Paulo claramente discerniu, e todo cristão deve reconhecer sem a menor sombra de dúvida, que a esperança da igreja e do mundo depende de Deus exercer seu poder divino para ressuscitar os mortos. A garantia que temos de que Deus é capaz de fazer isso está no fato de que o próprio Jesus foi ressuscitado dos mortos.

O REINO NÃO COMEÇOU IMEDIATAMENTE

Quando os discípulos viram que Jesus foi crucificado, eles ficaram perplexos e desanimados porque não entendiam que isso fazia parte de um programa que Deus havia elaborado para ser executado por meio de Cristo. Eles acreditavam que Jesus estabeleceria um reino mundial e que eles compartilhariam com ele na glória daquele reino. Na ocasião, não entenderam que ele deveria primeiro sofrer e morrer como o Redentor da humanidade. Só aprenderam isso mais tarde, e então se alegraram na cruz de Cristo, e no que seu sangue derramado significou para eles, e no que isso significaria posteriormente para toda a humanidade.

Logo após os apóstolos adormecerem na morte, a igreja gradualmente desenvolveu a ideia de que o reino messiânico deveria ser estabelecido aqui e agora, sem esperar pelo retorno de Cristo Jesus como o rei designado da Terra. Essa teoria errônea não levou em conta uma fase muito importante do plano de Deus, ou seja, o chamado, o sofrimento e a morte dos membros do corpo da classe ungida de Cristo. Essa obra precisava ser completada antes do começo do glorioso reinado do Messias.

A maioria da professa igreja cristã tropeçou na mesma verdade sobre os seguidores de Jesus, assim como os primeiros discípulos tropeçaram na verdade sobre o próprio Mestre. Os dois discípulos a caminho de Emaús não entenderam por que era necessário que ele sofresse e morresse. Jesus explicou a eles que era necessário que isso ocorresse primeiro, e depois o Messias entraria na glória. (Lucas 24:13-32) Depois que tiveram seus olhos abertos, entenderam esse conceito e se regozijaram com suas implicações. Aprenderam mais tarde a verdade adicional de que os sofrimentos de Cristo não foram completados no Calvário, mas também incluiriam os de seus membros do “corpo”. (1 Cor. 12:12, 27) Por isso, a glória do reino do Messias ainda era futura. A perda dessa verdade vital fez com que líderes da igreja se esforçassem para estabelecer o reino antes do tempo.

ESFORÇOS MALSUCEDIDOS

Os esforços que os homens caídos fizeram para estabelecer o Reino não trouxeram as bênçãos prometidas de paz universal e duradoura às nações da Terra. Fica bem evidente que todos esses esforços não deram certo. Durante séculos, Deus permaneceu em silêncio e decidiu não interferir no proceder egoísta do homem. (Isa. 42:14; Sal. 50:21) Mesmo agora, seu poder ilimitado não se manifestou ao mundo da humanidade. Assim, em virtude dos atuais problemas, tribulações e perplexidade tão claramente visíveis nos assuntos das nações e na sociedade em geral, para os que não conhecem o verdadeiro plano de Deus a perspectiva é realmente sombria. No entanto, o mundo cristão em 2019, como há quase dois milênios, comemorará a ressurreição de Jesus dentre os mortos. Todos os que participarem, estarão implicitamente reconhecendo que creem no maior milagre de todos os tempos.

Para o mundo, não havia evidências de que Deus estaria protegendo Jesus durante os dias de seu sofrimento e crucificação. De modo similar, para o mundo não há evidência de que Deus tem protegido os verdadeiros seguidores de Jesus desde então. No caso de Jesus, o poder de Deus foi manifestado, não por impedir sua morte, mas por ressuscitá-lo dos mortos. O poder de Deus no caso dos fiéis seguidores de Jesus será manifestado da mesma forma quando forem ressuscitados dos mortos e exaltados para reinar com Cristo. Com certeza, o Pai Celestial deu a força de espírito que permitiu que Jesus suportasse a oposição dos pecadores. Isso também é verdade no caso de seus seguidores. No entanto, o mundo e os que não estão totalmente dedicados à causa de Deus não estão cientes desse favor divino, o qual não pode ser compreendido por eles.

AS PRIMÍCIAS DOS QUE DORMEM NA MORTE

A ressurreição de Jesus foi apenas o começo de um programa de milagres que, quando completo, terá trazido paz, saúde, felicidade e vida eterna a toda a humanidade. Os que gora estão mortos também receberão as bênçãos desse reino, pois quando Jesus ressuscitou dos mortos ele se tornou “as primícias dos que dormem”. (1 Cor. 15:20) Essa é a garantia animadora que a comemoração da ressurreição de Jesus deve dar a todo cristão este ano, apesar das tristezas do mundo agonizante ao redor.

Jesus morreu como o Redentor de Adão e sua posteridade. Paulo explica que todos morrem “em Adão”, mas que todos serão vivificados “em Cristo”, isto é, por entrarem em harmonia de coração com ele. (1 Cor. 15:22) Os fracos na fé podem achar que essa é até uma teoria razoável, mas que não funcionou na realidade. Talvez argumentem que, se Deus foi capaz de usar seu poder para ressuscitar Jesus dos mortos há quase dois mil anos, por que não tem havido demonstração visível desse poder em favor dos por quem Cristo morreu, especialmente dos que têm seguido fielmente seus passos?

A resposta a essa pergunta é que Deus tem um tempo para o cumprimento de todas as facetas de seu plano de salvação. Depois de nos assegurar que a oportunidade para a raça adâmica voltar a ter vida é provida através de Cristo, o apóstolo Paulo acrescenta: “Mas cada homem em sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, aqueles que são de Cristo em sua vinda.” (v. 23) Quando Paulo explica que Cristo, na sua ressurreição, tornou-se “as primícias dos que dormem”, ele evidentemente se refere apenas a Jesus. No entanto, quando ele descreve a ordem em que a ressurreição ocorrerá e usa a mesma expressão, sua referência claramente não é apenas a Jesus, mas também a seus seguidores fiéis que, no plano divino, são levantados na “primeira ressurreição” para viver e reinar com Cristo. — Apo. 20:4, 6

UMA OFERTA A DEUS

O uso do termo “primícias” baseia-se nas relações de Deus com Israel na época do Antigo Testamento. Uma das exigências da Lei mosaica era que as primícias da colheita fossem ofertadas ao Senhor. Nesse arranjo, além das primícias em geral, havia também o que era chamado de “a primícia dos primeiros produtos [frutos]”. (Êxo. 23:19, Bíblia Ave Maria) Em harmonia com isso, podemos pensar em Jesus como sendo a “primícia”, ou o primeiro dentre os primeiros, e, assim, todos os seus seguidores fiéis seriam as primícias remanescentes na grande colheita da “primeira ressurreição” de Deus.

Jesus ofereceu a si mesmo em sacrifício ao seu Pai Celestial e somos convidados a seguir seus passos sacrificiais, oferecendo-nos a Deus. É importante lembrarmos disso por ocasião da comemoração da ressurreição de Jesus dentre os mortos. Devemos ter em mente que, se desejamos participar da “primeira ressurreição” para viver e reinar com Cristo, devemos entregar nossa vida terrena em sacrifício, fielmente e até a morte. — Rom. 8:16, 17; 12:1; 2 Tim. 2:10-12; Apo. 2:10

A classe dos primeiros frutos tem feito sua oferta a Deus ao longo de todos os séculos desde o primeiro advento de Jesus até agora. Somente depois que essa obra de sacrifício estiver completa, e todas as primícias forem ressuscitadas dos mortos e unidas a Cristo Jesus na regência espiritual do reino messiânico, é que a ressurreição do restante da humanidade poderá começar.

“DEPOIS” — A OUTRA OBRA DE RESSURREIÇÃO

“Depois, os que são de Cristo, na sua vinda”, escreveu Paulo — isto é, depois que “Cristo, as primícias” forem ressuscitados, haverá a ressurreição da humanidade em geral. (1 Cor. 15:23) A clareza desse pensamento fica um pouco obscurecida pelo uso que o tradutor faz da palavra “vinda” para traduzir a palavra grega parousia. Essa palavra grega significa “presença” e deve sempre ser traduzida assim. Nesse texto, a referência não é para o momento da segunda vinda de Cristo, mas para o período de sua presença nos assuntos da Terra após seu retorno.

Essa ideia é claramente mostrada nos versículos seguintes, que dizem: “Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.” (vs. 25, 26) Os que pertencem a Cristo durante sua presença como governante do reino não são os mesmos mencionados anteriormente como as primícias. Pelo contrário, são aqueles que, após a conclusão da classe das primícias, aceitam Jesus como seu Redentor e se tornam obedientes às leis de seu reino. Esses também receberão vida através de Cristo.

Essa ressurreição que ocorrerá “depois” começará com o despertar do sono da morte daqueles que não se qualificaram através da fé e da obediência na vida atual para participarem da obra governamental do reino messiânico. Após terem sido despertados da morte, será revelado a eles o conhecimento da provisão da vida eterna de Deus na Terra por meio de Cristo. Se crerem de coração, progredirem e obedecerem às leis do reino milenar, serão restaurados à perfeição de vida humana e viverão para sempre. Essa obra ocorrerá durante todo o período do reino, e somente no fim do milênio é que será verdade que o grande “último inimigo”, a morte, foi destruído.

Que haverá um despertar de todos os mortos é mostrado por muitas das promessas e profecias da Bíblia. Os sodomitas foram destruídos por causa de sua iniquidade, mas o profeta nos assegura que eles serão restaurados ao seu “estado anterior”, aqui na Terra. (Eze. 16:55) Jesus nos diz que será “mais tolerável” para Sodoma no dia do julgamento do que para os judeus que o rejeitaram no tempo de seu primeiro advento. (Marcos 6:11) No entanto, será “tolerável” também para os judeus, pois depois que a obra da época atual estiver completa, então “todo o Israel será salvo”, e essa salvação é prometida até para os judeus incrédulos que rejeitaram a Cristo. — Rom. 11:26, 31

NÃO É EM VÃO

O apóstolo Paulo encerra sua lição sobre a ressurreição dos mortos, dizendo: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (1 Cor. 15:57, 58) Desde que Jesus voltou para o céu, e os apóstolos adormeceram na morte, em muitas ocasiões talvez houvesse a impressão de que não haveria uma vitória genuína na Terra para a causa de Cristo. Muitas vezes também, a obra cristã no Senhor pode ter parecido que foi em vão, mas não é assim, garante-nos Paulo.

Ao longo da era, todo fiel seguidor do Mestre tem experimentado a “vitória” enquanto continua a sacrificar sua vida. Quando está fraco, Deus lhe dá força. (2 Cor. 12:9) Percebe que o grande poder que ressuscitou Jesus dos mortos será usado em seu favor. Encoraja-se e se fortalece em todos os seus esforços para conhecer e fazer a vontade do Pai Celestial. (Efé. 1:17-20) Não consegue superar as fraquezas de sua carne do modo como gostaria. No entanto, tem a certeza de que pode se aproximar em oração do “trono da graça” para admitir seus pecados e buscar o perdão, que através do mérito do sangue de Cristo resulta na cobertura de suas fraquezas carnais. (Efé. 1:7; Heb. 4:16; 1 João 1:7-10) Ao mesmo tempo, fica fervorosamente resolvido a não “continuar no pecado”, mas a estar “morto para” o pecado, ‘não servindo’ a ele. Submete-se, em vez disso, a servir a Deus e a produzir “fruto para a santificação”. (Rom. 6:1-22) Assim, por meio de Cristo, sua vitória, por fim, se completa e então pode se alegrar no Senhor.

Todo cristão fiel, além disso, sabe que quando sua vida de sacrifício tiver terminada, e se tiver sido fiel até a morte, sua vitória em Cristo será completada pelo exercício do poder divino por ressuscitá-lo dos mortos, de modo que, como Paulo escreveu, isso que é mortal se “revestirá de imortalidade”. (1 Cor. 15:53) Quando todos os fiéis desta era tiverem terminado sua carreira terrestre e tiverem sido exaltados na “primeira ressurreição”, serão todos unidos Cristo, tornando-se sua “noiva” em glória no “casamento do Cordeiro”. — Apo. 19:7; 21:9

Então ocorrerá o cumprimento da maravilhosa promessa de Apocalipse 22:17, que nos garante que haverá um tempo em que “o Espírito e a noiva” dirão a toda a humanidade, à medida que essa for sendo acordada do sono da morte, dizendo: “Venha, … tome de graça a água da vida.” Que gloriosa e vitoriosa consumação do plano divino de salvação!

FIRMES E DETERMINADOS

Visto que mais uma vez este ano contemplamos tudo o que está envolvido na ressurreição de Jesus dentre os mortos, nos sentimos grandemente motivados a estarmos firmes no Senhor e na verdade da sua Palavra. Devemos fortalecer nossa determinação de sermos fiéis aos termos de nosso pacto de sacrifício e de sermos fiéis uns aos outros à medida que juntos caminhamos pelo caminho estreito que leva à vida. Que a doutrina da ressurreição do plano de Deus, o resgate que possibilita a ressurreição e todos os outros ensinamentos fundamentais associados a ela, encham nosso coração mais do que nunca com a importância dessas preciosas e gloriosas verdades da Bíblia.

Na medida em que formos "firmes" no Senhor e na verdade seremos plenos na obra do Senhor. Os cristãos firmes sempre exibirão tal plenitude. Devemos ser plenos em nosso amor pelo Senhor e por nossos irmãos. Devemos, com plenitude, dar a vida pelos irmãos, e devemos proclamar de modo pleno as boas novas do reino, com o maior alcance e intensidade possíveis, conforme as oportunidades que criarmos ou nos forem apresentadas. Ao lembrarmos da ressurreição de Jesus Cristo dos mortos, devemos também ter em mente a importância de todas essas coisas para nós. Não é por exibirmos roupas chiques que faz com que estejamos comemorando corretamente a ressurreição de Jesus, mas sim por nossa plena determinação de seguir seu exemplo de sacrifício até a morte.

Paulo escreveu, como já observamos, que o nosso “trabalho não é em vão no Senhor”, mas seria em vão se Cristo não tivesse ressuscitado dos mortos. Então nossa fé também seria vã, e nosso testemunho sobre Jesus e seu reino seria falso. Por outro lado, nosso trabalho pode muito bem parecer em vão por causa da escassa resposta que recebemos aos nossos esforços em divulgar as boas novas, mas isso não é realmente verdade. Um dos maiores e mais importantes resultados de todos os nossos trabalhos no Senhor é a obra da graça realizada em nossos corações.

Trabalhar no Senhor deve fortalecer nossa fé e aumentar nosso amor. Ao divulgarmos as boas novas aos outros, essa verdade gloriosa deve tornar-se mais eficaz em transformar nossa vida à semelhança de Cristo. Se nosso coração e motivações são puros, esse será um dos resultados notáveis de nosso ministério. Em vista disso, podemos verdadeiramente afirmar que nosso trabalho não é em vão.

Como indivíduos, talvez não vejamos nenhum resultado especial de nosso ministério. No entanto, a obra do povo do Senhor como um todo está alcançando e desenvolvendo aqueles a quem o Senhor está chamando, um aqui e outro acolá, para serem coerdeiros com Cristo, e essa é uma obra muito importante. É assim que a “noiva” está sendo preparada para sua união com Cristo e para ser coerdeira com ele em seu reino. Assim como Paulo poderia dizer em seu dia que a obra do povo do Senhor não foi em vão, hoje também podemos ter certeza disso. O poder da ressurreição de Cristo continua com o povo do Senhor hoje e logo se estenderá a toda a humanidade disposta e obediente. “Graças sejam dadas a Deus”, que providenciou para que todos ganhassem a “vitória por nosso Senhor Jesus Cristo”!



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora