ESTUDOS INTERNACIONAIS DA BÍBLIA |
Lição quatro
A prosperidade de Jacó
Versículo-chave: “Assim o homem [Jacó] ficou extremamente rico, tornando-se dono de grandes rebanhos e de servos e servas, camelos e jumentos.” Versículos selecionados: |
DEPOIS DE SEU sonho especial, Jacó continuou sua jornada e parou em um poço onde pastores da cidade de Labão estavam reunidos para dar água a seus rebanhos. A filha de Labão, Raquel, chegou ao poço com as ovelhas de seu pai. Quando Jacó a viu, ele rolou a pedra da boca do poço e deu água às ovelhas de Labão. Então, Jacó deu um beijo em Raquel e explicou para ela que ele era sobrinho de seu pai. — Gên. 29:1-12
Quando Labão ouviu as notícias sobre o sobrinho chegar, ele correu para encontrar Jacó, abraçou-o e beijou-o. Depois disso, levou Jacó para sua casa, onde permaneceu por um mês trabalhando para ele. Labão disse a Jacó: “Só por ser meu parente você vai trabalhar de graça? Diga-me qual deve ser o seu salário.” — vs. 13-15, NVI
Labão tinha duas filhas, a mais velha era Lia [ou Léia] e a mais nova era Raquel. Visto que ele já amava Raquel, Jacó disse a Labão: “Trabalharei sete anos em troca de Raquel, sua filha mais nova.” Sete anos parece muito tempo, mas para Jacó não foi assim. “Jacó trabalhou sete anos por Raquel, mas lhe pareceram poucos dias, pelo tanto que a amava.” — vs. 16-20, NVI
Depois dos sete anos, Labão realizou uma festa. Embora a Bíblia não diga explicitamente, parece que durante a festa Jacó ficou embriagado, pois, quando entrou na tenda em sua noite de núpcias não sabia quem estava com ele. De manhã, o engano de Labão foi revelado. Jacó estava deitado na cama com Lia, e não sua amada Raquel. Jacó perguntou a Labão: “Por que você me enganou?” — vs. 21-25, NVI
Assim, vemos que o primeiro engano praticado por Rebeca e Jacó foi “devolvido” a ele por Labão. Uma lição vital para nós é que colhemos o que semeamos. (Gál. 6:7, 8; Jó 4:8; Oseias 10:12, 13) Labão sabia que, se quisesse reter Jacó, precisava lhe dar Raquel, e ele a ofereceu uma semana depois, em troca de outros sete anos de serviço, e Jacó concordou. — Gên. 29:26-30
Jacó tornou-se muito próspero, como mostra nosso versículo-chave. Em harmonia com isso, as promessas que Deus fez a ele eram de natureza terrena, e mencionava “a terra” em que ele habitava, e comparou sua semente ao “pó da terra”. (Gên. 28:13, 14) Assim, Jacó representa apropriadamente o Israel natural. Labão, que foi abençoado pelo serviço de Jacó, pode representar o resto do mundo da humanidade. Todos, judeus e gentios, receberão as bênçãos do reino terreno de Deus. — Isa. 2:2, 3; Eze. 37:22-28; Zac. 8:22, 23
Em relação ao Israel natural, o apóstolo Paulo declara: “De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança [pacto] com eles, quando eu tirar os seus pecados.” (Rom. 11:26, 27) Em contraste com Jacó, as promessas de Deus a seu pai, Isaque, eram celestiais: “Multiplicarei a tua descendência [ou semente] como as estrelas dos céus.” (Gên. 26:4) Paulo explica que Isaque, a semente de Abraão, representa a semente espiritual ou celestial — isto é, Jesus e seus seguidores fiéis na atual Era do Evangelho. (Gál. 3:16, 26, 29; 4:28) Assim, vemos a bela verdade de que o reino prometido por Deus abrangerá o céu e a Terra!