ESTUDOS INTERNACIONAIS DA BÍBLIA

Lição dois

Jesus critica os líderes injustos

Versículo-chave: “Então, Jesus disse à multidão e aos seus discípulos: “Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam.”
— Mateus 23:1-3

Versículos selecionados:
Mateus 23:1-4, 23-26

JESUS reconheceu que os escribas e fariseus de seu tempo ocupavam a posição de instrutores religiosos dos judeus, embora frequentemente os tenha censurado como hipócritas que enganavam o povo. Os fariseus eram os principais mestres e intérpretes da Lei mosaica, ao passo que os escribas eram os que escreviam ou registravam os seus muitos detalhes. Assim, esses dois grupos eram vistos como os principais expositores das ordens e instruções de Deus. O próprio Jesus afirmou que “na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus”. — Mateus 23:2, ACF

Na capacidade de escritores, instrutores públicos e expositores da Lei mosaica, os escribas e os fariseus eram obrigados a ter conhecimento de seus muitos princípios e exigências, a fim de que pudessem cumprir adequadamente suas responsabilidades especiais para com o povo. Eles eram, em certo sentido, como guardiões da Lei e da vinha do Senhor, Israel. Em seus dias, Moisés havia cumprido o papel de mediador do pacto entre Deus e Israel. Os escribas e fariseus dos dias de Jesus, em muitos aspectos, eram considerados como que ocupando uma posição semelhante de privilégio e responsabilidade.

A História nos ensina que posições honrosas podem ser preenchidas por indivíduos desonrosos. Assim, não era novidade quando alguém de caráter vil era exaltado a altos cargos em Israel. (Sal. 12:8) Entre seus reis, sacerdotes e outros líderes nos tempos do Antigo Testamento, muitos eram injustos e faziam o que era mau aos olhos de Yahweh, em vez de seguirem o exemplo de mansidão e fidelidade demonstrado por Moisés. Os líderes de Israel haviam se tornado tão corruptos e degenerados que era o momento para outro grande profeta surgir, assim como Moisés, e que daria os passos necessários para erigir outro “assento” para administrar a lei de Deus em retidão. Esse “grande profeta” foi Jesus Cristo, que, em seu primeiro advento, iniciou esse trabalho tão importante como representante escolhido de Deus. — Deu. 18:15-19; Atos 3:22, 23

Jesus disse aos fariseus que a Lei se resumia em dois mandamentos: primeiro, amar ao Senhor, teu Deus, de todo o coração, alma e mente, e, em segundo lugar, amar o próximo como a si mesmo. (Mat. 22:37-40; Deu. 6:5; Lev. 19:18) Nos versículos de nossa lição, Jesus diz aos fariseus que eles omitiram esses “assuntos mais importantes da lei”. Em vez disso, eles eram ótimos para se apegarem a detalhes minuciosos, comparativamente falando, e de muito menor importância. Como exemplo disso, Jesus salientou que eles pagavam fielmente dízimos da menor semente, “da hortelã, do endro e do cominho”, como uma demonstração externa para o povo. — Mat. 23:23

Para expor ainda mais a hipocrisia e a injustiça dos escribas e fariseus, o Senhor disse que eles eram “guias cegos” do povo, ‘que coavam um mosquito e engoliam um camelo’. Além disso, exteriormente, eles tinham o cuidado de “limpar” sua aparência para os outros, ainda que interiormente estivessem cheios de “ganância e cobiça”. — vs. 24, 25

Como seguidores dos passos de Cristo, devemos diariamente procurar colocar em prática essas lições vitais do Mestre. Lembremo-nos de que o amor supremo a Deus e ao nosso “próximo” é muito mais importante do que a doação de dízimos. Devemos também entender plenamente que a purificação de nosso coração e mente é uma obra muito mais essencial do que a purificação de nossa carne. — Rom. 2:28, 29; Fil. 2:5; 4:8, 9



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora