ESTUDOS INTERNACIONAIS DA BÍBLIA |
Lição três
Lembrar-se com alegria
Versículo-chave: “Consagrem o quinquagésimo ano e proclamem libertação por toda a terra a todos os seus moradores. Este lhes será um ano de jubileu, quando cada um de vocês voltará para a propriedade da sua família e para o seu próprio clã.” Versículos selecionados: |
UMA particularidade da Lei mosaica era conhecida como o jubileu, conforme mencionado em nosso versículo-chave. Depois de sete períodos de sete anos sabáticos, Israel deveria observar o quinquagésimo ano de uma maneira muito especial. O nome “jubileu” vem da palavra hebraica “yobel”, que significa trompa ou trombeta. Essa trombeta deveria ser tocada, a cada cinquenta anos, no décimo dia do sétimo mês, o Dia da Expiação anual de Israel. Esse som emocionante anunciava o início da redenção de Deus para seu povo, que ocorria durante o ano jubilar. — Lev. 25:8, 9
O quinquagésimo ano do jubileu tinha um profundo efeito sobre a vida civil em Israel. Nesse ano, a liberdade era estendida a todos. Prisioneiros e cativos eram libertados. Os escravos eram emancipados. Aqueles que tinham obrigações por dívidas eram liberados delas. As propriedades que haviam sido vendidas eram devolvidas aos seus donos originais. Os interesses dos pobres eram dessa maneira salvaguardados pela prevenção da alienação total de propriedades e heranças. Os campos não eram semeados ou colhidos, mas o que naturalmente produziam era propriedade de todos. (vs. 11-55) O jubileu era um ano de notável repouso e sem precedentes entre as nações do mundo.
Um jubileu muito maior que o de Israel é profetizado na Bíblia. É aquele que mantém a promessa de redenção em um grau não imaginado pelo mundo de hoje. Assegura a libertação da própria morte, tornada possível pelo sangue de Jesus, o Redentor do homem. (1 Ped. 1:18, 19) Ele governará a Terra por ocasião desse Jubileu Maior. Suas palavras, ditas profeticamente por Isaías, mostram a grandeza de seu reinado justo.
“O Espírito do Soberano Senhor [Yahweh] está sobre mim porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros, para proclamar o ano da bondade do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; para consolar todos os que andam tristes, e dar a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido. Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória.” — Isa. 61:1-3, NVI
No Jubileu Maior, Jesus proclamará liberdade aos mantidos em cativeiro pelo pecado e liberdade aos que estão na prisão da morte. A ressurreição dos mortos acontecerá. A profecia em Isaías continua descrevendo o maravilhoso efeito do domínio de Jesus: “Eles reconstruirão as velhas ruínas e restaurarão os antigos escombros; renovarão as cidades arruinadas que têm sido devastadas de geração em geração.” (v. 4) A reparação de antigas ruínas e cidades desoladas faz parte da grande obra de restauração do reino de Deus sob o governo de Cristo.
Pedro falou desse grande trabalho futuro de restituição, ou restauração. Ele disse que Deus enviará “Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, o qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.” (Atos 3:20, 21) O futuro brilhante da Terra no plano de Deus é uma promessa que podemos lembrar com alegria todos os dias.