VIDA E DOUTRINA CRISTÃ |
A BUSCA PELO POVO DE DEUS — PARTE 9
Paulo em Éfeso
“Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.” — Atos 20:20, 21
QUANDO A PORTA de oportunidade para o testemunho da verdade foi aberta em Éfeso, durante a terceira viagem de Paulo, ele estendeu sua permanência naquela cidade para além dos dois anos inicialmente mencionados por Lucas. (Atos 19:10) Apesar do desejo de retornar à Macedônia e a Acaia [Grécia], ele enviou Timóteo e Erasto para aquelas regiões, planejando juntar-se a eles quando completasse seu ministério em Éfeso. (vs. 21, 22) Por causa de seu longo tempo em Éfeso, Paulo tornou-se uma figura bem conhecida de muitos habitantes da cidade como resultado de sua extensa pregação e das mudanças que causou. No entanto, seu trabalho também criou grandes inimigos.
Um imponente templo havia sido construído na cidade de Éfeso em homenagem à deusa pagã Diana. Era um templo construído de forma impressionante — com aproximadamente 137 m de comprimento, 68 m de largura e 18 m de altura. Mais de cento e vinte e sete pilares enormes enfeitavam sua estrutura, muitos dos quais tinham entalhes intrincados. Sua arquitetura foi tão notável que desde então tem sido chamada de uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
A DEUSA DIANA
As pessoas acreditavam que a deusa pagã Diana, também chamada Ártemis, havia sido enviada pelo deus Júpiter para escolher Éfeso como o local para aquele templo. A construção durou muitos anos, começando por volta de 323 a.C., e sua preservação foi considerada uma responsabilidade sagrada. Todos os anos milhares de pessoas faziam peregrinações para adorar essa deusa asiática da natureza e símbolo da maternidade de todos os seres vivos. Quando os visitantes desse grande templo dedicado a Diana retornavam para suas casas, desejavam levar consigo uma lembrança para que pudessem adorar. Como resultado, um comércio muito lucrativo foi criado por prateiros que produziam réplicas em miniatura do templo, bem como pequenas imagens, pingentes da sorte e amuletos para serem usados em homenagem a Diana.
Durante a longa estada de Paulo em Éfeso, o negócio deles caiu drasticamente. Um dos líderes dos prateiros, chamado Demétrio, investigou o assunto e descobriu que a influência de Paulo na cidade era, sem dúvida, a causa disso. Reuniu todos os artesãos da cidade e lhes disse que Paulo havia convencido muitos em Éfeso e em toda a Ásia Menor que os deuses feitos pelas mãos do homem eram falsos e não tinham poder. (Atos 19:23-26) Seus negócios outrora lucrativos haviam diminuído, pois muitas pessoas estavam agora desprezando esses amuletos. Astutamente, Demétrio não mencionou a perda de seus negócios como sua principal preocupação. Antes, enfatizou que desde que Paulo começou a pregar eficazmente contra Diana, sua adoração estava diminuindo e, como resultado, o grande templo acabaria sendo negligenciado ou mesmo destruído. — Atos 19:27
Paulo, é claro, não direcionou sua pregação primariamente contra Diana. Em vez disso, enfatizou a crença no Deus vivo e verdadeiro, o Criador de todas as coisas, que deu a vida a todos — um ser espiritual invisível cuja forma não podia ser copiada com substâncias materiais. Demétrio, no entanto, foi bem-sucedido em incitar seus colegas comerciantes a agir, bem como outros cidadãos de Éfeso. Eles rapidamente formaram uma multidão enfurecida que percorreu as ruas gritando: “Grande é a Diana dos efésios”, numa tentativa de proteger os interesses dela e salvá-la do desaparecimento. — v. 28
CONFUSÃO E PERIGO
A atitude daquela turba logo se transformou em um grande tumulto que encheu a cidade de confusão. Os prateiros, ao que parece, tinham apenas um objetivo em mente: apoderar-se de Paulo e silenciá-lo. Exatamente como planejavam fazer isso não está muito claro. Contudo, o breve relato de Lucas sobre esses eventos deixa evidente que a vida de Paulo estava em grande perigo.
Naquela época, havia um conselho de “alguns dos principais da Ásia”. (v. 31) Vários comentaristas bíblicos declaram que esse grupo era composto de dez homens escolhidos entre as principais cidades da Ásia Menor. Esses governantes eram chamados de “Asiarcas” e eram homens de riqueza e influência, cujas tarefas incluíam a supervisão de observâncias religiosas pagãs e jogos públicos. Os Asiarcas, pelo menos alguns dos quais viviam em Éfeso, estavam evidentemente reunidos naquele momento por causa de ritos religiosos especiais, ou por causa de jogos que estavam sendo planejados ou ocorrendo lá. Eles estavam bem familiarizados com Paulo, até mesmo considerando-o um amigo respeitado.
Enquanto isso, Demétrio e seus partidários foram à procura de Paulo, talvez na casa de Áquila e Priscila, mas ele não estava lá. Em vez disso, eles encontraram e prenderam dois dos companheiros de Paulo, Aristarco e Gaio. (v. 29) Podemos imaginar que foi uma experiência difícil para todos eles, já que devem ter sofrido um tratamento duro e ameaças para revelar o paradeiro de Paulo. A probabilidade de que esse confronto tenha ocorrido na casa de Áquila e Priscila é atestada pelo que Paulo escreveu depois, ao afirmar que eles eram seus ajudantes em Cristo Jesus: “Os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.” — Rom. 16:3, 4
Assim, Aristarco e Gaio foram feitos reféns no lugar de Paulo. Essa é a primeira vez no livro de Atos que Aristarco é mencionado. Somos informados de que ele era um macedônio de Tessalônica, um dos irmãos gentios fiéis daquela eclésia. (Atos 20:4) Os tessalonicenses foram de grande inspiração para Paulo por seu zelo pelo evangelho, e Aristarco, evidentemente, era um excelente exemplo de um desses irmãos fiéis. Ele se encaixa bem na descrição de Paulo de seu espírito de amor e lealdade conforme o elogio em sua primeira carta a eles, especificamente nos capítulos um a três. Aristarco veio a Éfeso para ajudar Paulo em seu ministério. Daquele tempo até a prisão de Paulo em Roma, ele o acompanhou e é mencionado em várias ocasiões. — Atos 27:2; Col. 4:10; Flm. 1:24
No que diz respeito a Gaio, sabemos que ele era o “Gaio, de Derbe”, que estava com Paulo em Éfeso naquela ocasião. (Atos 20:4) Tanto ele quanto Aristarco foram levados pela multidão enfurecida para o anfiteatro. Pelo visto, algum tipo de cerimônia religiosa ou jogos estavam sendo realizados, e a arena estava cheia. Logo houve uma grande confusão. Alguns gritavam uma coisa e outros, outra, e muitos dos presentes não sabiam o que estava acontecendo. — Atos 19:32
Quando Paulo soube o que havia ocorrido, quis ir ao coliseu para garantir a libertação de seus amigos, mas os irmãos o impediram. Ele também recebeu uma mensagem especial dos Asiarcas, aconselhando-o a não se aproximar do anfiteatro. Eles sabiam que o tumulto havia sido causado pelos prateiros com o propósito de se livrarem de Paulo. Com dificuldade, Paulo acatou o conselho. — vs. 30, 31
As coisas ficaram ainda mais fora de controle quando a turba começou a falar contra os judeus que moravam em Éfeso. Por causa do passado de Paulo e sua associação com os judeus, muitas coisas foram ditas contra eles. Os judeus que estavam presentes apresentaram um homem chamado Alexandre como porta-voz em defesa deles. Embora as palavras de Alexandre não estejam registradas, ele provavelmente tentou explicar ao povo que Paulo era um renegado, e que os judeus em Éfeso não participavam de sua pregação. A multidão, no entanto, percebendo que Alexandre era judeu, não aceitou sua defesa. Eles gritaram continuamente por duas horas: “Grande é a Diana dos efésios.” — vs. 33, 34
A TURBA É SILENCIADA
Por fim, um funcionário da cidade conseguiu acalmar as pessoas. Ele destacou que Paulo e seus associados não eram ladrões de templos nem blasfemadores da deusa Diana. Ele sugeriu que se Demétrio tivesse uma acusação contra Paulo, haviam tribunais e procônsules que lidariam com o assunto. Ele também explicou que todos estavam em perigo por parte das autoridades romanas por causa do alvoroço entre os próprios cidadãos. A multidão foi então dispersada e nenhum dano foi causado a Aristarco ou a Gaio. — Atos 19:35-41
Esta experiência foi, sem dúvida, uma tentativa malsucedida do adversário para perturbar o trabalho de Paulo em Éfeso. No entanto, parece que algum tempo depois, alguns irmãos foram iludidos e afastados da Verdade. Em uma carta posterior a Timóteo, que estivera em Éfeso na época desse levante, Paulo o instruiu a continuar admoestando os que estavam se afastando da fé. Parece, como ele disse, que estavam se envolvendo em “fábulas ou a genealogias intermináveis” e ensinamentos errôneos concernentes à Lei. (1 Tim. 1:3-7) Ao concluir esse capítulo, ele escreveu: “Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia; conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé. E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar.” - vs. 18-20
Supõe-se que esse Alexandre foi o mesmo Alexandre que se envolveu na questão da turba. Visto que era um latoeiro, ele tinha uma profissão semelhante à de Demétrio, mas não está claro como ele se opôs a Paulo. Acredita-se que ele se juntou aos discípulos como um seguidor de Cristo, e depois retornou ao judaísmo, tornando-se um ardente opositor do apóstolo. Paulo escreveu sobre ele novamente em sua segunda carta a Timóteo: “Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras.” — 2 Tim. 4:14, 15
Alguns sugerem que Demétrio, o prateiro, mais tarde se converteu ao cristianismo. Se isso aconteceu, é possível que o Demétrio mencionado em 3 João versículo 12, sobre quem “todos falam bem”, ou dão “bom testemunho”, é a mesma pessoa que, mais cedo em sua vida, liderou o motim contra Paulo em Éfeso. Naturalmente, isso é uma mera especulação, e mencionamos esse detalhe apenas como uma possibilidade interessante.
AS “FERAS EM ÉFESO”
Enquanto Paulo ficou em Éfeso, ele escreveu sua primeira epístola aos coríntios. Nessa carta ele se refere a algumas das dificuldades pelas quais estavam passando, e mostrou que a vontade dos irmãos de suportar era uma expressão de quão firmemente eles acreditavam na Verdade e na esperança de uma futura ressurreição. Ele disse: “Também nós, por que estamos nos expondo a perigos o tempo todo? Todos os dias enfrento a morte, irmãos; isso digo pelo orgulho que tenho de vocês em Cristo Jesus, nosso Senhor. Se foi por meras razões humanas que lutei com feras em Éfeso, que ganhei com isso? Se os mortos não ressuscitam, “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos.” (1 Cor. 15:30-32) Sua menção a “feras” parece ser uma referência metafórica aos homens indisciplinados que se opuseram a ele e causaram a rebelião em Éfeso, mencionada anteriormente. O argumento de Paulo era que, se não houvesse esperança de ressurreição, por que arriscaria a vida dele, e a vida de seus associados, ao falar sobre doutrinas como a ressurreição e outros ensinamentos do Evangelho de Cristo?
Antes do tumulto em Éfeso, Paulo havia planejado ir à Macedônia para revisitar a igreja em Tessalônica, e depois a Corinto, na Acaia. De lá, ele sabia que estaria indo para Jerusalém e depois para Roma, tendo sido informado disso pelo Espírito Santo de Deus. (Atos 19:21) Ele já havia enviado Timóteo e Erasto para a Macedônia com antecedência, e agora ele estava pronto para se juntar a eles. Paulo abraçou os discípulos em Éfeso e, despedindo-se deles, partiu para seu novo destino. — Atos 20:1
MACEDÔNIA E ACAIA
A viagem de Paulo à Macedônia é descrita resumidamente por Lucas, que escreveu simplesmente que Paulo ‘encorajou os irmãos com muitas palavras’. (Atos 20:2) No entanto, mesmo essa declaração abreviada mostra que Paulo foi uma grande bênção para os irmãos de lá. Embora os nomes das igrejas não sejam dados, parece razoável que ele tenha ido a Filipos, Tessalônica e Bereia. Da Macedônia ele foi para a Acaia, como havia planejado, visitando Corinto por cerca de três meses. - v. 3
Quando os judeus conspiraram contra sua vida em Corinto, Paulo retornou a Filipos, na Macedônia. Vários irmãos — Sópatro, Aristarco, Secundo, Gaio, Timóteo, Tíquico e Trófimo — seguiram adiante e navegaram para Trôade, aguardando a chegada de Paulo. Foi também durante essa breve escala em Filipos que Paulo reencontrou Lucas. Prova disso é que Lucas novamente começa a registrar eventos com o pronome “nós”, como havia feito vários anos antes, quando esteve com Paulo em Filipos durante sua segunda jornada. (Veja Atos 16:11-17) Nesse meio-tempo, Lucas havia escrito na terceira pessoa, mas agora ele declara: “Navegamos de Filipos, . . . nos reunimos com os outros [os irmãos que haviam seguido para Trôade] . . . onde ficamos sete dias.” — Atos 20:3-6, NVI
Quando os judeus conspiraram contra sua vida em Corinto, Paulo retornou a Filipos, na Macedônia. Vários irmãos — Sópatro, Aristarco, Secundo, Gaio, Timóteo, Tíquico e Trófimo — seguiram adiante e navegaram para Trôade, aguardando a chegada de Paulo. Foi também durante essa breve escala em Filipos que Paulo reencontrou Lucas. Prova disso é que Lucas novamente começa a registrar eventos com o pronome “nós”, como havia feito vários anos antes, quando esteve com Paulo em Filipos durante sua segunda jornada. (Veja Atos 16:11-17) Nesse meio-tempo, Lucas havia escrito na terceira pessoa, mas agora ele declara: “Navegamos de Filipos, . . . nos reunimos com os outros [os irmãos que haviam seguido para Trôade] . . . onde ficamos sete dias.” — Atos 20:3-6, NVI
AJUDA ADICIONAL
Dois dos ajudantes adicionados nessa jornada, como citado acima, foram Tíquico e Trófimo. Esses irmãos serviram a Paulo fielmente até o fim de sua vida. Eles eram usados para realizar tarefas para Paulo, servindo aos irmãos, levando mensagens e ajudando-o de todas as maneiras possíveis. Várias referências são feitas a esses serviços amorosamente prestados. — Atos 21:29; Efé. 6:21; Col. 4:7-9; 2 Tim. 4:12, 20; Tito 3:12
Outro ajudante leal, não mencionado no livro de Atos, foi Tito. Mesmo antes da segunda viagem de Paulo, Tito o apoiou em várias tarefas. Paulo lhe confiou uma carta que havia escrito aos irmãos que estavam com problemas na igreja em Corinto. Paulo queria vê-los pessoalmente, mas foi impossibilitado. Ele enviou Tito em seu lugar para ajudar os irmãos.
O apreço de Paulo por Tito é evidente em 2 Coríntios 7:5-16. Ele explicou que estavam “atribulados de toda forma”, mas quando Tito chegou foi consolado. Tito animou Paulo com a mensagem de que as coisas estavam melhores na igreja em Corinto. “Por isso tudo fomos revigorados”, escreveu Paulo aos irmãos coríntios. “Ficamos mais contentes ainda ao ver como Tito estava alegre, porque seu espírito recebeu refrigério de todos vocês.” (v. 13) Vemos nessa passagem que a primeira carta de Paulo aos irmãos em Corinto foi atenuada pelas explicações de Tito, para que não entendessem mal o que pareciam ser palavras duras que Paulo lhes escrevera. O serviço de Tito foi, desse modo, muito útil para Paulo e para o Senhor.
Tito também desempenhou um papel essencial para trazer doações de Corinto aos pobres entre os irmãos de Jerusalém. Outras igrejas na Macedônia também haviam feito essa contribuição anteriormente. Essa foi uma questão delicada, como é de se esperar ao se coletar dinheiro para outros, mas Tito lidou bem com isso. “Mas graças a Deus, que pôs a mesma solicitude por vós no coração de Tito; pois ele aceitou a exortação e, muito diligente, partiu voluntariamente para vós . . . evitando isto: que alguém nos vitupere por essa abundância, que por nós é ministrada; pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens. Com eles, enviamos também outro nosso irmão, o qual, muitas vezes e em muitas coisas, já experimentamos ser diligente e agora muito mais diligente ainda pela muita confiança que em vós tem. Quanto a Tito, é meu companheiro e cooperador para convosco.” — 2 Cor. 8:16, 17, 20-23
Outro incidente que demonstra a admiração de Paulo pelo caráter de Tito e o papel que desempenhou ao desfazer mal-entendidos e promover o Espírito de Cristo foi quando ele escreveu aos coríntios sobre o estabelecimento de seu apostolado. Paulo perguntou aos irmãos: “Porventura, aproveitei-me de vós por algum daqueles que vos enviei? Roguei a Tito e enviei com ele um irmão. Porventura, Tito se aproveitou de vós? Não andamos, porventura, no mesmo espírito, sobre as mesmas pisadas? … Falamos em Cristo perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação.” — 2 Cor. 12:17-19
Depois de completar essas tarefas para Paulo, Tito retornou ao grupo de viagem do apóstolo. Mais tarde, quando Paulo viajou para Roma e fez uma parada na ilha de Creta, ele deixou Tito lá para estabelecer e organizar congregações. (Atos 27:7, 8, 12; Tito 1:4, 5) A carta escrita por Paulo a Tito explica mais a respeito dessa comissão e nos dá uma maior percepção da fidelidade desse querido irmão em Cristo.
MUDANÇAS A OCORRER
À medida que a terceira jornada de Paulo se aproximava de sua conclusão, o Espírito Santo dava indicações de que certas mudanças logo ocorreriam na busca pelo povo de Deus. Essa busca não cessaria. Pelo contrário, o Senhor continuaria por meio daqueles que Paulo havia encontrado, ensinado e nutrido. O próprio Paulo daria um testemunho especial, e logo não estaria mais livre para se movimentar como antes.
Mais de vinte anos se passaram desde que Paulo foi interceptado pelo Senhor ressuscitado na estrada para Damasco, e foi imerso no corpo de Cristo. Durante esse tempo, muitas eclésias do povo de Deus foram estabelecidas em áreas remotas das terras gentias. Elas foram formadas e prosperaram na verdade por meio da energia, do zelo e dos esforços incansáveis de Paulo e seus associados.