ESTUDOS INTERNACIONAIS DA BÍBLIA

Lição 4

Lembrando o Pacto Eterno

Versículo-chave: “Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do pacto eterno tornou a trazer dentre os mortos a nosso Senhor Jesus, grande pastor das ovelhas.”
—Hebreus 13:20, ARM

Versículos selecionados:
Hebreus 13:10-21

AS ESCRITURAS falam de várias maneiras sobre a importância vital do sangue de Jesus para os crentes consagrados. Paulo afirma que somos “justificados pelo seu sangue”. (Rom. 5:9) Em outro lugar, ele fala do “sangue do pacto”, pelo qual somos santificados. (Hebreus 10:29) Em nosso versículo-chave e no versículo seguinte, Paulo se refere ao “sangue do pacto eterno”, pelo qual somos feitos completos por boas obras.

O primeiro desses textos tem a ver com a nossa condição como parte da raça decaída no momento em que desejamos dar nosso coração a Deus em consagração. Para Deus lidar conosco sob esse arranjo especial, devemos ser justificados à sua vista. Como afirma Paulo, isso é realizado pela fé no mérito do resgate do sangue de Cristo. Essa justificação nos transfere da condição de pecado e morte herdados por meio de Adão, para uma posição harmoniosa com Deus. (Col. 3:1-3) Com essa nova posição, podemos então ser contados como filhos de Deus. Paulo disse: “E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” — Rom. 8:17

O segundo texto bíblico relaciona-se particularmente com o sangue de Cristo como o meio pelo qual somos santificados. Ser santificado significa ser tornado sagrado, para que possamos ser separados para servir a Deus. O “sangue do pacto” refere-se ao Novo Pacto. Nós não somos desenvolvidos sob esse pacto, mas somos santificados ou separados para o seu futuro serviço por andarmos nas pisadas do Mestre. Como tal, estamos sendo treinados para o nosso futuro papel, se fiéis, de ajudar a administrar os termos do Novo Pacto e as suas bênçãos resultantes para toda a humanidade. Ao falar de seu sangue, Jesus disse que era o “sangue do novo pacto”. (Mat. 26:28) Assim, foi nessa mesma visão prospectiva do futuro que ele se concentrou nas últimas horas antes de sua morte.

Nosso versículo-chave menciona o “sangue do pacto eterno”. Podemos ver corretamente isso, em certo sentido, como uma referência prospectiva ao Novo Pacto. No entanto, a palavra “eterno”, que significa perpétuo, parece dirigir nossa atenção para o mais abrangente Pacto Abraâmico, que engloba todo o plano de Deus para a salvação do homem. É com essa perspectiva geral que nosso objetivo é nos tornar completos “em toda boa obra”. — Heb. 13:21

Assim, vemos que o sangue de Cristo é, primeiro, o nosso meio de justificação. Segundo, nos santifica e nos separa para o serviço do Senhor. Terceiro, o trabalho a ser completado só pode ser realizado por nossa contínua permanência, até a morte, sob o “manto da justiça” fornecido por meio do sangue de Jesus. (Isa. 61:10) Somente por seguirmos fielmente esses passos em nossa caminhada de consagração é que compartilharemos da “glória, honra e imortalidade” com o nosso cabeça, Cristo Jesus. — Rom. 2:7

Se formos fiéis até a morte, receberemos a coroa da vida, e viveremos e reinaremos com Cristo. (Apo. 2:10; 20:4) Teremos o privilégio de ajudar a administrar os termos do Novo Pacto. Finalmente, todos os dispostos e obedientes da humanidade irão sempre aproveitar as alegres bênçãos do Pacto Eterno, prometidos a Abraão tantos séculos atrás.



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora