ESTUDOS INTERNACIONAIS DA BÍBLIA

Lição 3

O mediador do Novo Pacto

Versículo-chave: “Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade.”
—Hebreus 12:28

Versículos selecionados:
Hebreus 12:18-29

MEDIAR SIGNIFICA se interpor entre partes opostas, com o objetivo de reconciliação. É necessário que haja um mediador entre Deus e qualquer um que não esteja em harmonia com ele. O Pacto da Lei entre Deus e Israel foi ordenado “na mão de um mediador”. (Gál. 3:19) Esse foi Moisés, que durante quarenta anos intercedeu entre os israelitas e o Senhor. No entanto, sob Moisés, Israel não recebeu as prometidas bênçãos há muito esperadas por meio do Pacto Abraâmico. Um mediador melhor deveria ser fornecido. O próprio Moisés predisse isso, dizendo que Deus criaria um “semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser”. — Deuteronômio 18:15; Atos 3:22

A provisão de Deus de um mediador melhor baseia-se em “sacrifícios melhores” que as ofertas em grande parte ineficazes do arranjo do Tabernáculo. (Hebreus 9:23) Paulo fala desses arranjos “melhores” de várias maneiras ao longo do Livro de Hebreus. Há um sacerdócio melhor, com Cristo qual sumo sacerdote. (Heb. 5:5-10; 7:11-16) Há um sacrifício de expiação melhor, que não precisa ser oferecido anualmente, mas uma vez para sempre. (Heb. 10:1-12) Paulo também ressalta em detalhes que, para que Cristo se tornasse o mediador do Novo Pacto, ele primeiro teve que morrer. Foi ‘por meio da morte’ como um “testador” que Jesus libertou Israel de sua condenação sob a Lei, bem como a humanidade da condenação adâmica. Essa libertação, realizada pela morte de Jesus no Calvário, cumpriu os requisitos para que o trabalho do mediador começasse no tempo de Deus. — Hebreus 9:11-28

Paulo resume isso, dizendo que existe “um único mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus; que se deu um resgate por todos, para ser testemunhado no devido tempo”. No seu primeiro advento, Jesus não era o mediador do Novo Pacto, mas “o mensageiro do pacto”. (Mal 3:1, TNM) Ele começou seu trabalho de mensageiro na Jordânia, e proclamou por três anos e meio as várias características do plano de seu Pai que levaria ao estabelecimento final dessa aliança. A principal dessas características era a sua morte como o resgate. Com isso, ele começou a apresentar o Novo Pacto, fornecendo o preço, o sangue, que se tornou uma “garantia” de seu estabelecimento final. (Heb. 7:22, 27) O Novo Pacto foi assim assegurado, embora ainda não tenha sido implementado.

Durante a era do Evangelho que se seguiu, Deus tem escolhido e desenvolvido a Igreja, os seguidores dos passos de Cristo, que participarão com ele no trabalho mediador relativo ao mundo da humanidade durante o reino de Deus. É por isso que o Novo Pacto, embora garantido, ainda não está operando. Esses seguidores espirituais de Cristo estão sendo treinados para serem “ministros habilitados da Nova Aliança”, à medida em que procuram caminhar em seus passos. (2 Cor. 3:4-6) Paulo afirma a inclusão da Igreja como parte de “O Cristo” que trará bênçãos ao homem sob o Novo Pacto. Ele afirma: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo… Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.” — Gál. 3:16, 27-29



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora