DESTAQUES DA AURORA

Cristo — as primícias da ressurreição

“Mas, agora, Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.”
— 1 Coríntios 15:20 (Tradução Brasileira)

Prefácio: Muitos no mundo cristão dão atenção especial nesta época do ano às experiências e eventos relacionados com a vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo. As páginas desta edição de “A Aurora” também se concentrará nesse tema vital. Ao recapitularmos algumas das maravilhosas verdades centradas no grandioso presente de Deus, seu “Filho unigênito”, esperamos que sua fé no propósito divino de trazer em breve as prometidas bênçãos do reino à humanidade seja renovada. Que a consideração dessas lições oportunas nos estimule a caminhar com o Mestre diariamente com muito mais fé.

NO DOMINGO, dia 27 de março, milhões de pessoas em toda a Terra celebrarão a ressurreição de Jesus Cristo. Muitos participarão com reverência e honra nas cerimônias religiosas para comemorar esse evento importante. Alguns também aproveitarão a ocasião para se reunirem em família e desfrutar das bênçãos do dia. A mensagem contida nos milhares de sermões proferidos no Domingo de Páscoa darão, sem dúvida, certa medida de esperança a alguns. Contudo, de modo geral o verdadeiro significado da ressurreição de Cristo não será apreciado, principalmente porque esse não é compreendido.

A ressurreição do “Filho unigênito” de Deus desempenha uma relação vital com o grande plano das eras que o Criador tem executado para a derradeira bênção da condenada e morredoura raça humana. (João 3:16) Não se trata de uma sugestão para um plano, que pode ou não se realizar. O plano de Deus será posto em ação até sua conclusão bem-sucedida. O mesmo não acontece com os planos de homens. Muitos se sentem induzidos a dizer: “Ah, se as leis corretas fossem aprovadas; se as pessoas fizessem isso ou aquilo; se os indivíduos certos fossem eleitos para os cargos governamentais; se as igrejas assumissem maior liderança nos assuntos humanos; ou, ainda, ah, se isso ou aquilo pudesse ser feito, então o mundo seria um lugar muito melhor para se viver.”

Há muito sofrimento no mundo hoje em dia, mas isso não é novidade. Tem sido assim por todas as eras desde a criação. Agora, porém, além das aflições costumeiras relacionadas com o reinado do pecado e da morte, o mundo está passando por um período profeticamente descrito nas Escrituras como um “um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação”. (Dan. 12:1) Essa angústia é global, e as pessoas têm se perguntado por que, se realmente existe um Deus no céu, ele não parece fazer nada para aliviar o sofrimento da criação humana. A verdadeira resposta a essas questões revela a diferença entre o plano de Deus para a humanidade e os planos feitos pelos humanos decaídos.

A Bíblia indica que desde que o homem transgrediu à lei divina no Jardim do Éden, Deus tem feito algo para libertar suas criaturas humanas da morte resultante dessa transgressão. Deus não está procurando o homem para informar-lhe o que ele precisa fazer com o sofrimento humano, pois Deus tem seu próprio plano, o qual tem estado avançando, século após século, era após era, rumo à conclusão. Esse plano prevê a eliminação de todo o sofrimento humano, incluindo a destruição do “último inimigo … a morte”. (1 Cor. 15:26) O cumprimento desse plano não se limita a algumas gerações, mas aplica-se a Adão e Eva, bem como a todos os que têm vivido desde então. Deus ama os membros de sua criação humana que viveram antes do Dilúvio com a mesma intensidade com que ele ama as pessoas de nossos dias, e, de fato, todas as sucessivas gerações desde o início. Quando lemos que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, vemos uma referência ao amor de Deus por toda a raça humana. — João 3:16

A EXPERIÊNCIA COM O MAL

Deus viu que toda a humanidade precisava experimentar os terríveis resultados do pecado. Seu projeto era que a Terra ficasse cheia de sua criação humana. Isso seria realizado pela procriação: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra”, instruiu a Adão e Eva. (Gên. 1:28) Deus permitiu que nossos primeiros pais transgredissem sua lei. Ele sabia que passar pela experiência com o mal seria o melhor modo de criar no íntimo deles uma resoluta determinação para oporem-se ao pecado e para andarem no caminho da justiça.

Deus sabia que essa experiência com o mal poderia, similarmente, beneficiar a todas as suas criaturas humanas, de modo que tem permitido que o pecado e a morte existam através das eras. Ele continuará permitindo isso até nascer um número suficiente de pessoas para encher a Terra de modo apropriado. Daí, ele intervirá em prol da humanidade sofredora. Esse esquema não quer dizer que Deus não se interessa por suas criaturas humanas. Ele continua a amar a humanidade, e, por todas as eras tem estado preparando um meio pelo qual ela será liberta do pecado e da morte.

AS PROMESSAS DA PALAVRA DE DEUS

O desenrolar do plano de Deus pode ser visto nas muitas promessas contidas em sua Palavra, começando em Gênesis e concluindo no Livro de Apocalipse. Ao sentenciar nossos primeiros pais à morte, Deus disse a Satanás — simbolizado pela serpente — que a semente da mulher machucaria a cabeça de Satanás, e que a semente desse machucaria o calcanhar da semente da mulher. (Gên. 3:15) Essas palavras são muito enigmáticas. Contudo, à luz do subsequente desenrolar do plano de Deus, descobrimos que essas palavras ditas à serpente são uma referência à destruição final de Satanás e do mal, como resultado da obra sacrificial de Cristo.

A semente mencionada em Gênesis é descrita em Apocalipse 20:1, 2 como um “anjo”, o qual é visto ‘descendo do céu’ e prendendo “o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás”, amarrando-o por mil anos. Esse período de mil anos também é chamado de reino de Cristo. (vs. 4, 6) Esse capítulo de Apocalipse, bem como o capítulo seguinte, descrevem as bênçãos que a humanidade receberá em resultado do reinado milenar de Cristo. Essas bênçãos são tão extensas que até os mortos são vistos sendo “entregues”, ou “dados”, pelo “inferno” [grego: ‘Hades’, que significa a sepultura], com o objetivo de voltarem a obter o favor de Deus e a comunhão com ele. (vs. 12-15; cap. 21:1-4) Quando essa gloriosa obra começar, as pessoas não vão mais perguntar por que Deus não faz algo a respeito do sofrimento humano.

A PROMESSA DA “SEMENTE” FEITA A ABRAÃO

Depois do Dilúvio Deus fez uma promessa maravilhosa a Abraão, a qual novamente revelava que ele tinha a intenção de fazer algo a respeito do sofrimento humano. Deus disse a Abraão que por meio de sua “semente”, ele abençoaria “todas as famílias da terra”. (Gên. 12:3; 22:18) Quando Abraão demonstrou sua fé e lealdade por estar disposto a oferecer seu filho, Isaque, em sacrifício, Deus confirmou sua promessa “com juramento”. — Heb. 6:13-18

Ao confirmar a promessa, Deus disse a Abraão que a semente dele ‘possuiria o portão de seus inimigos’. (Gên. 22:17) Nos tempos antigos, as cidades eram cercadas de muralhas para proteção contra inimigos. Assim, aqueles que possuíssem, ou tivessem poder sobre os portões, eram de fato os que controlavam as cidades. Portanto, a profecia de Deus dava a entender que a semente de Abraão seria um herói conquistador. Assim, a ideia de sacrifício, como na ocasião em que seu filho, Isaque, foi oferecido, e a ideia de domínio, ou governo, estavam ambas associadas com a promessa de nosso Pai Celestial a Abraão. Por todo o Velho Testamento, e continuando no Novo Testamento, as promessas de Deus enfatizam esses dois aspectos do plano Divino de salvação.

UM PACIFICADOR E REGENTE

Quando Jacó, o neto de Abraão, estava prestes a morrer, ele conferiu bênçãos a seus filhos — sua “semente” natural. A bênção que ele conferiu a Judá foi na forma de uma profecia sobre a vinda daquele grande regente conforme subentendido na promessa feita ao seu avô. Jacó se refere a tal como “Siló” — significando tranquilidade ou alguém pacífico — e disse que “a ele se congregarão [hebraico: obedecerão] os povos”. (Gên. 49:8-12) Ele também disse que esse que sairia de Judá seria como um “leão”. O povo hebreu estava no Egito naquela época. No governo egípcio, um leão simbolizava o direito de reger. Consequentemente, observamos novamente a ideia de regência associada com a semente prometida.

Em Isaías 52:10 esse regente vindouro é chamado de “santo braço” de Jeová. Segundo a promessa, esse “braço” será revelado “perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus”. No capítulo seguinte da profecia de Isaías, é revelado o fato de que esse “braço do SENHOR” precisa primeiro ser sacrificado, ‘como um cordeiro ser levado ao matadouro’, e que seu governo precisa aguardar até que sua obra sacrificial se complete. — Isa. 53:1, 7

Isaías 9:6, 7 registra uma profecia sobre o nascimento da “semente” da promessa, onde lemos: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim. … o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.”

O MONTE QUE É SÍMBOLO DO REINO

Quando Israel se tornou um reino, seus reis governavam a partir do monte Sião literal, em Jerusalém. Aquele era um governo teocrático no qual os sucessivos reis representavam a Deus, e era como se sentassem no “trono do SENHOR”. (1 Crô. 29:23) Nas promessas de um reino futuro feitas pelos profetas, Deus usou o termo “monte Sião” para simbolizar o reino Messiânico. Em outras ocasiões os profetas de Deus se referiram a este simplesmente como o “monte do SENHOR”. (Joel 2:32; Oba. 17, 21; Miq. 4:2, 7; Zac. 8:3) De fato, as várias promessas sobre o “monte Sião” e o “monte do SENHOR” são muito animadoras!

Em uma de tais profecias, lemos: “E o SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os povos uma festa com animais gordos, uma festa de vinhos velhos, com tutanos gordos, e com vinhos velhos, bem purificados. E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem. Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse. E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o SENHOR, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.” — Isa. 25:6-9

O profeta Daniel também previu o estabelecimento desse “monte do Senhor”. Na interpretação que Daniel fez do sonho de Nabucodonosor, no qual o rei de Babilônia viu uma estátua de aparência humana com uma cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre e coxas de cobre e pernas de ferro, Daniel nos dá um vislumbre do reinado e da queda de quatro grandes potências gentias, começando com Babilônia e terminando com Roma. (Dan. 2:31-45) Compreendemos, por meio da interpretação de Daniel, que a cabeça da estátua representava o Império Babilônico, e que os pés e os dedos da imagem simbolizam as divisões do Império Romano, o último dessas quatro potências gentias. Os diversos Estados europeus em existência antes da Primeira Guerra Mundial, que começou em 1914, representavam esses “dedos”.

Em seu sonho, Nabucodonosor viu uma pedra “cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés”, fazendo com que ela caísse, se espedaçasse e, por fim, se tornasse como a “pragana”, ou pó, espalhado pelo vento. Daí, “a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra”. (vs. 34, 35) Segundo a interpretação de Daniel, “nos dias” desses reis representados pelos dedos da estátua “o Deus do céu” estabelecerá um reino. Esse “monte”, ou reino do Senhor, Daniel predisse, não será dado a outro povo, mas “subsistirá [durará] para sempre”. — v. 44

Miqueias, outro profeta santo de Deus, também fez uma profecia na qual o reino de Deus é comparado a um monte. “Nos últimos dias acontecerá que o monte da casa do SENHOR será estabelecido no cume dos montes, e se elevará sobre os outeiros, e a ele afluirão os povos. E irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR, e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do SENHOR. E julgará entre muitos povos, e castigará nações poderosas e longínquas, e converterão as suas espadas em pás, e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do SENHOR dos Exércitos o disse.” — Miqueias 4:1-4

JESUS, O PROMETIDO

Essas e muitas outras promessas deram aos israelitas devotos e crentes uma sólida esperança de que Deus um dia lhes enviaria um grande Libertador, que os livraria da dominação estrangeira e os exaltaria a uma posição proeminente entre as nações. Quando Jesus veio, alguns dos israelitas o aceitaram como o prometido Messias. André disse a Pedro, seu irmão: “Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo).” — João 1:40, 41

Todos os verdadeiros discípulos de Jesus tinham esse entendimento e crença. Para eles, Jesus era aquele a quem Deus havia enviado para cumprir todas as maravilhosas promessas sobre a “semente”, “Siló”, o “santo braço” de Jeová, aquele chamado de “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Eles acreditavam que ele seria incumbido da chefia sobre a casa regente de Deus no monte Sião de Jerusalém, e também aquele que estabeleceria um reino que abençoaria todas as nações com paz e segurança.

À medida que Jesus continuava com seu ministério, seus entusiasmados discípulos ficaram cada vez mais convencidos de que ele era, de fato, o Messias prometido. Ao passo que ele pregava sobre o reino, demonstrando as bênçãos deste pelos milagres, eles sabiam que o Deus de Israel certamente devia estar com esse homem maravilhoso. Embora não tivessem exército algum, eles acreditavam que através do poder de Deus, tão evidente nas obras de Jesus, Israel sob a liderança do Messias seria capaz de se livrar do jugo romano, tornar-se uma nação livre novamente e estender o prometido “monte” do reino de Deus a todo o globo. Faltando apenas alguns dias para morrer, quando Jesus entrou em Jerusalém montado num jumentinho foi aclamado por uma multidão de entusiásticos apoiadores como rei, o “Filho de Davi”. — Mat. 21:7-11

CONSTERNAÇÃO E ESPANTO

Contudo, quase sem aviso e contrário às expectativas de seus discípulos, Jesus foi morto por seus inimigos. O que parecia ser mais espantoso para eles foi que ele se rendeu a seus inimigos, sem o menor esforço para se livrar das acusações apresentadas contra ele. Naturalmente, ao passo que os discípulos ainda mantinham um fio de esperança, eles achavam que um Messias morto não poderia cumprir as promessas feitas sobre ele. Como é que Jesus poderia agora estabelecer um reino, ou ser o Príncipe da Paz? Como poderia cumprir qualquer uma das coisas preditas sobre ele pelos profetas de Deus? Jesus estava morto, e suas expectativas pareciam desanimadoras.

A esperança deles, contudo, foi logo reavivada. Mesmo antes de o pleno impacto da morte de Jesus atingir a consciência dos discípulos, Jesus foi levantado dos mortos. Nos dias e semanas seguintes, ele lhes anunciou que “todo o poder” lhe havia sido dado “no céu e na terra”. (Mat. 28:18) Eles não compreenderam de imediato todas as implicações da morte e posterior ressurreição de Jesus. Por ter aparecido várias vezes a eles, e depois por meio da vinda do Espírito Santo no Pentecostes, os discípulos passaram a entender que Jesus de fato estabeleceria o tão prometido reino Messiânico, e numa escala muito maior do que eles jamais haviam imaginado. Não apenas o Messias estava vivo, como também havia sido ‘exaltado soberanamente’ à natureza divina, e se ‘assentado à destra do trono de Deus’. — Fil. 2:8, 9; Heb. 12:2

Os discípulos também ficaram sabendo que antes de o reino Messiânico ser estabelecido na Terra, um pequeno grupo de fiéis seguidores seriam selecionados dentre a humanidade e seriam preparados para viver e reinar com ele quando retornasse em seu segundo advento. Essa obra tem continuado por toda a Era Evangélica desde o Pentecostes, mas o mundo em geral nada sabe a respeito disso. Os que têm se perguntando por que Deus não faz algo a respeito do sofrimento humano não percebem que ele tem estado preparando esses associados de Cristo para aplicar as leis de um governo que aliviará todo o sofrimento humano, e até mesmo destruirá a própria morte. (Rom. 8:16-23) De fato, Jesus morreu na cruz do Calvário para tomar o lugar dos pecadores na morte, para que toda a humanidade possa receber a oportunidade de ser restaurada à vida eterna aqui na Terra. — 1 Cor. 15:21, 22

“SE CRISTO NÃO RESSUSCITOU”

Alguns nos dias de Paulo não acreditavam que Jesus havia sido levantado dos mortos. Contudo, Paulo escreveu: “Se Cristo não ressuscitou, logo é vã [vazia] a nossa pregação, e também é vã [vazia] a vossa fé,” (1 Cor. 15:14) Jesus morreu para redimir a humanidade da morte, mas um Redentor morto não poderia restabelecer aqueles pelos quais ele morreu. “Se Cristo não ressuscitou”, então não existe uma “semente” da promessa para abençoar todas as famílias da Terra, e não haveria ninguém para cumprir todas as maravilhosas promessas messiânicas feitas pelos profetas. “Se Cristo não ressuscitou”, jamais poderia haver um reino mundial de paz e justiça. De fato, como a ressurreição de Jesus é importante para a realização do plano de Deus de salvação!

Contudo, com as palavras de nosso texto introdutório, Paulo afirma: “Agora Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.” (1 Cor. 15:20, TB) Todos os mortos, cristãos ou não, estão “dormindo”, inconscientes. Mesmo os cristãos que “dormiram em Cristo”, a menos que haja uma ressurreição dos mortos, “pereceram”. (v. 18) Nossa garantia da ressurreição e de uma vida futura para todos os que morreram, portanto, se baseia no fato de que Jesus foi levantado dos mortos.

Cristo se tornou “primícias”, ou os primeiros frutos, dos que dormem, Paulo declarou. Com ele estão, qual parte da classe das “primícias”, seus fiéis seguidores da Era do Evangelho. (Tiago 1:18; Apo. 14:4) Estes são trazidos da morte no evento descrito pelo Revelador como “a primeira ressurreição”. (Apo. 20:4-6) A escolha e treinamento desses tem sido feita por toda a Era do Evangelho. Além disso, antes da ressurreição do restante da humanidade, os servos antigos de Deus, começando com Abel e prosseguindo até João o Batista, serão levantados do sono da morte naquilo que Paulo descreve como uma “melhor ressurreição”. (Heb. 11:1-40; Mat. 11:11) Esses serão os representantes humanos, — “príncipes [governantes] sobre toda a terra” — da celestial classe do Cristo durante o reino Messiânico. — Sal. 45:16

Na sequência ocorrerá o despertar geral de todos os mortos, “cada um por sua ordem”, também tornado possível pela morte e ressurreição de Jesus. (1 Cor. 15:23) Que abençoada esperança para o atual mundo fatigado e cheio de temor! É a esperança de que em breve aquele glorioso reino da promessa se manifestará com “poder e grande glória” para a bênção de todas as famílias da Terra. (Isa. 40:5; Mat. 24:30) É a esperança de que logo a paz e a boa vontade serão estabelecidas em toda a Terra, e que o pecado, o egoísmo, a doença e a morte serão destruídos. Também é a esperança de que nossos entes queridos que faleceram serão acordados do sono da morte, para que eles também usufruam das bênçãos do reino Messiânico. Todas essas esperanças, e muito mais, estão garantidas porque Jesus Cristo foi levantado dos mortos.

Com toda a garantia, a Bíblia promete que está vindo um novo dia de oportunidade para todos, o qual Deus tornou uma certeza por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Paulo disse que Deus “tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem [Cristo] que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17:31) Que nos alegremos com essas maravilhosas verdades contidas na Palavra de Deus!



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora