Lição 4

O Maior Dom é o Amor

Versículo Chave: “E agora, permanecem a fé, a esperança e o amor; porém, entre esses três, o maior deles é o amor.”
—1 Coríntios 13:13 RVP2011

Escritura Selecionada:
1 Coríntios 13

MUITOS NA igreja de Corinto evidentemente deram grande importância a manifestação externa dos dons do Espírito Santo. De fato, estes foram importantes durante o período da Igreja primitiva. No entanto, Paulo enfatizou que o espírito existente do amor fora de maior excelência que estes dons. Disse que o amor era de maior importância que a capacidade de compreender os grandes mistérios de Deus, dando testemunho da causa de Cristo, ou inclusivamente sacrificando os bens terrestres para o beneficio dos demais. Sem o genuíno motivo e sincero de amor que impulsiona a tais ações, não seriam proveitosas. —1 Cor. 13:1-3

Paulo, continuando, expõe as características relacionadas com a verdadeira caridade ou “amor”, como a palavra deve ser vertida mais apropriadamente. “O amor é paciente, é bondoso; o amor não é invejoso, o amor não é jactancioso, não se envaidece; não faz nada indecoroso, não busca o próprio interesse, não se irrita, não ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” —vss. 4-7 RVP2011

Depois de descrever as qualidades possuídas pelos que exercem o espírito de amor, Paulo contrasta a natureza permanente do amor com o caráter temporal dos diversos dons do espírito. Destaca que o amor “não acaba jamais”, no sentido de que continuará por toda a eternidade, enquanto que, os dons milagrosos eram tanto temporais como parciais. (vss. 8-10 RVP2011) Alguns cristãos ensinam que os dons milagrosos que eram frequentes durante o período da Igreja primitiva seguem manifestando-se ainda hoje em nossos dias. Paulo afirma em nossa lição, no entanto, que estes dons conferidos pela imposição das mãos dos apóstolos, cessariam. (Atos 8:18) Já não seriam necessários, visto que os escritos inspirados da Bíblia, quando completados, seriam reconhecidos como a fonte da verdade de Deus. —2 Tim. 3:15-17

Visto que a terra será “cheia do conhecimento da gloria de Jeová, como as águas cobrem mar”, a habilidade de acumular informação e entender a palavra de Deus não cessará. (Hab. 2:14 TB) São, pelo contrario, as milagrosas inspirações e revelações das verdades divinas na primeira parte da Era Evangélica que parecem ser as que se faz referência nas passagens das Escrituras de nossa lição. —1 Cor. 13:8-10

Paulo contrasta também os dons do espírito com o fruto do espírito. Ele compara o primeiro com a imaturidade em Cristo. O crente maduro, no entanto, enfocaria sua atenção num maior desenvolvimento do Espírito Santo e de seus diversos frutos e dons como qualidades mais desejadas. —vs. 11

Existem muitas passagens das Escrituras que enfatizam o amor como elemento indispensável para agradar ao Pai celestial. Durante seu ministério terrestre, quando se lhe perguntou sobre esta questão, Jesus destacou a importância de amar a Deus supremamente e amar ao próximo como a si mesmo como o meio para cumprir a lei. (Mat. 22:36-40) Também expôs a norma pela qual os crentes devem medir a obtenção desta característica. “Um mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.” (João 13:34 NVI) Assim pois, em resumo, nosso versículo chave dá ênfase em que o maior de todos os dons é possuir o amor “ágape” —a característica de um cristão maduro. Que nos comprometamos em alcançar esse objetivo!