ESTUDOS INTERNACIONAIS DA BÍBLIA

Lição 1

Um Modelo de Oração

Versículo Chave: “E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino.”
—Lucas 11:2

Escritura Selecionada:
Lucas 11:1-13

A ORAÇÃO OCUPOU lugar importante e singular na vida e nos ensinamentos de nosso Senhor. Em tempos de decisão e provação, ele se aproximava do Pai Celestial em oração. Percebia claramente que Deus nunca fica confuso, desorientado, perplexo, ansioso ou sobrecarregado por causa das preocupações. Jesus sabia que os planos do Todo-Poderoso sempre são bem-sucedidos, tendo observado isso em primeira mão durante sua existência pré-humana. Nosso Senhor viu como o poderoso intelecto de Deus chegou aos limites da possibilidade e, compreendendo o fim desde o princípio, sempre alcança propósitos desejados.

Na verdade, nosso Senhor Jesus conhecia bem seu Pai, razão pela qual, de modo confiante, muitas vezes se aproximava dele em oração. Os discípulos de Jesus observaram o hábito da oração, a paz e a tranquilidade interior que ela trazia ao Mestre, por tal motivo, lhe formularam uma petição: “Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos.” — Lucas 11: 1

À primeira vista, pode parecer estranho que os discípulos perguntassem a Jesus como orar. Sabemos pelas Escrituras, que os judeus, especialmente aqueles que sinceramente se esforçavam para manter os termos da aliança com Deus, era um povo de oração. Quando suas orações mostravam ser sinceras, elas eram aceitas, obtinham respostas e eram abençoados como consequência inerente de seu esforço. Dessa forma, os discípulos de Jesus já sabiam como orar, e seu pedido centrava-se, evidentemente, em outras razões.

Como os discípulos observavam Jesus, sentiram que suas orações eram muito mais íntimas do que a fórmula mais mecânica habitual de súplica. Desde a promulgação da Lei no Monte Sinai, os israelitas passaram a considerar Deus uma força impessoal, jamais próxima dos homens, assim, suas orações tendiam à um sentimento de separação. Em Jesus, contudo, notaram que ele se dirigia ao Todo-Poderoso o chamando de “Pai” e orou como se tivesse intimidade com Ele.

Ao perceber sua comunhão achegada com Deus, e diante das evidências de que Deus sempre ouvia e respondia suas orações, logo, os discípulos começaram a utilizar o grande poder e benefício das orações de Jesus. Por causa de sua achegada comunhão com Deus, mesmo em tempos difíceis e angustiantes, o Mestre sempre parecia calmo. Uma das chaves para a habilidade de Jesus de manter tal proximidade com seu Pai é encontrada no fato de que ele sempre, sem exceção, estava em completa harmonia com a vontade de Deus. Testificando sobre isso, Jesus declarou: “Eu faço sempre o que lhe agrada.” — João 8:29

Jesus honrou o pedido dos discípulos e deu-lhes um modelo de oração que, se seguido a partir do coração, ajudaria a conduzi-los em íntima relação com Deus. A estrutura das palavras é bela e muito relevante para nós enquanto seguidores de Cristo. Não é casual que a oração começa, conforme indicado no nosso versículo-chave, se dirigindo a Deus como “Pai Nosso”, e com reverência, honrando-o — “Sagrado [santo] seja o teu nome.” Esses sentimentos, bem como as outras palavras expressas nesse modelo de oração, representam a melhor coisa em nossos corações quando oramos, nós também estaremos habilitados à um relacionamento íntimo com Deus, como fizeram Jesus e os discípulos — Mateus 6:9-15



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora