Lição 4

Digno é o Cordeiro

Versículo Chave: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.”
—Apocalipse 5:12

Escritura Selecionada:
Apocalipse 5:6-13

A BÍBLIA EM muitos lugares declara a intenção que Deus tem de abençoar todas as famílias da Terra em um vindouro reino justo. As Escrituras adicionalmente pintam um belo quadro desse reino, quando o favor de Deus retornará aos homens. Ele enxugará todas as lágrimas dos milhares de anos de dor que este mundo perverso tem causado, e será o Deus de toda a humanidade. — Apoc. 21:3,4

O estabelecimento de tal reino, no entanto, requereria alguém para governar que fosse digno dessa posição. A lição de hoje, por meio das palavras de João, o Revelador, identifica essa pessoa, tão usada desde o início até a conclusão do plano de Deus. Nessa visão do trono, vemos inicialmente Deus segurando um livro que ninguém era capaz de abrir, e por isso, João “chorava muito”. — Apoc. 5:1-4

A falta de alguém digno de abrir esse “livro” da vida era a condição que prevalecia no início do plano de Deus, após a queda do homem no pecado. A justiça de Deus exigia um preço correspondente para resgatar Adão da maldição da morte causada por sua desobediência. Um homem perfeito tinha que morrer para libertar, da sentença de morte, outro homem que havia sido perfeito. Jesus, em sua existência pré-humana como o Logos, sabia da necessidade de um preço correspondente e se ofereceu para isso. — Sal. 40:7,8; Isa. 6:8

O simples ato de se oferecer voluntariamente, no entanto, não cumpria todos os requisitos de Deus. O preço correspondente devia ser de linhagem humana, e provado ser obediente até a morte. Por mais de quatro mil anos, o homem havia vivido e morrido sem chance de recuperação da morte até a chegada de Jesus, agora “nascido de mulher”. (Gál. 4, 4) Quando Jesus estava prestes a começar seu ministério, João Batista reconheceu que ele era o Prometido e declarou sobre Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29) Deus também reconheceu Jesus depois de seu batismo, quando surgiu uma voz do o céu, dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” (Mat. 3:17) Nos três anos e meio que se seguiram, Jesus obedientemente e sem pecado cumpriu o plano de seu Pai, que culminou com sua morte na cruz, comprando assim Adão e toda sua posteridade. “Porque assim como a morte veio por um homem [Adão], também a ressurreição dos mortos veio por um homem [Jesus].”— 1 Cor. 15:21

Todos os profetas haviam apontado para Jesus como aquele que seria digno de sentar-se no trono de Davi, no reino, para abençoar a humanidade. Isso é reafirmado duas vezes na cena do trono em nossa lição. “E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.” (Apoc. 5:5) Muitos séculos antes, Jacó havia falado desse “Leão” de “Judá” (Gên. 49: 9, 10), profeticamente apontando para Jesus. No sexto versículo de nossa lição, lemos novamente a descrição que João, o Revelador, faz do digno Jesus como o “Cordeiro que foi morto”.

Nossa lição termina com uma cena alegre, em que se reconhece a presença de alguém digno de abrir o livro da vida: “E eles cantavam um cântico novo: “Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste… homens de toda tribo, língua, povo e nação”. — Apoc. 5:9, Nova Versão Internacional