ESTUDOS INTERNACIONAIS DA BÍBLIA

Lição 3

O Relato de Pedro

Versículo Chave: “Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção.”
—Atos 2:31

Escritura Selecionada:
Salmos 110:1-4;
Atos 2:22-24, 29-32

QUANDO O ESPÍRITO SANTO foi dado aos onze apóstolos no Dia de Pentecostes, eles começaram a ver e compreender os detalhes dos planos de Deus anteriormente mantidos em segredo — “O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos.” (Col. 1:26) Quando as multidões começaram a se reunir nas ruas de Jerusalém para a celebração da Páscoa, os onze descobriram que, enquanto falavam com essas pessoas de todas as nações, o Espírito Santo fazia com que cada um deles entendesse em sua própria língua.

Compreendendo o poder do Espírito Santo pela primeira vez, Pedro se dirigiu à multidão, citando o profeta Joel: “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne.” (Atos 2:17) Pedro estava ansioso para começar a pregar o Evangelho de Cristo àqueles cujos ouvidos agora poderiam ser abertos para ouvir e entender. Ele lembrou à multidão que tinham visto com seus próprios olhos a aprovação de Jesus da parte de Deus “com milagres, prodígios e sinais”, e que ele fora entregue à crucificação “pelo determinado conselho e presciência de Deus”, bem como que ‘Deus o ressuscitara’ dos mortos. — vs. 22-24

A fim de imprimir em sua audiência judaica a chegada do tão esperado Messias, Pedro dirige a atenção deles para o testemunho do patriarca Davi. Ele cita o Salmo 16:10, que diz: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.” Continuando, Pedro diz que Davi não poderia ter falado de si mesmo porque “ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura.” (Atos 2:29 ) Pedro declara que Davi falava como um profeta para proclamar aquele que um dia iria sentar-se no seu trono e governar sobre um reino eterno, e, visto que os líderes judaicos haviam matado o Messias, ele deveria primeiro ser ressuscitado dentre os mortos, a fim de se sentar nesse trono. “Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que faria sentar sobre o seu trono um dos seus descendentes, prevendo isto, Davi falou da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção. Ora, a este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.” — vs. 30-32

Deus realmente havia jurado a Davi que suscitaria alguém de sua própria linhagem para se sentar no seu trono. Jesus tinha chegado, e sua linhagem podia ser traçada diretamente até Davi. Ele havia demonstrado que era o Filho de Deus por meio de prodígios e milagres, e agora fora ressuscitado dentre os mortos, a fim de concluir o plano de Deus de estabelecer um reino eterno que abençoaria todas as famílias da Terra. Pedro afirma que foi Jesus, e não Davi, quem ascendeu ao céu. De fato, Pedro diz que o próprio Davi declarou: “Disse o Senhor [Deus] ao meu [de Davi] Senhor [Jesus]: Assenta-te à minha direita.” (v. 34) Por fim, Pedro diz que o filho tão esperado de Davi havia sido feito “Senhor e Cristo”, e faria de seus “inimigos” seu “escabelo”. (vs. 35, 36) Posteriormente, o glorificado Jesus declararia o seguinte sobre sua ressurreição: “Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno.” — Apo. 1:18



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora