ESTUDOS INTERNACIONAIS DA BÍBLIA

Lição para 23 de março

Do Sofrimento à Glória

Versículo Chave: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.”
—Lucas 24:27

Escritura Selecionada:
Isaias 53:5-8;
Lucas 24:25-27, 44-47

AS PALAVRAS de nosso versículo-chave foram tiradas do testemunho falado pelo Senhor ressuscitado, quando este apareceu como um estranho para dois discípulos caminhando em direção à aldeia de Emaús. Ele sabia que os profetas não apenas haviam declarado suas vindouras glórias, mas também os sofrimentos que teria de suportar antes de sua glorificação. Uma das muitas profecias que falavam dessas coisas encontra-se nas palavras de Jeremias: “Eu era como um cordeiro… que levam à matança.” (Jeremias 11:19) Aquele “estranho” explicou que era necessário que Jesus sofresse essas coisas, a fim de cumprir seu trabalho como o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” — João 1:29

Ambos os registros do Velho e do Novo Testamento comprovam essas verdades a respeito de Jesus. Em Isaías 53:5, 7 lemos: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.” O apóstolo Paulo indica que foi necessário que o nosso Senhor suportasse todas essas coisas até à morte, a fim de que pudesse “compadecer-se das nossas fraquezas”. Assim, ele “aprendeu a obediência por aquilo que padeceu.” — Hebreus 4:15; 5:8

A melhor oferta que qualquer membro da raça decaída pudesse ter feito não tiraria o pecado. Adão, um homem perfeito, havia pecado, e só o homem perfeito, Jesus, poderia redimi-lo. Em mais um testemunho profético, ouvimos Jesus falar sobre si mesmo: “Fizeste-me compreender que nem oferendas e sacrifícios desejaste; não requereste de mi holocaustos para remir meus pecados. Então declarei: Eis aqui estou! No pergaminho está escrito a meu respeito. Tenho imensa alegria em fazer a tua vontade, ó meu Deus; a tua Lei está no íntimo do meu ser.” (Salmos 40:6-8 BKJA) As palavras “no pergaminho” são mais uma referência ao fato de que a obra redentora de Jesus foi profeticamente mencionada “na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. — Lucas 24:44

Antes de sua morte, Jesus havia declarado sobre si mesmo: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12) Jesus, aparecendo aos seus seguidores como o Senhor ressuscitado, deu-lhes palavras concebidas para iluminar suas mentes, bem como para prover-lhes conforto sobre a finalidade de sua morte e ressurreição. Ele “disse-lhes: Paz seja convosco. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.” — Lucas 24:36, 45

Séculos antes, Moisés havia repetido todas as palavras da lei para o povo de Israel. Agora, Jesus, o “Profeta… semelhante a” Moisés ( Atos 3:22), havia cumprido a Lei, e começou a abrir as mentes de seu povo “falando das coisas concernentes ao reino de Deus”, e ensinando-os a “cumprir a lei de Cristo”. (cap. 1:3; Gál. 6:2) Depois que o Senhor ressuscitado apareceu aos seus discípulos o suficiente para realizar tudo o que era necessário para eles, Jesus “apartou-se deles; e foi elevado ao céu”. (Lucas 24:51) Verdadeiramente podemos nos alegrar com estas palavras: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, … e honra, e glória, e ações de graça.” — Ap. 5:12



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora