DESTAQUES DA AURORA

1914 – 2014
Um Século de Mudanças Sem Precedentes

“Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.”
— Mateus 24:21,22

À MEDIDA QUE começamos a viver um novo ano, 2014 promete ser repleto de sofrimento contínuo e incertezas em todo o mundo. Os chefes de Estado, embaixadores e líderes nacionais continuarão a procurar formas de aliviar tensões e resolver problemas aflitivos variados que atingem pessoas de todos os países. Os obstáculos e desafios que o mundo enfrentará em 2014 serão, de fato, tão diversificados e complexos quanto às próprias etnias humanas. Questões políticas, sociais, morais, religiosas, econômicas e ambientais de inúmeras espécies aborrecem a humanidade hoje.

Para aumentar a dificuldade de lidar com problemas, existe um fator-chave: muitos dos conflitos atuais estão inter-relacionados. Por exemplo, as tentativas de resolver desacordos políticos no mundo muitas vezes têm ramificações em dois assuntos religião e economia. Lidar com as questões sociais que a humanidade enfrenta agora tem relação direta com os difíceis entraves morais na sociedade contemporânea, e os pontos de vista extremamente diferentes, mas fortemente defendidos, confundem os povos. As tentativas de resolver milhares de desarranjos ambientais no mundo presente apresentam, claramente, impactos políticos e econômicos significativos.

Outro efeito de composição de problemas correntes relaciona-se com a disponibilidade de informação e comunicação. No mundo de 2014, a capacidade de obter informações e se comunicar com outras pessoas é instantânea em torno de quase toda a Terra. Como resultado disso, riscos enfrentados até mesmo apenas numa pequena parte do mundo recebem atenção global imediata, havendo potencial efeito cascata que nunca existiu em tempos mais remotos, nem mesmo tão próximos quanto o início do século 21.

HÁ CEM ANOS

Este ano marca cem anos desde a eclosão da Primeira Guerra Mundial. Isto dá origem a adequada reflexão sobre o que tem ocorrido em toda a Terra durante essas dez décadas. Não pode haver dúvida de que as mudanças que ocorreram no mundo de 1914 a 2014 são sem precedentes, quando comparadas com qualquer outro período centenário na história da humanidade. Adicionada a esse fato está a observação seguinte: o mundo que existia antes de 1914, em muitos aspectos pouco mutável ao longo dos séculos, é praticamente irreconhecível agora.

Com exceção dos Estados Unidos, o mundo de um século atrás pertencia, em grande parte, aos grandes impérios, com o Império Britânico sendo o maior de todos eles. Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Itália e Turquia também tiveram suas possessões coloniais. O continente africano oferece excelente exemplo de como isso mudou profundamente. Em 1914, a África tinha apenas dois países independentes — Etiópia e Libéria. O restante do continente era governado inteiramente por nações europeias. Hoje, a África é composta por 55 nações independentes, número superior ao encontrado nos demais continentes e correspondente a quase 30% do número total de nações soberanas na terra.

Por outro lado, o continente europeu sofreu tendência oposta durante os últimos cem anos. Em 1914, os países da Europa representavam um total de 50% do número total de nações independentes no mundo. Em 2014, eles representam apenas 23% do total mundial. Em 1914, a Europa dominava o planeta com 25% da população total da Terra. Em 2014, a população da Europa representa apenas 10% do total terrestre.

As potências coloniais influentes de 1914 eram governadas por reis, imperadores e czares. Excetuando-se a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, o povo tinha pouco a dizer no governo. Onde parlamentos ou congressos existiam, eles funcionavam em grande medida como “carimbos” para governantes ditatoriais e despóticos.

Após a eclosão da Primeira Guerra Mundial, a população dos Estados Unidos era de aproximadamente 90 milhões, e esta nação estava longe de ser, como é hoje, a principal pátria terrestre, com população aproximada ultrapassando 317 milhões. No entanto, os Estados Unidos exerceram importante influência na ajuda à derrota alemã nessa primeira conflagração, conduzindo-a, então, ao final. Isto também foi verdadeiro com relação a II Guerra Mundial. Uniformemente, o papel dos Estados Unidos nestes dois grandes conflitos, em grande medida, colocou tal país na vanguarda como superpotência internacional.

Após a I Guerra Mundial, mudança brusca começou a se desenvolver no velho mundo europeu. Ocorreu revolução comunista na Rússia e ascensão de ditadores como Hitler na Alemanha e Mussolini na Itália. Czares e imperadores tinham sido depostos, embora fossem realizados esforços corajosos visando estabelecer uma república na Alemanha, a forma democrática governamental logo sucumbiu ao poder crescente de Hitler. No devido tempo, Hitler e Mussolini uniram forças ostensivamente, querendo combater o comunismo, porém na realidade objetivavam conduzir o mundo todo sob poder crescente ditatorial nazifascista.

Enquanto isso, Grã-Bretanha e Estados Unidos auxiliavam a Alemanha, em sentido bélico, contra ataque promovido pela Rússia, contudo, descobriram mais tarde, para seu horror, que o armamento era usado contra quem o fornecia. Apesar de todos os esforços dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, em 1939, a Segunda Guerra Mundial eclodiu. Um dos principais slogans de batalha usados para encorajar os soldados e outros na Primeira Guerra Mundial foi: “uma guerra para acabar com as guerras”, mas, neste contexto, a guerra de 1914-1918 foi indubitável fracasso. Não só o mundo testemunharia o início de devastador conflito em 1939, mas outros tumultos armados continuam acontecendo em um ou mais países simultaneamente desde então. Segundo estatísticas recentes, em média 150 guerras — algumas grandes e outras com menor potencial destrutivo — têm acontecido ou ainda estão ocorrendo desde o fim da II Guerra Mundial, em 1945.

MUDANÇAS NA GUERRA

Cem anos atrás, a Primeira Guerra Mundial foi travada, sobretudo por soldados que enfrentaram outros soldados, ora através de trincheiras, ora em campos abertos. Tal modalidade de guerra é menos praticada hoje. Em países considerados desenvolvidos, como Estados Unidos, soldados ainda pegam em armas, todavia muitas das principais “batalhas” militares estão sendo enfrentadas remotamente mediante utilização de tecnologia informática. Essa tecnologia é capaz de identificar alvos específicos a longas distâncias, lançar mísseis remotamente e orientá-los para atingir precisamente as metas estipuladas, tudo sem um único soldado pisar no “campo de batalha”.

Após a Segunda Guerra Mundial e por várias décadas, o maior medo referente ao confronto residia na possibilidade de enfrentamento internacional em larga escala usando armas nucleares. Na verdade, as duas principais potências da época travaram a chamada “guerra fria” de ameaças, propaganda e retórica, cada uma sabendo muito bem que ambas tinham arsenais nucleares suficientes para destruir toda a população da Terra várias vezes. No entanto, quando a guerra fria terminou com a queda e posterior dissolução da União Soviética, agora quase um quarto de século no passado, esse temor diminuiu. Realmente, as superpotências gastaram muito tempo e esforço nos últimos anos desativando cooperativamente seus arsenais de armas nucleares. Talvez seja irônico que hoje, em 2014, os maiores receios relacionados a armas nucleares não compreendem aquelas que permanecem nas mãos de superpotências, mas às de pequenas nações, como Irã e Coréia do Norte.

Receios associados ao combate face a face da Primeira Guerra Mundial, milhares e milhares de bombas lançadas durante a Segunda Guerra Mundial e a ameaça de holocausto nuclear durante a Guerra Fria foram substituídos, durante os primeiros anos do século 21, pelo medo concreto de nova preocupação insidiosa — terrorismo. Como testemunhamos com nossos próprios olhos, a guerra e os horrores do terrorismo são singulares em muitos aspectos. Apesar de ainda poder incluir armamento convencional, qualquer coisa que cause destruição ou perda de vidas generalizada é também objeto nocivo selecionado — incluindo aviões sequestrados usados ??como explosivos; automóveis numa cilada; homens, mulheres e até crianças agindo como homens-bomba ou grosseiramente produzidos — porém eficientes — Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI).

Adicional característica peculiar do terrorismo é que normalmente não envolve um objetivo militar ou busca de intenções espúrias militares. Pelo contrário, tem como alvos civis inocentes e procura causar o maior número possível de mortes, ferimentos e perturbações sociais. Além disso, o terrorismo impõe grande medo ao homem, porque aqueles que cometem essa modalidade de ação não têm nenhum respeito pela vida humana. Certamente eles não consideram de qualquer valor a vida de inimigos percebidos, nem tomam em conta as vidas de seus semelhantes, familiares e organismos. Estão dispostos a matar ou morrer pela continuidade da guerrilha.

MUDANÇAS ECONÔMICAS

A ascensão dos Estados Unidos ao status de superpotência durante os últimos cem anos não veio sem impactos econômicos graves. A Grande Depressão da década de 1930 teve consequências desastrosas para milhões, e provavelmente teria continuado por muito mais tempo se não fossem exatos os acontecimentos envolvidos na eclosão da Segunda Guerra Mundial. Muito recentemente, quem pode esquecer o quase catastrófico colapso financeiro dos sistemas monetários globais no outono [setentrional] de 2008 e a resultante “Grande Recessão” que se seguiu? Trilhões de dólares em contas bancárias, patrimônio imobiliário, ativos e títulos de investimentos foram perdidos em apenas algumas semanas.

Vamos comparar nossos dias com 1914. A dívida total nacional dos Estados Unidos, em 1914, era um pouco superior a US $ 1 bilhão. Em 2014, prevê-se elevação para $ 18,2 trilhões. Colocando isto em linguagem ainda mais compreensível, a dívida total nacional de 2014 será 18.200 vezes maior do que era há cem anos, um aumento surpreendente por qualquer ângulo. O poder aquisitivo do dólar estadunidense atual, em comparação com seu valor de 1914, alcançou pequeno superávit de 4 centavos.

Enquanto há cem anos apenas pequena porcentagem da população deste país participava do espetáculo de comprar a crédito, agora tal regra é geral. A Terra inteira faz negócios recebendo oferta aparentemente infinita de autoconfiança. De acordo com estatísticas recentes, a dívida total do consumidor nos Estados Unidos representa presentemente mais de 11.000.000.000.000 de dólares, e está crescendo. Podemos recordar o momento em que pagamento antecipado razoável era esperado na compra de eletrodomésticos, automóveis e casas, mas agora muitos vendedores oferecem entrega dos bens e fechamento de transações comerciais sem um pré-pagamento, inclusive assegurando aos compradores que não haverá nada a pagar por vários meses. 2014 será verdadeiramente cheio de créditos e débitos, tanto para consumidores quanto para o governo.

A taxa de imposto de renda federal dos Estados Unidos, em 1914, variou de 1% a 6%. No entanto, essa taxa modesta foi aplicada somente após isenção liberal, o que deixou o trabalhador médio sem nenhum imposto a pagar. Na verdade, menos de um por cento da população dos EUA pagou qualquer imposto de renda em 1914. A taxa de contribuição de renda federal culminante em 2014 será pouco inferior a 40%. A alíquota de imposto mais baixa em 2014 constituirá 10%. Não surpreendentemente, a atitude das pessoas em relação a impostos sobre rendimentos de qualquer espécie não mudou. À pequena porcentagem de pessoas que tinham de pagar impostos em 1914 era tão incômodo pagar 1% a 6%, quanto àqueles que pagam hoje 10% a 40%.

VIAGENS

Em 1914, o mundo ainda estava nos dias de “cavalo e charrete”. O automóvel surgira, mas havia pouquíssimo trânsito nas estradas. De fato, havia poucas estradas para uso dos automóveis cem anos atrás. Assim, raramente era visto um carro, especialmente fora das cidades, onde muitos acidentes foram causados ??por cavalos assustados correndo sobre as autoestradas para fugir dessas estranhas, novas e ruidosas engenhocas.

Durante 2014, nos Estados Unidos e em grande parte do mundo, os automóveis estarão na ordem do dia. Em 2010, o número total de automóveis em uso em todo o planeta ultrapassou 1 bilhão pela primeira vez, já em 2012 a produção automobilística ultrapassou 60 milhões de veículos. Não é à toa que, em muitas partes do mundo, as ruas e estradas são tão congestionadas com o tráfego intenso, o movimento sofre paralisação em base diária por longas horas, resultando na poluição sufocante do ar. Novas autoestradas estão sendo construídas em todo o globo, porém a construção dessas novas vias não acompanha o ritmo dos milhões de carros novos produzidos anualmente.

Um século atrás, aviões costumavam ser usados ??quase que exclusivamente em missões de reconhecimento como olhos dos exércitos antagônicos, mas não existia exploração mercadológica, bem como não havia empresa aérea mercantil cem anos atrás. Em 1914, as ferrovias consistiam no principal meio de transportar cargas a longa distância. Enquanto ferrovias continuam a ter relevância hoje no transporte de cargas, aviões e automóveis reduziram muito o uso de ferrovias no que se refere à condução de passageiros, e encaminhamento de mercadorias por caminhões tem retirado grande parcela da receita de frete ferroviário.

Quem poderia imaginara cem anos que milhares de aviões estariam voando o tempo todo, viajando de cidade em cidade e de país em país, podendo alcançar até 600 quilômetros por hora? De acordo com o Departamento de Estatísticas do Transporte, o número de passageiros nas companhias aéreas comerciais chegou a mais de 813 milhões em 2012, num total de 9,8 milhões de decolagens. Isso corresponde a aproximadamente 2,2 milhões de passageiros por dia — tomando mais de 26.800 voos comuns diários. Verdadeiramente o mundo das viagens mudou no último século.

COMUNICAÇÃO — A MAIOR DE TODAS AS MUTAÇÕES

Cem anos atrás, telégrafo e telefone eram os basilares meios de comunicação rápida. O telégrafo foi projetado principalmente para emitir mensagens de longa distância. Telefones foram usados largamente para comunicações locais. Veiculação noticiosa ao público em geral limitava-se a jornais e revistas. Pense em como o mundo mudou nesse sentido desde 1914, ou mesmo nos últimos 50 anos! Quem poderia ter previsto em 1914 que 50 anos mais tarde, em 1964, as pessoas normalmente poderiam sentar-se em suas próprias casas e acompanhar notícias de acontecimentos importantes televisionados, às vezes no mesmo dia em que haviam ocorrido.

Avançando cinquenta anos até 2014, nova tecnologia informacional superou aquela de 50 anos atrás, logo, qualquer comparação com o passado é quase inútil. Homens, mulheres e crianças, mesmo vivendo em áreas remotas do planeta, têm capacidade de se comunicar com qualquer outra parte do mundo, literalmente, na palma da sua mão, por meio de telefones celulares, smartphones e uma miríade de outros dispositivos portáteis. Considere estas estatísticas assustadoras: em 2014, pela primeira vez na história, o número de telefones celulares no mundo vai superar a população mundial. Além disso, em 2014, mais de 91% da população total da Terra (esse percentual inclui crianças) possuirá pelo menos um telefone celular de algum tipo. Essas são diferenças monumentais entre 1914 e 2014!

MUDANÇAS INIMAGINÁVEIS

Nós acreditamos que seria seguro dizer: não há governo no mundo que não tenha padecido mudanças radicais nos últimos cem anos— nem mesmo entre nações tradicionalmente fortes. Analise as mudanças que envolvem países como Rússia, Alemanha, Itália, França, Inglaterra e Estados Unidos desde 1914. Nos Estados Unidos, programas tais como Segurança Social e Médica não eram sequer esboçados um século atrás, embora hoje estejam lutando pela sobrevivência. Quem teria pensado, há cem anos, que a Lei dos Direitos Civis poderia ser convertida em lei ordinária nos Estados Unidos, como aconteceu 50 anos atrás, em 1964? O debate atual no país sobre reforma cobertura dos seguros e planos de saúde era algo impensável em 1914, simplesmente porque não havia nada semelhante aos seguros de saúde na época. Tais alterações restavam inimagináveis no mundo de 1914.

O que todas essas modificações significam? É natural esperar que a população mundial possa aumentar bastante em cem anos, isso tem sido significativamente acelerado pelo progresso efetuado na ciência médica, especialmente com relação à saúde das crianças recém-nascidas. Igualmente melhorou o tratamento de câncer, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. Nesta, assim como em diversas mudanças já citadas, temos evidência visível da declaração profética: “muitos correrão de uma parte para outra; e o conhecimento se multiplicará.” (Daniel 12:4) Concordemente, nunca houve período de cem anos na história igual a 1914-2014.

Quando nos esforçamos a fim de chamar atenção para o cumprimento das profecias bíblicas, alguém talvez alegue que tudo está acontecendo naturalmente, é a história se repetindo. Sempre houve guerra, revolução e levante, argumentam alguns, e sempre haverá. No entanto, a maioria dos acontecimentos marcantes dos últimos cem anos, apenas alguns dos quais temos brevemente discutido nos parágrafos precedentes, são muito novos e diferentes de tudo que já aconteceu antes. Um século atrás, muitos dos aspectos “cotidianos” da vida diária moderna eram desconhecidos, mas hoje representam forma complexa e confusa da ordem mundial agitada e cheia de medo em que vivemos.

MUNDO DIFERENTE BIBLICAMENTE PREDITO

Estamos certamente vivendo em condições diferentes das existentes há dez décadas. Com todas as criações maravilhosas produzidas pela ciência, invenções e tecnologias, aparentemente este sistema devia ser muito melhor do que é na prática. Contudo, a ganância e o egoísmo exercem influência tão poderosa nos assuntos humanos que a alegria das coisas boas do mundo resultante do “aumento do conhecimento” neste “tempo do fim” é costumeiramente estragada pela percepção de que o progresso instantâneo da ciência inovadora poderá levar à destruição da inteira raça humana. Não surpreende pensamentos inquietantes incomodarem os faltos de espírito que não notam significado profético nos nossos tempos.

Como estudantes da profecia Bíblica, conseguimos perceber que o mundo instável de hoje é apenas uma fase de transição da velha estrutura planetária para o novo mundo vindouro de Deus. Se o mundo pré-1914 chegou ao fim, o que aconteceu em cem anos não é completo cumprimento das profecias Bíblicas relacionadas com o fim da ordem social egoísta humana. O que tem ocorrido até agora é apenas parte do necessário “tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação” (Daniel 12:1), aproxima-se velozmente colapso integral dos esforços humanos para manter paz e segurança. O fracasso do homem decaído, porém, será seguido pela intervenção divina em seu nome através do estabelecimento do Reino Justo de Cristo.

Neste contexto, é revelador achar que, embora progresso maravilhoso tenha sido feito em múltiplos setores objetivando tornar o mundo em que vivemos um lugar melhor, durante os últimos cem anos, tem havido redução decisiva na capacidade humana de governar. Lei e ordem se desintegraram dentro das nações e internacionalmente. Criminalidade alarmante aumenta em todas as nações. Internacionalmente, existem situações aflitivas quase infinitas para as quais até mesmo as mentes mais nobres do mundo político são incapazes de encontrar soluções. O aumento do conhecimento não tem conseguido orientar humanos corretamente, como resultado desse processo inflamatório, espírito anárquico está aparecendo. Expandindo as palavras proféticas de Daniel, Jesus falou, nas palavras de nosso texto temático, sobre um período de “grande tribulação, tal como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, não, nem haverá jamais. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria.” Ele, então, nos garante que ‘aqueles dias serão abreviados.’ — Mat. 24:21, 22

Assim, enquanto o mundo contemporâneo é, em alguns aspectos, melhor do ponto de vista de suas muitas vantagens materiais ao contrário do mundo cem anos atrasado, está à beira da ruína. Os elementos paz, segurança, justiça e respeito, essenciais às pessoas em qualquer sociedade verdadeiramente feliz, estão faltando. Há corrida louca por prazer e riquezas, por um lado, e exigência desenfreada por libertação de desigualdade e opressão coletiva; muito poucos estão satisfeitos com os resultados em ambos os casos.

O FUTURO

Que podemos dizer sobre o futuro? A sabedoria humana vê os próximos cem anos como período no qual a espécie humana deve continuar suas tentativas de resolver, ou, no mínimo, “amenizar” os muitos problemas do mundo, se quiser continuar subsistindo. Contudo, como a história recente aponta claramente, tantos esforços irão simplesmente criar mais, e provavelmente maiores, desafios. Quando um problema é corrigido, novos provavelmente se desenvolvem. Jesus ilustrou a inutilidade do trabalho aleatório da seguinte forma: “Ninguém conserta uma roupa velha com um pedaço de pano novo. Caso contrário, o tecido novo iria romper o velho, e um buraco pior seria formado.” (Mateus 9:16 — Novo Testamento de Weymouth) A ‘velha roupa’ equivale à antiga ordem das coisas, governada pelo pecado egoísta. Colocar remendos nessa roupagem só piora o estrago, até que finalmente ela fique em farrapos, sem esperança salvadora. Apenas uma completamente nova ‘roupa’, reino justo de Cristo, terá qualidades e força necessária para corretamente ‘vestir’ a humanidade com “vestes de louvor.” — Isa. 61:3

Não podemos dizer como a humanidade agirá durante o próximo século. É bem possível que dentro desse prazo seja estabelecido o Reino de Cristo, uma vez por todas acabando com o velho sistema pecaminoso de coisas. Entretanto, é preciso “esperar no Senhor”, exercer fé, sabendo quem encerra todos os assuntos. A Bíblia não fornece detalhes específicos, ano após ano, seguindo o desenvolvimento neste instante caótico problemático. Na verdade, ignoramos o que esperar para o ano que começa. As Escrituras, no entanto, asseguram-nos que os eventos de 2014 em diante cumprirão o propósito Divino e a oração frequentemente repetida: “Venha o teu reino. Seja consumada tua vontade, assim na terra”, será cumprida. — Mat. 6:10

Esse Reino, indicado nas Escrituras, começou a desempenhar sua função na antiga Terra Santa — terra de Israel. Seus representantes visíveis serão antigos servos fiéis de Deus ressuscitados, começando com o justo Abel e terminando com João Batista. Se admirarmos fantásticas realizações humanas, mesmo em um mundo pecaminoso, quão indescritível julgaremos as realizações divinas através das agências poderosas do Reino de Cristo? Surpreendente será o anúncio que um dia sairá de Jerusalém: Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas, juntamente com cada fiel da época antiga, ressuscitaram dentre os mortos e estão assumindo o governo de Israel, preparando-se para estender o controle do reino às nações.

Paulo perguntou a um governador romano se ele considerava algo inacreditável que Deus ressuscite os mortos. Ele não devia! Os fatos mostram que o plano do Reino de Deus para a salvação da raça humana durante os mil anos do reinado de Cristo é baseado na realidade da vida futura garantida aos mortos. A morte de Jesus não teria valor para redimir o mundo da morte se ele mesmo não tivesse ressuscitado dentre os mortos. Seus seguidores perseveram constantes na presente Era Evangélica aguardando, igualmente, vivificação durante a “primeira ressurreição” para “glória, honra e imortalidade.” (Rom. 2:7) No tempo correto, os Antigos Dignos também serão despertados do sono mortuário.

Seguidores de Jesus serão escolhidos para viver e reinar com ele no domínio espiritual, fase celestial do Reino Messiânico. Aos Antigos Dignos será dada autoridade como representantes humanos daquele Reino. Depois de firmada quietação entre os sobreviventes no fim do grande tempo angustiante, não começará subitamente a ressurreição geral dos bilhões restantes adormecidos na morte. Ainda falta trabalho estupendo ganhar vazão, o nome do Criador receberá glorificação sincera, uma geração após outra será trazida da grande prisão mortal e iluminada sobre o verdadeiro Deus e sua vontade, todos herdarão oportunidade de viajar sobre a “estrada” que conduz à santidade vital. — Isa. 35:8

Como estudantes de profecias, continuaremos assistindo aos eventos que ocorrerão em 2014, percebendo que, em breve, o Reino Messiânico será estabelecido em poder e grande magnificência, indubitavelmente por meio de suas instituições as dificuldades cruciantes serão permanentemente solvidas. Logo haverá paz na terra, porque a boa vontade de Deus para com os homens, demonstrada há quase dois mil anos atrás, mediante o dom do seu Filho como Redentor do homem, será claramente evidenciada na consignação desse Reino a abençoar “todas as famílias da terra.” — Gên. 12:3; Atos 3:25



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora