DESTAQUES DA AURORA

O Dom de Deus

“Porque o salário do pecado é a morte, mas a dádiva de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”
– Romanos 6:23 RVP

No tempo atual deste mundo mau, e do reino do mal e do pecado, a humanidade tem sido testemunha de inúmeras perdas de vidas. Calamidades como furacões, tufões, terremotos, inundações, guerras, fomes e acidentes hão causado muitas mortes. Muitas pessoas reagiram a tais situações com consideração doando dinheiro, materiais e tempo, e orações a Deus. Enquanto a vida segue seu curso, muitos destes fatos tendem a ser esquecidos.

Por que Deus permite a maldade?

A maioria dos fatos ocorridos em 11 de setembro parece não querer deixar-nos. Muitos artigos em diferentes meios de comunicação seguem aparecendo com este tópico. Um dos tantos artigos apareceu num popular jornal canadense chamado “McClean‘s. Este artigo era de natureza filosófica, e tratava em responder perguntas sobre a tragédia e de como superá-la. Neste artigo publicamos algumas partes do citado artigo para compartilhar como algumas pessoas raciocinavam sobre estes eventos. O artigo começa usando como exemplo uma tragédia ocorrida na vida de Pierre Trudeau, popular e reconhecido Ex - Primeiro Ministro Canadense. Sua tragédia pessoa começa com a perda de sue filho mais novo por causa de uma avalanche.

“Nos últimos dois anos de sua vida, Pierre Trudeau sofreu uma crise de fé, causada, claramente pela trágica morte do filho mais novo do Primeiro Ministro. Trudeau se perguntava, por que ele? Por que Deus não me levou em seu lugar? Tenho buscado, porém, não posso encontrar uma razão”. Cada um de nós há sentido essa sensação de desamparo e surpresa quando perdemos uma pessoa amada por causa de um acidente ou de uma enfermidade. Muitos canadenses experimentaram este sentimento no tempo da morte de Trudeau. Americanos em massa compartilham o mesmo por um lapso de semanas depois da tragédia de 11 de setembro.

“A morte em grande número e de tal calculada maneira, com tanto ódio, é o mais incompreensível”. Mais incompreensível ainda que, pela crença de que algo assim nunca poderia ocorrer ali. A razão dificilmente ajuda nestes casos. A pena é uma reação biológica e psicológica. Alivia-se chorando, temendo, soluçando e experimentando uma profunda fadiga. Nenhum destes sintomas é conduzido de maneira racional. Por outro lado, ninguém, nem sacerdotes, rabinos, pastores, gurus, podem explicar por que a pessoa é levada.

Buscando a Deus

“Confrontados com tal crueldade, muitas pessoas tem se afastado de Deus. Quem os pode culpar? Especialmente quando a morte chega em nome de Deus como ocorrido no World Trade Center”.

“De fato, Deus apenas sobreviveu a era da razão no oeste. A ciência e o materialismo filosófico declaram ao Criador onipotente e onisciente, morto. Ele se transformou Nela. Ela se dissolve na natureza. Se transforma no espírito. E o espírito é melhor exemplificado atualmente no diretor da escola de Harry Potter, Professor Dumbledore: sábio, bom, porém, ausente quando mais Harry necessita dele”.

O autor do artigo, Ron Graham escreveu livros de história, política e religião, inclusive escreveu um livro com o tema “O Domínio de Deus”, pelo qual ele foi premiado. Neste artigo queremos enfatizar que ele sustenta que diante de tais tragédias “a razão raramente ajuda”. Ele também menciona a influência que a Era da Razão exerceu no conceito de que Deus está morto. Mas de que Deus estava falando? O Deus da época Medieval está morto. E quando ele disse que as pessoas estão se afastando de Deus, também disse que os perpetradores da tragédia das Torres Gêmeas, o fizeram em nome de Deus.

No capítulo 8 de 1 Coríntios, o Apóstolo Paulo nos diz: “Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. Mas nem em todos há conhecimento; porque alguns até agora comem, com consciência do ídolo, coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, fica contaminada” (Vers.5-7). Quão maravilhoso é sermos privilegiados em conhecer o Grande Supremo Criador do universo e o fato de sabermos que o seu filho é nosso Pai!

Buscando Consolo nas Igrejas

A experiência do autor com a religião tem sido algo desanimador. Quando ocorreu a tragédia em 11 de setembro, ele acreditava que as pessoas iriam buscar consolo em suas igrejas e quem sabe encontrariam, o autor diria: “Por que não deveriam sentir-se assim?” Em outro artigo do mesmo número deste periódico “McClean‘s”, uma entrevista realizada após 11 de setembro, indicou um crescimento na assistência entre as igrejas. O artigo, no entanto diz: “As casas de adoração já estão notando uma diminuição na assistência após uma massiva presença das pessoas nas igrejas, sinagogas, templos e mesquitas. Algumas foram pela primeira vez em anos. Desde o primeiro ímpeto, as assistências têm diminuindo em número ainda que não necessariamente a níveis prévios ao 11 de setembro”.

Ron Graham, o autor do primeiro artigo citado, fala de nosso tempo na era da incerteza. Avaliando as igrejas como lugar de consolo, ele nos diz:

“Desafortunadamente a maioria das igrejas americanas estão à beira de sua própria incerteza. Confrontadas com as declinantes assistências, o envelhecimento das congregações e a indiferença da juventude, estão debaixo de pressão para se transformarem de lugares de adoração e contemplação para refúgios para sem-teto, agências de trabalho social, fóruns políticos, museus turísticos ou casa de espetáculos religiosos”.

“Olhando para a religião canadense, encontrei os católicos apostólicos – romanos obcecados com controvérsias de tipo sexual e problemas de autoridade. Os anglicanos parecem distraídos por demandas e desenvolvimento da propriedade… Rendi-me e abandonei a Igreja Anglicana depois do culto de Páscoa …”

Enfrentando a morte

Onde o escritor se focaliza é na habilidade das pessoas de aceitarem que a morte é inevitável. Ficou particularmente impressionado com a maneira em que certas pessoas, enfrentando a morte, falaram por celulares nos aviões sequestrados e das Torres Gêmeas ainda que quando os aviões já se haviam se chocado contra elas. O presente que a morte lhe dá a vida é quando as pessoas aceitam a inevitável morte, morte com dignidade. Ele resume sua opinião dizendo: “Se, a morte é real, a morte está próxima, a morte é dolorosa. A temos vivido. Mas também vimos que os seres humanos tem a capacidade de morrer tranquilos mentalmente, com um espírito valente e um coração cheio de amor. A verdade é, que estamos abençoados com a liberdade incalculável de usarmos nosso período aqui na Terra sabiamente, não para ganhar a prometida vida depois da morte, senão de irmos sem arrependimento”.

“Não é nem mórbida nem deprimente saber que vamos morrer. Tal realização é uma marca contra a qual podemos medir nossos valores. Faz preciosas as horas, os minutos, e quem sabe os segundos que nos restam da vida. O mundo nos parece cada vez mais belo, mais misterioso, mais frágil nem bem compreendemos que deva terminar”.

“Morte” por definição é a cessação da vida. Como é então que se pode dar um presente a vida? O que Ron Graham observa na sentença de morte sobre toda a humanidade pela desobediência do Pai Adão: “Porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gên. 2:17 (RVP) Pelo menos ele não acreditava na mentira que Satanás disse a Mãe Eva. “Não morrereis” (Gên. 3:4) muitas pessoas creem nisso quando aceitam a doutrina da imortalidade da alma ensinada nas igrejas.

O Apóstolo Paulo nos diz corretamente em nosso versículo chave “Porque o salário do pecado é a morte”. Por isso, sempre e quando o pecado predomine no mundo, a morte é inevitável. O Apóstolo não para aí, senão que nos fala do presente ou dom de Deus (o Pai dador da vida) que é a vida eterna (não do pequeno período de vida que temos) através de Jesus Cristo, nosso Senhor.

A Morte é um Inimigo

Ao contrário da imagem que nos retratam neste artigo, que veem a inevitável morte como o dador de dons, a Bíblia nos diz de maneira definitiva que a morte é um inimigo (1 Coríntios 15:26), e que o único dador de dons é Deus. (Tiago 1:17) Quão agradecidos somos em saber que o primeiro presente ou dom maravilhoso de Deus que veio do Pai das luzes foi seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Como as Escrituras nos dizem: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16 Alguém pode dizer: “Jesus veio dois mil anos atrás e o mundo ainda segue morrendo.” Correto, porém, o plano de Deus é que toda a humanidade seja “conhecedora da verdade”, e “seja salva” (1 Timóteo 2:4-6). Esta parte do plano de Deus está quase pronto para ser lançado.

A demora existe na escolha da “Classe da Igreja”, aqueles que viverão e reinarão com Jesus. (Apocalipse 20:4) Este trabalho descrito pelo Apóstolo Tiago como o da escolha do povo de Deus (Atos 15:14) Será completado em breve. Estes são os que estão dispostos a deixar suas vidas ao morrer para seguir as pisadas de seu mestre e líder Jesus Cristo. O presente ou dom de Deus foi primeiro, o de prover um sacrificado resgate para redimir a família de Adão da morte. Seu futuro presente será o de dar conhecimento da verdade a cada homem, mulher e criança para que possam tomar decisões inteligentes e escolher o bem acima do mal, para receber a vida eterna. Como o Apóstolo Paulo nos diz: “mas a dádiva de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

A Vida Eterna: o Dom de Deus

Quão maravilhoso será quando os envolvidos nas numerosas mortes trágicas causadas por furacões, tufões, terremotos, inundações, guerras e as calamidades de todos os tipos, se levantarem de seus túmulos sem enfrentar jamais a possibilidade de morrer. Assim será no glorioso Reino de Deus, o qual ele há planejado com seu Filho unigênito e todos os associados a ele como governantes, tornando possível esta realidade. Ninguém será excluído. Como Paulo nos disse: “Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte”. — 1 Coríntios 15:25, 26

“Porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” João 5:28, 29 Este é o dom ou presente de Deus através de seu Filho. Que alegria será para todos saberem que seu inimigo, a morte, há sido vencido! Todos poderemos reunirmo-nos com o Apóstolo Paulo quando declaremos o que foi profetizado pelo profeta Isaías, em Isaías 25:8 e em Oséias 13:14: “Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno [sepultura], a tua vitória?” — 1 Coríntios 15:54, 55.



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora