VIDA E DOUTRINA CRISTÃ |
A Graça de JEOVÁ
Parte II
JEOVÁ, o nome dado nas Escrituras no Antigo Testamento ao Ser Supremo, ao Grande Criador do universo, é descrito pelo Apóstolo Pedro como o “Deus de toda a graça.” (1 Pedro 5:10) A graça de Deus é o favor de Deus, o favor que ele assim, ternamente manifesta diante de todas as suas criaturas humanas, um favor que é imerecido por eles devido ao pecado. A fim de que possamos estar seguros de seu favor abundante, JEOVÁ há revelado pelas promessas quase inumeráveis de sua Palavra sua intenção, a seu devido tempo e caminho, de dar-lhes suas bênçãos sobre “todas as famílias da Terra”.
Este propósito amoroso se declara claramente pela primeira vez em uma promessa que Deus fez ao Pai Abraão, quando disse: “e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis12:3) Esta promessa foi repetida várias vezes a Abraão e foi confirmada pelo juramento de Deus. (Gênesis 22:16-18) Mais tarde, foi renovada ao filho de Abraão, Isaque, quando Deus lhe disse que “todas as nações da terra” devem ser “benditas.” (Gênesis 26:4) Ao filho de Isaque, Jacó, foi renovada outra vez. — Gênesis 28:14, 15
Seguramente Abraão, Isaque e Jacó foram justificados ao crer que está promessa se aplicou a todas “as famílias”, ou “nações”, da terra que viviam em seus dias. No entanto, os habitantes da terra que eram contemporâneos com estes patriarcas não receberam as bênçãos prometidas, nada se lhes ofereceram. Com poucas exceções, todas as famílias da Terra que hão vivido tanto antes como desde os dias dos patriarcas que dormiram na morte sem haverem tido uma oportunidade de participar nelas.
Dois mil anos depois da morte de Abraão, o Apóstolo Paulo escreveu acerca da promessa que Deus havia feito a Abraão e mostrou que devia ser realizada por Cristo e por aqueles desta Era ou Idade que são “os que em Cristo foram batizados” – quer dizer, a Igreja. (Gálatas 3:8,16, 27-29 NVI) Isto significa que dois mil anos se passaram depois que a promessa foi feita e antes que o canal escolhido por Deus para a bênção começasse a se desenvolver. Jesus, principalmente, é este canal; porém, como demonstra Paulo, sua Igreja estará associada com ele como “herdeiros segundo a promessa” (NVI); e quase dois mil anos mais hão passado no chamado e eleição da Igreja. Enquanto tanto, outros milhões seguem morrendo sem ter uma oportunidade de receber as bênçãos que prometeu JEOVÁ.
No entanto, as Escrituras asseguram-nos de que todos os milhões que morreram são considerados por Deus como simplesmente “dormindo” e que a seu próprio “devido tempo” eles serão acordados do sono da morte e dar-se-lhes-á uma oportunidade de receber as bênçãos prometidas. O propósito declarado de Deus para restaurar aos mortos à vida é um dos ensinos fundamentais da Palavra de Deus. Descreve-se de vários modos no Antigo Testamento. Isaías falou dos “resgatados por JEOVÁ” e disse que eles “voltarão”. Ezequiel menciona-o como voltar “ao seu estado primitivo,” isto é, ao estado de vida em contraste com o estado de morte. Jeremias descreve a ressurreição como voltando “da terra do inimigo,” isto é do grande inimigo, a Morte. — Isa. 35:10; Ezeq. 16:55; Jer. 31:16 TB
No Novo Testamento o Apóstolo Paulo escreveu: “Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados.” (1 Cor. 15:22 NVI) Em Romanos 8:19-23 Paulo assegura-nos de que toda a criação, bem como a igreja desta Idade Evangélica, serão libertadas da corrupção da morte. Ele demonstra que toda a humanidade “com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados.” – isto é, aguardam o complemento da “semente” de Abraão e o começo das bênçãos prometidas da vida que atingirão a todos os povos.
Em João 1:9 (NVI) lemos quanto a Jesus que ele é “a verdadeira luz, que ilumina todos os homens.” Os sodomitas e outras pessoas iníquas dos dias de Abraão seguramente não foram iluminados por Cristo; então isto significa que eles também, estando entre “todas as famílias da Terra,” devem ser acordados do sono da morte a fim de receber esta iluminação.
Jesus disse: “Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim.” (João 12:32 NVI) Até o presente, comparativamente poucos dos milhões da Terra foram atraídos a Cristo. A grande maioria morreu sem ter ouvido dele ou entendido o grande propósito de Jeová para o qual veio Cristo à terra para cumprir. Portanto, esta promessa de Jesus não se cumpriria a não ser que os mortos iníquos fossem restaurados à vida.
Em Isaías 25:6-9 (NVI) promete-nos que vem um tempo quando Jeová fará “um farto banquete para todos os povos, um banquete de vinho envelhecido, com carnes suculentas e o melhor vinho.” Que símbolo tão formoso é isto para enfatizar a abundância da graça de Deus para toda a humanidade! Esta promessa também declara que Jeová Deus, destruirá “o véu que envolve todos os povos, a cortina que cobre todas as nações.” Seguramente isto se aplica às nações do passado bem como as do presente, no entanto a “cobertura” de se entender mal a Jeová não foi apagada de seus “rostos” quando viviam e nunca será destruída a não ser que eles sejam acordados do sono da morte e iluminados pela glória de Deus, que cobrirá então a terra. Será naquele tempo que Jeová “destruirá a morte para sempre.”
Isto se cumprirá durante o Reinado Messiânico. Será então que “Todos os confins da Terra; adorarão perante ti todas as famílias das nações. Pois de JEOVÁ é o reino, e é quem domina sobre as nações.” — Salmos 22:27, 28 TB