Textos para as Semanais Reuniões de Oração

“Seja Constante o Amor Fraternal”

Uma leitura casual deste capítulo final do livro de Hebreus nos podem dar a impressão que o tema do mesmo é uma quantidade de advertências e conselhos não relacionados, misturados com doutrinas dispersas por todo o livro. No entanto, os primeiros 16 versículos estão relacionados de maneira próxima em pensamento, apresenta a maneira em que alguns dos serviços típicos do Tabernáculo representam o prático viver cristão, como apresentarmos nosso corpo como um sacrifício, santo e aceitável perante Deus e nosso serviço razoável. – Romanos 12:1

Nestes dois meses nossos primeiros 9 versículos para as semanais reuniões de oração se basearão no capítulo 13 do livro de Hebreus. E na edição de Novembro- Dezembro de 2013 daremos continuidade.

5 de Setembro:

“Seja constante o amor fraternal” (Vs. 1 NVI)

A obra de arte retratada pelo Apóstolo Paulo sobre a vida cristã, contida em 1 Coríntios 13, nos mostra que sem amor todo esforço cristã será em vão. Em vista dos seguintes 15 versos, devemos considerar adequadamente este versículo como “texto” de Paulo para este capítulo.

12 de Setembro:

“Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber, alguns acolheram anjos.” (Vs. 2 NVI)

A hospitalidade é uma das tantas evidências do amor fraternal. Os que estão em posição de compartilhar a comida e seus lares com outros quando necessidade apareça, porém, não o fazem, estarão manifestando a falta da graça que é o amor. Abraão é mencionado como aquele que recebeu a três anjos sem saber quem eram eles realmente. Esta foi a ocasião na qual três anjos haviam tomado a forma humana e trouxeram a noticia a Abraão que sua esposa Sara iria engravidar e ia dar-lhe um filho varão. Foi nesta ocasião também que Abraão foi informado da destruição de Sodoma e Gomorra. – Gênesis 18.

19 de Setembro:

“Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos que estão sendo maltratados, como se vocês mesmos estivessem sendo maltratados.” (Vs. 3 NVI)

Neste versículo Paulo nos recorda como o amor se manifesta pelo nosso interesse naqueles que estão “na prisão” e sofrem adversidades. Nos dias da Igreja dos Primeiros Dias era comum que os irmãos estivessem em prisão e debaixo de fiança. Paulo aconselha-nos que nos aproximemos destes irmãos. Lembremo-nos deles, com a mesma preocupação que teriam por nós mesmos estivéssemos em sua mesma situação.

Também devemos recordar aqueles que estão em adversidade. Somos todos membros de um mesmo corpo, o corpo de Cristo. No corpo físico, quando uma parte sofre, todas as demais sofrem também, e assim deve ser no corpo de Cristo. Assim é que o amor dos irmãos permanece.

20 de Setembro:

“O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros.” (Vs. 4 NVI)

A primeira vista este versículo pode parecer fora de lugar com respeito ao tema que está sendo apresentado. No entanto, devido às condições prevalecentes de seus dias, pode ser que este versículo seja um alerta de Paulo para nos lembrar de que o amor que ele estava tratando ali não é o que se encontra na expressão da sensualidade.

3 de Outubro:

“Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: Nunca o deixarei, nunca o abandonarei.” (Vs. 5 NVI)

Quando o amor fraternal enche nossos corações, não existe lugar para a cobiça. No texto grego, a palavra traduzida como conservar inclui nossa total forma de vida, não somente nossas palavras. Se estivermos “contentes com tais coisas”, então, nosso modo de vida não estará sendo motivado pelos desejos egoístas de possuir aquilo que não nos pertence. Os cristãos são as pessoas mais ricas do mundo, pois, sem importar quantas riquezas deste mundo tenham, eles tem a promessa de Deus: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei” Com Deus cuidando de nós, que mais necessitamos?

10 de Outubro:

“Podemos, pois, dizer com confiança: O Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me podem fazer os homens?” (Vs. 6 NVI)

O medo é uma das causas da cobiça. O medo que não teremos os recursos para chegar a cobrir as necessidades com as quais possamos encontrar e o medo de não estarmos preparados para enfrentar as circunstâncias da vida. O amor nos retira os medos e ademais como o Senhor é nosso ajudador, e nos prometeu não abandonar-nos nem esquecer-nos, não devemos pensá-lo. Nossos inimigos poderão ferir-nos temporariamente com o consentimento de Deus, mas ele é capaz de reverter todas as experiências por nosso bem-estar e sua glória.

17 de Outubro:

“Lembrem-se dos seus líderes, que lhes falaram a palavra de Deus. Observem bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé. Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.” (Vs. 7-8 NVI)

1 Timóteo 5:17 nos diz: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra…”. A palavra grega traduzida como “regra”, na carta a Timóteo significa “estar parados perante”, isto quer dizer, tomar a liderança através do ensino e do exemplo. A palavra grega traduzida como “regra” no livro de Hebreus parece mais forte. A tradução marginal utiliza a palavra “guia” ou “orientação”. O Senhor tem chamado membros do corpo de Cristo como lhe apraz, e o amor fraternal se manifestará pelo reconhecimento humilde dos arranjos do Senhor e do desejo de cooperar com Ele.

Deve haver evidência da escolha de Deus nos que são recomendados. Devem falar “a Palavra de Deus” e não as suas próprias teorias. A fé que ensinam deve ser demonstrada. O fim pelo qual vivem e lutam deve ser Jesus Cristo “o mesmo ontem, hoje e para sempre”. Os verdadeiros seguidores de Cristo, qualificados para serem nossos orientadores, serão como ele em toda a sua extensão.

Os verdadeiros líderes ou orientadores cristãos não vacilam, não serão influenciados por ninguém nem sequer a menor imaginação elaborada pelos homens caídos.

24 de Outubro:

“Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça, e não com alimentos que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram.” (Vs. 9)

A tendência das igrejas cristãs está distante de ser estabelecida. Uma das razões que contribuem para isso é provavelmente o reconhecimento por parte dos líderes de todas as denominações de que seus credos não podem de maneira nenhuma provados pela Bíblia. Então, por que ser fanáticos ao apoiá-los nisso? O movimento contrário ao ponteiro nos deixa em uma posição que faz pouca diferença com o que cremos.

Aqueles que hão abandonado os credos e hão regressado a Verdade da Bíblia se alegram em regressar a fé. Não se permitirão ser levados a si mesmos por “doutrinas várias e estranhas”. Seus corações têm sido estabelecidos pela graça de Deus, abrindo-lhes os olhos do entendimento para ver os mistérios do Reino do Evangelho.

“Não com carnes”. O tema de “carnes” e “bebidas” como ordenanças da velha Lei do Testamento foram controversas na Igreja dos Primeiros Dias. Escrevendo aos irmãos Gálatas falando do mesmo tema Paulo diz: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outros evangelhos” Gálatas 1:6 Nesses primeiros dias da igreja, a expressão “graça” era usada frequentemente em contraste com a suposta necessidade de observar todas ou algumas ordenanças da lei para obter a salvação através de Cristo. Como Paulo explica: “porque bom é que o coração se fortifique com graça, e não com alimentos”.

31 de Outubro:

“Temos um altar, de que não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo.” (Vs. 10)

Um altar é para se fazer um sacrifício, não para usá-lo de mesa para alimentos. Aos sacerdotes lhes era permitido comer parte do sacrifício que ofereciam, mas aparentemente não o faziam no altar. Existem outras ilustrações na Bíblia que sugerem que nos alimentamos de Jesus “comendo sua carne” e “bebendo seu sangue” (João 6:53,54). Esta é uma mui significativa ilustração, porém, Paulo não pensa nisso em sua referencia ao altar. Ele não disse que temos o privilégio de comer no altar onde simples servos de Deus não podiam comer. O que significa que é um altar de sacrifício.