DESTAQUES DA AURORA

A Segunda Presença de Nosso Senhor
—Parte II—

A VERDADE ESCONDIDA POR UMA TRADUÇÃO ERRÔNEA

Verdades importantes que pertencem a forma em que regresse nosso Senhor tem estado escondidas por longo tempo devido a uma tradução errônea. Como bem sabemos a Bíblia originalmente não foi escrita em português, e, portanto, nós que usamos a língua portuguesa dependemos de traduções do Antigo Testamento feitas a partir do hebraico original. Na maioria das traduções da Bíblia ao português muito pouco do rico significado original se há recuperado devido à tradução, existem exceções nas quais profundas verdades relativas ao Plano Divino têm ficado escondidas por longo tempo devido a traduções errôneas feitas sem má intenção.

Uma destas exceções é o caso da palavra grega “Parousía”, a qual Jesus utiliza, assim, como os Apóstolos, para descrever a segunda vinda do mestre a Terra. Na Versão Reina Valera em português, esta palavra foi traduzida universalmente como “vinda”. O resultado disto tem sido que muitos estudantes das profecias têm tratado de interpretar os sinais proféticos correspondentes ao regresso de nosso Senhor como denotando que a sua vinda estava próxima. Porém, o verdadeiro significado desta palavra grega é “presença”, e, portanto, o que se segue é que os sinais cumpridos da “parousía”, ou presença, indicam que Ele já está aqui presente.

Por exemplo, quando os discípulos perguntaram a Jesus: “Que sinal haverá da tua vinda [parousía, ‘presença’]?” (Mateus 24:3), não estavam perguntando como poderiam se inteirar adiantadamente quando chegaria, senão, como reconheceriam sua presença uma vez que houvesse chegado. Em outras palavras, eles queriam saber que coisas visíveis teriam que observar e esperar como provas de que Cristo invisivelmente havia regressado e que seu reino ficaria finalmente estabelecido.

Descobertas arqueológicas revelam que a palavra grega parousía foi utilizada durante os tempos antigos para descrever as visitas de reis e imperadores a varias cidades e províncias de seus territórios. Tal descoberta mostra que o imposto para se pagar os gastos destas viagens e visitas fora levantado mediante a emissão de uma “moeda de parousía”. Quão apropriado, então, que se utilize esta palavra em conexão com a visita a Terra do Rei dos reis e Senhor dos senhores! (Salmos 8:4). Porém, como no caso de tais visitas estão documentadas historicamente, assim também com Jesus. Parousía, não quer dizer somente o momento de vir, senão, que cobre toda a duração da visita.

A primeira presença de Jesus, quando estava aqui na Terra como homem, durou no total somente trinta e três anos e meios.

Permaneceu quarenta dias mais como ser divino, invisível ao mundo, então, regressou as cortes celestiais. Existem muitas profecias no Antigo Testamento com respeito à primeira presença de Jesus. Algumas nos falam de seu nascimento, algumas de uma ou outra parte de sua vida e ministério. Algumas nos falam de sua morte como Redentor do homem. O cumprimento destas profecias, como regra, não são cumpridas ao mesmo tempo.

As profecias e promessas da segunda vinda ou visita de Cristo a Terra também cobrem uma grande variedade de eventos, culminando na destruição da morte e de Satanás. O cumprimento de algumas destas profecias ocorrem ao mesmo tempo, porém em outros casos exista ausência de eventos. Isto requer cuidado em nosso estudo das profecias relativas a segunda vinda ou visita de Cristo, para que não caiamos no erro de esperar que todas sejam cumpridas num dado momento de tempo, ou dentro de um relativamente curto período de tempo. Então qual seria a forma de sua presença? O Próximo artigo A Forma de Sua Presença, responderá a essa pergunta.


(A terceira parte deste artigo será publicada na edição de Julho-Agosto de 2013 desta revista)


Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora