VIDA E DOUTRINA CRISTÃ

“Nós Que Somos Muitos, Somos um Só Corpo”

“Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é a comunhão do sangue de Cristo? Acaso o pão que partimos não é a nossa participação no Corpo de Cristo? Como há somente um pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão”
—1 Coríntios 10:16,17 BKJA

O Apóstolo debaixo da orientação do Espírito Santo, estabelece aqui perante nós um pensamento adicional com relação a esta Comemoração [ou Memorial] instituída por nosso Senhor. Ele não nega, senão que afirma que fundamentalmente o pão representa o corpo partido de nosso Senhor, sacrificado em nosso favor; e que o cálice ou copo representa seu sangue que sela nosso perdão. Porém, agora ademais, ele demonstra que nós, como membros da Ecclesia [Congregação], membros do corpo de Cristo, os futuros Primogênitos, a Nova Criação, nos tornamos em participantes com nosso Senhor, em sua morte, co-participantes em seu sacrifício, e como ele o estabeleceu em outro momento, é uma parte de nosso pacto ou aliança “Agora me alegro nos meus sofrimentos por vós e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em benefício do seu Corpo, que é a Igreja”. — Colossenses 1:24 BKJA

O pensamento aqui é o mesmo que o expressado pelas palavras: “fomos igualmente batizados em sua morte”. Assim, que enquanto, a carne de nosso Senhor foi o pão partido pelo mundo, os crentes desta Era ou Idade Evangélica, os fiéis, os escolhidos, a Nova Criação, são tomados em conta como partes de somente um pão, “membros do Corpo de Cristo”; e, portanto, no partir do pão, depois de reconhecê-lo como sacrifício de nosso Senhor em nosso favor, devemos, ademais, reconhece-lo como o partir do sacrifício de toda a Igreja, de todos aqueles que estão consagrados a morrer com ele, e serem partidos com ele, e compartilhar de seus sofrimentos.

Este é o pensamento exato que está contido na palavra “comunhão”, união comum ou participação comum. De modo que, em cada celebração anual desta Comemoração não somente reconhecemos que a fundação de todos nossos pensamentos se baseia no sacrifício do amado Redentor por nossos pecados, senão que, revivemos e renovamos nossa própria consagração para “morrer com ele”, que também podemos viver com ele, para “sofrer com ele, que também podemos reinar com ele”. Quão amplamente grandioso é o significado desta celebração divinamente estabelecida! Não estamos colocando os emblemas em lugar da realidade, com segurança nada poderia estar além da intenção de nosso Senhor, nem além da compreensão de nossa parte. A comunhão do coração com ele, a alimentação do coração Nele, a comunhão do cora com os membros companheiros do corpo, e a compreensão do coração do significado de nosso pacto de sacrifício, é a comunhão real, que, se somos fiéis, realizaremos ao longo do ano, sendo partido diariamente com nosso Senhor, e alimentando-nos continuamente de seu mérito, crescendo em força no Senhor e na força de seu poder Que ardor no coração por uma maior apreciação e crescimento na graça e conhecimento, e por uma maior participação nos privilégios do serviço para o qual temos sido chamados, não somente em relação ao presente, senão, também em relação ao futuro!

Dever-se-ia levar em conta que o Apóstolo inclui o cálice porque louvamos a Deus. “Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é a comunhão [união comum ou participação comum] do sangue de Cristo?” Oh, que pensamento, que o verdadeiramente consagrado “pequeno rebanho” fiel da Nova Criação através desta Era ou Idade Evangélica, há sido Cristo na carne, e que o sofrimento e tribulações e opróbio e morte destes a quem o Senhor tem aceitado e reconhecido como “membros do seu corpo” na carne são todos considerados como partes de seu sacrifício, porque são associados debaixo dele como nossa cabeça, nosso Sacerdote Principal!


(A Segunda Parte deste Artigo será Publicada na edição de Julho-Agosto 2013 desta Revista)


Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora