DESTAQUES DA AURORA

Esperança Além do Túmulo

O Qué È A Morte?

A morte é o maior inimigo do homem. Dentre todas as fontes de informação disponíveis, a Bíblia é a única que pode nos dar relatórios definitivos quanto aos que são arrebatados por esse terrível monstro. A palavra de Deus promete-nos que chegará o dia em que “Não haverá mais morte,” e ademais nos assegura que os que tenham morrido voltarão a viver. (Apoc. 21:4; João 5:28) O conhecimento da provisão que o Criador tem feito em favor da moribunda raça humana é de verdadeiro consolo para aqueles que estão afligidos por causa da perda de seus entes queridos.

Além do horrível espectro da morte mesma, existe uma quase universal incerteza do que existe além do túmulo. O que ocorre a uma pessoa em seguida quando o seu coração deixa de bater? Estará ainda vivo e passeando no lugar em que seus amigos e parentes se reúnem para lamentar seu desaparecimento? Talvez tenha ido a um local desconhecido? Ou, se o falecido era cristão, terá ido a uma das tradicionais regiões, como o céu ou a sofrer eternamente em um inferno de fogo e enxofre?

Não importa o quanto nos esforcemos por apagar de nossas mentes estas perguntas, não o conseguiremos. E ainda que consolemo-nos imaginando que ao menos muitos de nossos parentes e amigos que têm morrido eram boas pessoas e fiéis crentes, segundo o que eles entendiam, no entanto, alguns deles morreram fora das crenças e práticas ortodoxas e, portanto, não poderemos deixar de nos preocupar por eles. Achar-se-ão sofrendo, ou se encontrarão felizes?

A Ciência Não Nos Oferece Esperança Alguma

A ciência afirma que não existe evidência alguma de que a vida humana continua após o coração deixa de bater. Por ser esta uma Era ou Idade em que predomina o materialismo, muitos se inclinam a aceitar esta perspectiva. Opinam que, no tocante à vida, o homem não difere dos animais, que a superioridade da espécie humana não se deve a que conforme à opinião geral tenha oculta dentro de si uma inteligência separada, à que se lhe dá o nome de alma” ou “espírito,” mas ao fato de que ele possui um superior, um mais refinado organismo, que faz a criação bruta.

Vejamos agora algumas das passagens bíblicas que mostram claramente que a ciência está correta quanto à presente condição dos mortos. Eclesiastes 9:5 (A Mensagem) diz: “Os vivos pelo menos sabem alguma coisa,mesmo que saibam que vão morrer. Mas os mortos nada sabem e não aprendem coisa alguma.” O Salmo 49:10 ao 12 também vem ao caso: “Aqueles que são sábios devem finalmente morrer, da mesma maneira que os tolos e ignorantes! As suas riquezas ficarão nas mãos de outros. No fundo do coração pensam que a morte nunca vai chegar; pensam que viverão para sempre em suas terras e casas. Chegam a dar seus próprios nomes às suas propriedades! Mas o homem, mesmo o que é muito importante, que gosta de exibir com orgulhos suas riquezas, vai acabar morrendo, como qualquer animal.” —NBV

Em Gênesis 2:7, TB nos diz: “Do pó da terra formou Deus Jeová ao homem e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida; e o homem tornou-se um ser vivente.” Após a transgressão do perfeito casal, Deus disse: “Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; pis és pó, e ao pó tornarás.” (Gên. 3:19 ECA) No Salmo 146:4 Davi faz uma declaração enfática com respeito à condição dos que têm voltado ao pó: “Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios.” A palavra hebraica “rú.ahh” que aqui se traduz “espírito” é a mesma que se traduz “fôlego” em Eclesiastes 3:19. Se as palavras citadas provam algo, então não existe dúvida nenhuma de que com elas se descreve a um morto humano, absolutamente inconsciente, tendo perecido seus pensamentos.

Observe novamente a declaração do Salmista: “Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó.” Se um homem, como um ser consciente, vivo, foi trazido a existência pela união do corpo material com o fôlego ou sopro de vida,parece razoável que, quando estes dois elementos são separados, a vida cessa, e isto é exatamente o que afirma o texto: “pó nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios.”

Alguns podem se perguntar sobre o “fôlego ou sopro de vida”, pensando que talvez possa continuar um ou outro vivendo depois da morte. Por agora deixaremos o ponto do que constitui a “alma” para considerá-lo mais tarde, mas examinemos agora uma passagem que descreve o que ocorre quando alguém morre, e que mostra claramente o que ocorre com os dois elementos principais que a sabedoria divina criativa tem combinado para produzir a vida humana. Diz: “Então, o corpo voltará ao pó. O espírito retornará a Deus, que primeiramente o soprou.”—Ecle. 12:7, A Mensagem

A chave para uma compreensão adequada deste texto encontra-se na palavra “retorno”, usada com respeito ao corpo e o espírito. O texto indica que o corpo torna à terra. Originalmente seus elementos vieram da terra. Segue-se, portanto, que o espírito volta ou regressa a Deus, pois, estava antes com ele, antes de entrar no organismo humano. Se para estar com Deus, nesse sentido, significa estar no céu, então segue-se que o “espírito” aqui referido é um ser consciente, capaz de aproveitar a vida em um paraíso espiritual, isso significa que cada um de nós deveria ter estado no céu espiritual, antes de nascermos, então não poderia ser dito que “retornamos” quando morremos.

O Que Realmente É O “Espírito”

A palavra traduzida aqui “espírito” é a palavra hebraica “rú.ahh”. O Professor Strong, notável autoridade nas línguas hebraica e grega, nos diz que esta palavra hebraica significa “vento” ou “fôlego.” A mesma palavra “rú.ahh” é traduzida “fôlego” em Gênesis 7:15 (A Mensagem), texto que indica que é também possuído pelos animais inferiores. O texto diz: “Eles se dirigiram de dois em dois até Noé e o barco, todos os que tinham o fôlego de vida.” Se o uso da palavra hebraica “rú.ahh” indica que temos dentro de nós mesmos um ser inteligente que continua vivendo após a morte do corpo, então os animais possuem algo parecido, também intangível e que não pode morrer.

No entanto, quando raciocinamos em harmonia com a palavra de Deus, tudo se torna satisfatoriamente claro. Em Gênesis 2:7, como já vimos se diz: “Do pó da terra formou Deus Jeová ao homem e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida; e o homem tornou-se um ser vivente.” Portanto, quando o corpo volta à terra, e o fôlego ou espírito de vida volta a onde foi originado—a Deus que o deu—o indivíduo fica exatamente na mesma condição que se achava antes de nascer, isto é, sem existência.

Para se esclarecer o assunto definitivamente, somente precisamos ir a Eclesiastes 3:19-21, onde também se emprega a palavra “rú.ahh”. Neste texto indica-se que o fôlego ou espírito (rú.ahh) tanto do homem como dos animais, vão ao mesmo lugar ao morrer. “O homem e o animal têm o mesmo fim – o homem morre, e o animal também. Todos nós respiramos o mesmo ar. Não há nenhuma vantagem em ser gente. Não faz sentido! Sinto um grande vazio. Todos nós acabaremos no mesmo lugar.Viemos do pó e ao pó voltaremos. Ninguém pode ter certeza se o espírito humano sobe ao céu ou se o espírito do animal desce para a terra.” —A Mensagem

Os registros no Novo Testamento sobre o assunto da morte concordam plenamente com os do Antigo Testamento. Jesus indicou que os mortos estão em uma condição de inconsciência, como em um sono. Em João 11:1-46 aparece um relato da doença, morte e despertar de Lázaro, querido amigo de Jesus. As irmãs de Lázaro, Marta e Maria, também eram amigas do Mestre. Quando Lázaro adoeceu, elas enviaram um aviso a Jesus, supondo que ele viria imediatamente em seu auxilio.

Mas em vez de ir imediatamente ao leito de Lázaro, Jesus demorou-se. Após decorrer algum tempo ele disse a seus discípulos: “Nosso amigo Lázaro dorme: mas vou despertá-lo (BJ).” Os discípulos não compreendiam bem suas palavras, supondo que Jesus se referia ao sono natural. Então ele lhes disse claramente: “Lázaro morreu (BJ).” Mais tarde junto ao túmulo de Lázaro, dirigindo-se ao morto, Jesus em alta voz disse-lhe: “Lázaro, vem para fora! (BJ)” O registro continua: “O morto saiu (BJ).” Em toda esta passagem nada há que sequer insinue que a “alma” de Lázaro tivesse estado em um céu, paraíso, ou em um inferno de tormentos. Conforme às Escrituras, ele estava dormido na morte.

Na descrição do despertar de Lázaro se tem enfatizado à esperança que segundo as Escrituras existe esperança de vida além do túmulo por meio da ressurreição dos mortos, ao invés de na suposição de que o homem possui imortalidade inerente. O Apóstolo Paulo concorda plenamente com isso. Em 1 Coríntios 15:12-18 ele diz que se não há ressurreição dos mortos, então “os que dormiram em Cristo pereceram.”

No livro do Apocalipse também encontramos a mesma uniformidade de pensamento com respeito à condição inconsciente dos mortos. O Apóstolo João diz: “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia.” (Apoc. 20:13) Deixaremos o assunto do “inferno” ou “Hades” (“Hades” em algumas versões, “inferno” em outras) para estudá-lo mais tarde. Basta agora notar o fato dos que estão no “inferno ou Hades” das Escrituras estão mortos. Sendo esse o caso, não estão vivos nem sendo atormentados. O texto também revela que a esperança para os mortos é que sairão do inferno ou sepultura e ressuscitarão.

Em resumo, a resposta à pergunta é “Onde Estão os Mortos?” é que eles estão agora num estado de inconsciência; e que toda esperança de vida além do túmulo está centralizada na certeza bíblica e que através do grande poder do grande Criador, exercido por Cristo durante o reino vindouro, e que haverá uma “ressurreição, tanto de justos como de injustos.” —Atos 24:15

A Mentira De Satanás

Antes de deixar o assunto é conveniente que nos detenhamos o suficiente para chamar a atenção à origem da falsa teoria, geralmente aceita tanto pelo paganismo como pela Cristandade, de que “não existe a morte.” Se a Bíblia claramente ensina que a morte é uma horrenda realidade e o pior inimigo do homem, de onde provem a ideia de que a morte é a amiga do homem no sentido de que é uma “porta de saída” a outra vida?

A resposta a essa pergunta se encontra no livro de Gênesis, no relato da queda do homem ao pecado e a morte. Satanás, utilizando à serpente e discutindo o assunto com mãe Eva antes da transgressão que trouxe a morte, lhe disse: “É certo que não morrereis.” (Gên. 3:4) Deus já tinha dito que a pena pela desobediência seria a morte: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gên. 2:17) O testemunho da Bíblia inteira está de acordo com o relato original quanto a qual seria o castigo pelo pecado. “Porque o salário do pecado é a morte,” diz Paulo em Romanos 6:23. “A alma que pecar, essa morrerá.” —Eze. 18:4

Em Apocalipse 20:2, 3 diz que aquela “antiga serpente” que enganou a mãe Eva tem seguido enganando desde então a todas as nações, e a história demonstra a veracidade disto. Através das eras ou idades veio-se fazendo todo o esforço possível com o objetivo de sustentar a mentira de Satanás, “Não morrereis.” Como resultado, agora quase toda pessoa que tenta crer em uma existência futura baseia sua fé na suposição de que o homem possui imortalidade. Mas, que dizem as Escrituras a respeito da imortalidade? O próximo artigo É o Homem Imortal? responderá a está pergunta.



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora