Lição para 14 de fevereiro

É Deus Justo?

Versículo Chave: “Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.”
– Mateus 20:16

Escritura Selecionada:
Mateus 20:1-16

QUE VERDADES MAIS formosas concernentes à vida cristã se vêem ilustradas pela parábola dos “trabalhadores da vinha” à luz do ensino do Mestre! A parábola ilustra a base pela qual aqueles que têm sido chamados, podem provar ser dignos de viver e reinar com Cristo, portanto devem dar tudo o que têm, sem tomar em conta quão pouco ou o muito isso pode ser.

Ao contar essa parábola, Jesus antecipou o que talvez alguns que quando se inteiraram deste arranjo, não ficariam satisfeitos com Ele, de modo que mostrou o quão equivocado pode ser tal atitude. Efetivamente, seria questão de pôr em dúvida a justiça e sabedoria de Deus.

Os “primeiros” que foram contratados se dizem que se queixam porque não receberam salário que aqueles que tinham trabalhado menos horas. A resposta do amo da casa a isto foi uma simples pergunta: “Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?” Uma prerrogativa importante de nosso Pai Celestial aqui está apresentada, a respeito da qual o apóstolo Paulo ampliou: “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para em ti mostrar o meu poder e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer.Dir-me-ás, então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem resiste à sua vontade?Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” —Romanos 9:16-21

Uma das lições importantes da parábola é que nenhum dos servos de Deus tem direito de criticar a forma em que outorga seus benefícios. O lugar em que a parábola se desenvolve também dá luz sobre seu significado. Pedro, tendo em mente a resposta que Jesus tinha dado ao jovem rico, perguntou: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos; que receberemos?” Esta parábola estava incluída na resposta de Jesus. Ao final a expressão repete-se: “Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.”

Jesus fez notar que a parábola é a explicação de por que os primeiros são últimos e os últimos primeiros, como se disse antes.

Jesus usou esta expressão em outro momento quando aludia que Israel como uma nação, os “primeiros” em receber o evangelho, perderia sua posição exclusiva de favor, e os gentios, aqueles que tinham sido “últimos”, teriam a oportunidade de compartilhar suas bênçãos. —Lucas 13:24-30

Quando isto sucedeu, tempo depois, teve muita insatisfação entre os irmãos judeus, instalou-se como um problema grande na igreja dos primeiros anos.

Através do tempo é importante para todo o povo do Senhor, ter plena confiança em Jesus e seu Pai Celestial, para reconhecer que têm o direito de recompensar em qualquer forma que desejem. Toda recompensa que outorgam são por sua bondade imerecida. É através da graça que conseguimos a “uma tão grande salvação” não através de nossos atos. —Hebreus 2:3

A quantidade de trabalho feito pelos seguidores do Mestre não tem que ver com a recompensa recebida. Isto fica enfatizado na parábola mediante a mudança de posição. Os “primeiros” trabalhadores empregados investiram mais horas, mas os “últimos” que foram empregados foram colocados em sua posição e se converteram nos “primeiros”, enquanto os originais “primeiros” se converteram nos “últimos”. Apesar disto, todos receberam o pagamento, enfatizando que o número de horas trabalhadas não tem que ver com a quantidade paga como salário.

O discípulo que segue ao Mestre por muitos anos não receberá maior recompensa no reino que alguém que tem sido fiel por muito pouco tempo, ninguém poderia trabalhar suficiente tempo para merecê-lo. O talento dá-se àqueles que demonstram sua fidelidade ao dar tudo o que têm, sem que tenham que ver quanto isso seja.

Na parábola, Jesus enfatiza o equivocado que resultaria que qualquer de nós, quando o compreendamos, se pergunte qual é a justiça e bondade de Deus a dar tal disposição.