DESTAQUES DA AURORA

E Lhe Porás O Nome De Jesus

“E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.”
– Mateus 1:21

EM CUMPRIMENTO ao evento prometido do nascimento de nosso Senhor Jesus havia dois mil anos, em o todo mundo se comemorará uma vez mais o dia 25 de dezembro, o maravilhoso presente de Deus à humanidade. Jesus tinha nascido para salvar à família humana dos estragos do pecado e da morte herdados. O verdadeiro significado de seu ministério terreno se fará claro para todos os homens no próprio tempo e forma de Deus.

TEMPO DE FESTAS

A festa anual do Natal é um dia muito especial e uma ocasião festiva onde existe um sentimento geral de alegria e um profundo sentido natalino nas semanas prévias. Mais que qualquer outra época do ano, a atenção das pessoas se dirige para pensamentos de paz, amor e boa vontade para os demais. Serve como um tempo para recordar o milagroso nascimento de nosso Salvador, seu ministério terreno, a morte em sacrifício na cruz e em última instância sua ressurreição como o primogênito dentre os mortos (Colossenses 1:18). Foi sua vida perfeita, separado do pecado, que tinha existido (Hebreus 7:26).

Assim, há um sentimento de nostalgia em alguns que recordarão os dias especiais de sua infância, rememorando doces lembranças, de tempos mais seguros. No entanto, a realidade é que o espírito que uma vez viveu no tempo do Natal, está sendo ignorado em grande parte e tem dado passo ao consumismo, o estresse e a ansiedade. O espírito que antes prevalecia, agora tem sido substituído por uma sociedade indiferente e irreverente, marcada pelo egoísmo e orgulho.

Em nosso mundo moderno há menos interesse e atenção para entender o verdadeiro significado do nascimento humilde de nosso Senhor e Salvador, no meio de um mundo de pecado, doente e moribundo. É de modo que a temporada natalina converteu-se em uma agitada época do ano na preparação de atividades mundanas e de aparente felicidade.

É um tempo que cada vez mais está impulsionado por um sentimento de comoção e frenética fanfarra. Compradores festivos encontram-se agarrados ao último minuto na busca do presente perfeito para alguém especial, bem como de outras pessoas em uma lista de familiares e amigos.

25 DE DEZEMBRO

Um dia especial conhecido como o Natal foi destinado havia muitos séculos por aqueles que desejavam celebrar o nascimento do Salvador do mundo. Uma grande parte da atenção centrou-se no evento, converteu-se em um dia sagrado e de festividade religiosa. No entanto, Os Estudantes da Bíblia, assinalam que o dia 25 de dezembro não é o dia exato em que nosso Senhor Jesus realmente nasceu. Muitos estudiosos coincidem em que o grande acontecimento ocorreu durante a temporada do outono que corresponde ao nosso mês de outubro.

As Escrituras não ensinam especificamente que devemos celebrar o nascimento de Jesus. Em mudança, instruiu-se recordar a morte de nosso Salvador e a redenção realizada pagando o preço do pecado, com o qual se cumpria a justiça Divina. Isto é mostrado no modelo que temos lido em relação com o sacrifício do cordeiro, “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo” (Êxodo 12:14). Na instituição da última ceia, Jesus, o antitípico Cordeiro de Deus, passou os emblemas a seus discípulos, estes claramente representavam sua própria vida sacrificada. “E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.” —Lucas 22:19,20.

NÃO HÁ OUTRO NOME

O nome de Jesus define-se como “JEOVÁ Salva” e não há outro nome na história do mundo que pode reclamar dito significado. Assinala-se claramente ao Mestre como o único que podia servir como o eleito por nosso Pai Celestial na salvação da humanidade. As Escrituras ensinam claramente, “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12). O apóstolo Paulo escreveu, “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Hebreus 2:9). Nosso Senhor pagou o preço pelo pecado da humanidade, “Bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos” —Mateus 20:28.

CRENDO NELE

A Santa Palavra de Deus ensina-nos a importância e necessidade de crer no Mestre dos Mestres e o mérito de seu sacrifício de resgate pela humanidade. Este ponto é destacado na carta de João, onde escreve, “E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento” (1 João 3:23). O único fundamento para a volta do mundo ao favor do Pai Celestial é ter uma apreciação e entendimento que Jesus pagou o preço do resgate pelo pecado. O propósito de sua morte foi que por sua obediência seria oferecida à humanidade a provisão para ser salva do pecado e morte.

CRISTO

Deus fala com freqüência no Novo Testamento que Jesus Cristo, quer dizer ‘ungido’ e é sinônimo da palavra hebraica Messias do Antigo Testamento. Em relação com esta referência lê-se: “Que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram as gentes, e os povos pensaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e os príncipes se ajuntaram à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel” —Atos 4:25-27.

O apóstolo Paulo também escreveu: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” —Filipenses 2:9-11.

FILHO DO ALTÍSSIMO

No evangelho de Lucas registra-se: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai” (Lucas 1:32). Jesus, através de seu pai José, era descendente de Davi pai de Natã (Lucas 3:31), que foi um irmão de Salomão (1 Reis 1:10). Portanto, a linhagem terrena de Jesus e a referência ao trono de Davi foi através de seus pais. Jesus com respeito à linhagem de Salomão veio por meio de José, o marido de sua mãe (Mateus 1:16, Lucas 2:4). Também tomamos nota das palavras de nosso Senhor registradas no Apocalipse, “Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da manhã” —Apocalipse 22:16.

O TRONCO DE JESSÉ

Quanto à conexão de Jesus ao trono do Rei Davi, o profeta Isaías diz: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.” (Isaías 11:1) Jessé foi o pai de Davi, e, portanto, é uma ligação importante no estabelecimento da linhagem terrena de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Samuel 17:17). Isaías diz: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.” (Isaías 11:2) O profeta mostra que o magnífico trabalho do futuro reino de verdade e justiça se levará a cabo por Jesus e sua igreja fiel, “e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com eqüidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio. E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins.” (Isaías 11:4-5) Isaías menciona uma nova conexão ao trono de Davi quando diz: “E acontecerá, naquele dia, que as nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso.” —Isaías 11:10

O RENOVO

O profeta Zacarias também identifica o ‘renovo’ e diz: “Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens portentosos; eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo.” (Zacarias 3:8) O profeta descreve o papel que nosso Senhor Jesus Cristo e sua igreja assumirão durante seu futuro reino quando escreve: “E fala-lhe, dizendo: Assim fala e diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do SENHOR. Ele mesmo edificará o templo do SENHOR, e levará a glória, e assentar-se-á, e dominará no seu trono, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz haverá entre ambos.” —Zacarias 6:12,13

Verdadeiramente nosso Senhor Jesus é o Filho do Altíssimo e sua fidelidade foi demonstrada dando sua vida perfeita em sacrifício pela criação humana. Após cumprida sua morte pela profecia de seu amoroso Pai Celestial, exercerá seu direito para outorgar os benefícios do reino como o antitípico Rei Davi. Será a raiz e fonte pela qual sua vida justa estará disponível para toda a família humana.

DAVI O HERDEIRO

Deus fez uma promessa a Davi, dizendo: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre. Conforme todas estas palavras e conforme toda esta visão, assim falou Natã a Davi.” —2 Samuel 7:16,17.

Quando morreu Davi, a promessa foi transmitida a seu filho Salomão. Deus então falou com Salomão e disse-lhe: “E, se tu andares perante mim como andou Davi, teu pai, com inteireza de coração e com sinceridade, para fazeres segundo tudo o que te mandei e guardares os meus estatutos e os meus juízos, então, confirmarei o trono de teu reino sobre Israel para sempre, como falei acerca de Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará varão sobre o trono de Israel.” —1 Reis 9:4,5

A DESOBEDIÊNCIA DE SALOMÃO

A lealdade de Salomão requeria fazer a vontade de Deus. “Porém, se vós e vossos filhos de qualquer maneira vos apartardes de mim e não guardardes os meus mandamentos e os meus estatutos que vos tenho proposto, mas fordes, e servirdes a outros deuses, e vos curvardes perante eles, então, destruirei Israel da terra que lhes dei; e a esta casa, que santifiquei a meu nome, lançarei longe da minha presença, e Israel será por ditado e motejo, entre todos os povos.” —1 Reis 9:6,7

O novo rei não obedeceu os mandamentos de Deus. “E o rei Salomão amou muitas mulheres estranhas, e isso além da filha de Faraó, moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, das nações de que o SENHOR tinha dito aos filhos de Israel: Não entrareis a elas, e elas não entrarão a vós; de outra maneira, perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se uniu Salomão com amor. E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração.” —1 Reis 11:1-3.

Na Escritura lemos a resposta de Deus pelas atitudes de Salomão. “Pelo que o SENHOR se indignou contra Salomão, porquanto desviara o coração do Senhor, Deus de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera. E acerca desta matéria lhe tinha dado ordem que não andasse em seguimento de outros deuses; porém não guardou o que o SENHOR lhe ordenara.” (1 Reis 11:9,10). Vemos as conseqüências de sua desobediência ao Pai Celestial: “Pelo que disse o SENHOR a Salomão: Visto que houve isso em ti, que não guardaste o meu concerto e os meus estatutos que te mandei, certamente, rasgarei de ti este reino e o darei a teu servo.” —1 Reis 11:11

NATÃ FAVORECIDO

A linhagem desde o Rei Davi, portanto, passou através de Natã em lugar de Salomão. A mãe de Jesus indicou que Deus lhe tinha revelado certos fatos (Lucas 1:45). A linhagem de Salomão foi manchada pela arrogância e desobediência, enquanto nosso Senhor Jesus nasceu entre os menos honrados e mais fiéis da linhagem de Natã. Inteiramo-nos disto lendo a Escritura: “Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque atentou na humildade de sua serva; pois eis que, desde agora, todas as gerações me chamarão bem-aventurada. Porque me fez grandes coisas o Poderoso; e Santo é o seu nome. E a sua misericórdia é de geração em geração sobre os que o temem.” (Lucas 1:46-50). A declaração de Maria mostra um sentido de humildade perante Deus ao fazer sua vontade. Ela continua dizendo: “Com o seu braço, agiu valorosamente, dissipou os soberbos no pensamento de seu coração, depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes; encheu de bens os famintos, despediu vazios os ricos, e auxiliou a Israel, seu servo, recordando-se da sua misericórdia (como falou a nossos pais) para com Abraão e sua posteridade, para sempre.” —Lucas 1:51-55

NOTÍCIAS DE ALEGRIA

Quando ocorreu o nascimento de Jesus, o anjo do Senhor fez o maravilhoso anúncio: “Ora, havia, naquela mesma comarca, pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!” —Lucas 2:8-14.

Os humildes pastores ao redor do Menino Jesus, ao vê-lo envolvido em panos e deitado numa manjedoura é uma mostra da boa vontade do amoroso Pai Celestial para sua criação humana doente de pecado. Nosso Senhor estava destinado a converter-se no Salvador da humanidade e seria um grande rei que ia restaurar a paz na terra. Os anjos sabiam disto e estiveram felizes.

UM MUNDO ESCURO

Os seres celestiais entenderam e apreciaram o grande acontecimento sentindo alegria por boas novas que aconteceriam nessa noite muito especial; as promessas de paz logo perderam-se em um mundo escuro e cheio de pecado. Mas adiante a humanidade entraria em um período muito escuro da história conhecida como a Idade Média. Têm decorrido dois mil anos desde que o Príncipe da Paz nasceu, no entanto, a perspectiva de paz entre os povos e nações parece impossível, é como um sonho.

Durante este longo período de tempo existe um pequeno rebanho de seguidores dos passos de Nosso Senhor que têm-se esforçando fielmente por conhecer e fazer sua vontade até a morte. Quando o trabalho do chamado se tenha completado e todos sejam reunidos, então compartilharão com o Mestre dos Mestres, em seu reino prometido ao caminhar por caminhos de paz e santidade. Não ocorrerá até que as palavras do Profeta Isaías se façam realidade, “Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.” —Isaías 9:7

O profeta fala em relação com nosso Senhor Jesus e assinala seu papel como o “braço” de Deus durante seu reino futuro sobre as nações. “Eis que o Senhor JEOVÁ virá como o forte, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão vem com ele, e o seu salário, diante da sua face. Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos e os levará no seu regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente.” —Isaías 40:10,11

O SENHOR NÃO ESTÁ INATIVO

O apóstolo Pedro comentou a respeito do reino prometido e escreveu: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” —2 Pedro 3:8,9

PAZ DURADOURA

O Natal é um tempo quando se recorda uma vez mais a promessa de Deus; paz na terra e boa vontade para com os homens. Neste ano, outra vez devemos reconhecer que não existe uma paz duradoura na terra. Estamos vivendo uma época de crescente injustiça, o ódio dos homens para seus semelhantes gera violência.

Ainda que a humanidade segue iludida com o espírito de boa vontade, na atualidade nenhuma nação pode estabelecer a paz no mundo. Esta gloriosa condição não pode conseguir-se sem a intervenção Divina nos assuntos dos homens. A verdadeira paz só se conseguirá por meio do futuro reino de justiça de nosso Senhor Jesus, o verdadeiro Príncipe da Paz. Debaixo desse governo, todos conhecerão e obedecerão a nosso amoroso Pai Celestial, aprenderão seus maravilhosos planos de bênção para toda a criação humana. Durante este tempo de festas podemos continuar orando por esse bendito tempo que breve virá.



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora