VIDA E DOUTRINA CRISTÃ

O Grandioso Desígnio do Criador – Parte 2

O Criador se Dá a Conhecer

“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.”
– Salmo 19:1

LOUIS PASTEUR, o notável químico francês, reconheceu ser um homem que cria na existência de Deus. Como ele, muitos grandes cientistas modernos têm admitido crer na existência de um supremo e inteligente Criador. A. C. Morrison, em seu livro, Man Does Stand Not Alone (O Homem Não Está Só), disse o seguinte: “Pela inquebrantável lei da matemática podemos provar que nosso universo foi idealizado e criado por uma grande Inteligência de engenharia”.

Através dos séculos, o homem tem tentado decifrar os segredos escondidos no universo, e se empenhado em explicar como é que veio a existir. Se bem que tenha conseguido enunciar algumas das leis que governam a natureza, e tenha sido capaz, até certo ponto, de utilizar este conhecimento, até agora não pôde explicar como, do nada, vieram a existir inumeráveis formas de vida animal e vegetal. Quem as criou? Felizes são aqueles que, pela fé baseada na razão, crêem na veracidade do testemunho indicado no primeiro versículo da Bíblia Sagrada que diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. - Gên. 1:1

Sim, há um Deus! Toda a natureza dá testemunho disso. Este testemunho está disponível em todas as partes através do universo. O próprio Criador chama nossa atenção a este fato através de um revelador diálogo com o profeta Jó, conforme registrado nos capítulos 38 ao 41 do livro de Jó. Jó foi um fiel servo de Deus, aquele que no princípio criou os céus e a terra. (Gên. 2:1) Apesar disso o Criador permitiu que calamidades viessem sobre ele. Jó perdeu quase tudo aquilo que havia contribuído para a sua felicidade em sua vida, incluindo sua saúde. Seus amigos insistiram que ele estava sendo castigado por seus graves pecados cometidos em secreto. Jó negou que isto fosse correto, mas ainda que não pudesse explicar o porquê que seu Deus estava permitindo que sofresse, apesar de tudo, com fé Jó exclamou: “Porém ele sabe o meu caminho”. - Jó 23:10

A controvérsia entre Jó e seus amigos está registrada nos muitos capítulos de seu livro. O registro diz: O SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho dizendo: “Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás”. (Jó 38:1-3) A longa série de perguntas que Deus fez a Jó, as quais até hoje a sabedoria humana atual não é capaz de responder satisfatoriamente, manifestam os muitos meios que deveriam convencer ainda que ao mais cético sobre a veracidade das palavras de Davi: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus.” (Salmo 14:1) O homem sábio tem conhecimento de que a existência de Deus responde a muitas de nossas inquietações.

Deus pergunta a Jó: “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” (vv. 4-7) Jó era um homem sábio, que sabia que tudo o que é feito pelo homem necessita de planejamento prévio e de habilidade para sua execução. As coisas não aparecem do nada e seria insensato pensar que sejam obras da casualidade.

A terra, o lugar de toda a humanidade, foi criada sem a intervenção de Jó. Ele não se achava presente quando Deus pôs os seus “fundamentos”. Não tomou parte em seu planejamento ou arquitetura, mas ele sabia que isto ocorreu. Este maravilhoso exercício de sabedoria e desígnio deveria nos ajudar, como sem dúvida o fez com Jó, a ver que existe ou deve existir um maravilhoso e inteligente Arquiteto e Construtor com poderes muito superiores aos do homem.

Então o Senhor fez lembrar a Jó de alguns dos detalhes em conexão com a criação da terra. Ele perguntou: “Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre; quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa? Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos, e disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?” - vv. 8-11

AS MARAVILHAS DO MAR

Quão pouco pensamos no poder milagroso de Deus em conexão com as marés e com o fluxo dos mares! Oh, sim, é claro que podemos “explicar” tal fenômeno! As marés, dizemos, são produzidas pela “atração” gravitacional da lua. Mas, o que isso significa? É verdade que Isaac Newton descobriu a Lei da Gravitação Universal, porém, o mais importante é que nos perguntemos: Quem é aquele que pôs em vigência esta lei e a implementou? Em algumas ocasiões quando localmente os ventos incrementam a altura das marés aqueles que vivem perto da orla do mar devem temporariamente refugiar-se em lugares altos; mas poucas são as pessoas que sabem apreciar que foi Deus aquele que nos possibilitou que pudéssemos viver perto das praias, quando se dirigindo ao mar decretou: “Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas.” - v. 11

Em seguida foi perguntado a Jó: “Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada ou mostraste à alva o seu lugar?” (v. 12) Aparentemente Jó era um homem proeminente, que exercia considerável autoridade em sua comunidade, porém não tinha controle sobre o nascimento do Sol. “Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada?” Não, claro que não! Jó sabia que desde o início de seus dias, e que desde que se lembrava, o Sol nascia e se punha sem que ele tivesse algo a ver com isso. Ele reconheceu também que isto havia sido assim nas gerações anteriores a ele. Sabia que o homem nunca havia tido controle sobre o movimento do Sol, da Lua, ou das estrelas. Isto estava além da capacidade humana, pois era a obra de Deus!

AS PORTAS DA MORTE

Deus perguntou a Jó: “Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?” (v. 17) Homens e mulheres de todas as eras tem tentado descobrir o que há além da morte. À parte da revelação que nos é fornecida pela Palavra de Deus, que nos assegura que haverá uma ressurreição dos mortos, ninguém tem obtido uma resposta satisfatória. Assim como o mistério da criação é explicável somente à luz do fato que há um supremo e inteligente Criador, da mesma maneira o desejo de viver após à morte se transforma em uma esperança genuína somente porque Aquele que criou a vida promete restaurá-la aos mortos. Os vários incidentes registrados na Bíblia em conexão com o despertamento de alguns do sono da morte se tornam provas da existência de Deus, aquele que criou “os céus e a terra”. - Gên. 2:1

Aqui temos outra pergunta intrigante: “Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar, para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa? Decerto, tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias!” (vv. 19-21) O que é a luz, e o que é a escuridão? A luz esconde a escuridão da noite, mas para onde vai quando a outra toma o seu lugar? Deus perguntou a Jó se conhecia o lugar de habitação da luz; onde estava esta quando seu lugar era escondido pela escuridão. Mais uma outra pergunta estranha? De modo algum! Com todo o conhecimento científico moderno, ninguém tem conseguido dar uma resposta satisfatória sobre a natureza da luz. Como a eletricidade, a qual todos sabemos existe, porém, não podemos defini-la claramente, assim também, a luz e a escuridão são inexplicáveis. Mas Deus sim, o sabe, pois ele criou os dois. Foi Deus que disse: “Haja luz; e houve luz”. - Gên. 1:3

Jeová continuou questionando a Jó, perguntando-o sobre aquilo que os incrédulos de hoje descrevem como simples obras da natureza, mas que para os muitos que acreditam em Deus são provas autênticas de sua existência. Citamos: “Quem abriu para a inundação um leito e um caminho para os relâmpagos dos trovões, para chover sobre uma terra onde não há ninguém e no deserto, em que não há homem; para fartar a terra deserta e assolada e para fazer crescer os renovos da erva? A chuva, porventura, tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho? De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu?”. - vv. 25-29

A resposta obvia a todas estas perguntas é que deve ter sido um Ser supremo, um Criador Inteligente que projetou e criou a água, o mesmo que também planejou os meios pelos quais esta alcançaria o solo e daria a vida. A maioria de nós temos sido felizes testemunhas do poder vivificador da água; mas sabemos apreciar o poder milagroso de quem o produz e qual criou os céus e a terra? Quão maravilhoso é o arranjo de Deus que permite que a água alcance os lugares secos! (Sal. 104:41) Como sabemos, é pela evaporação da água dos oceanos e lagos que a umidade ascende formando nuvens, as mesmas que se distribuem sobre a terra e que mudanças de temperatura nas correntes de ar soltam suas refrescantes águas em forma de chuva ou de neve. Alcançando a terra, a água encontra seu caminho de volta aos oceanos e lagos reiniciando o maravilhoso ciclo. Instrumentos científicos modernos nos dão uma idéia de como isto ocorre, embora o poder que faz isso seja ainda desconhecido.

OS CORPOS CELESTES

Dirigindo sua atenção aos corpos celestes, Jeová perguntou a Jó: “Ou poderás tu ajuntar as delícias [cadeias – AL21] do Sete-estrelo [das Plêiades - AL21] ou soltar os cordéis do Órion? Ou produzir as constelações a seu tempo e guiar a Ursa com seus filhos? Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra? - vv.31-33

A lição implícita nestas perguntas é mais surpreendente hoje do que naquele tempo. Jó era um homem sábio para o seu tempo, mas o conhecimento da astronomia não havia alcançado em seus dias o nível atual. Cálculos realizados hoje com a ajuda de imensos telescópios tem revelado a precisão minuciosa presente no movimento dos corpos celestes, dando evidência de que eles são mantidos em suas órbitas e a velocidades constantes pelo poder e planejamento de uma Suprema Inteligência inexplicável ao homem.

Sem entrar em detalhes sobre suas particularidades, a principal lição que podemos tirar de tudo isto é que nem Jó em seu tempo, e nem nós na atualidade estamos em condições de mudar o curso de quaisquer dos planetas, do Sol e das estrelas. Não entendemos as forças que controlam “as ordenanças dos céus”, ou a maneira em que suas influências se fazem sentir na terra. Mas Deus o sabe, pois Ele criou tanto os céus como a terra e estabeleceu a relação que deveria existir entre eles.

A IMAGEM DE DEUS

Uma das perguntas mais difíceis que Deus fez a Jó foi: “Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento?” (v. 36) Os animais inferiores são governados pelo que chamamos de instinto. Desde o tempo de seu nascimento parecem seguir um padrão de conduta. Se bem que é verdade que muitos deles podem ser treinados para obedecer aos comandos de seus donos, porém, não há evidência alguma de que entendam o porquê disso. Certamente, como está implícito na pergunta feita a Jó, os animais inferiores não possuem um conhecimento “no íntimo” ou apreciação mental de sua existência ou curso de ação.

Porém com o homem é diferente. Ele tem a habilidade de raciocinar, ainda que seja até certo grau. Sabe que algumas coisas são corretas e outras erradas. Tem uma consciência que o acusa quando faz algo errado, mas, que produz paz e contentamento quando faz o que é correto. Muitos têm elaborado teorias pretendendo explicar a evolução do homem a partir do protoplasma até ao seu estado atual. Estes têm tentado explicar o que é que provocou as várias mudanças anatômicas no processo evolutivo animal conduzindo ao surgimento do homem. No entanto, ninguém tem tentado responder a pergunta feita a Jó: “Quem pôs a sabedoria no íntimo?” ou “Quem deu à mente o entendimento?”

Há apenas uma resposta a esta pergunta. É a resposta que Deus dá, e que está registrada em sua inspirada Palavra, para nossa instrução e ânimo. Ela se acha no primeiro capítulo da Bíblia, versículos 27 e 28. Ali se nos diz que o homem, tal como é hoje, é de longe muito superior às formas de vida animal superiores, sendo capaz de raciocinar, planejar, inventar, de saber o bem e o mal, pois foi criado à “imagem de Deus”. Os evolucionistas não podem encontrar uma explicação razoável, válida e provável que esclareça como essa diferença entre o homem e seus supostos ancestrais mais próximos dentre o reino animal veio a existir.

OS INSTINTOS EXIBEM A SABEDORIA CRIATIVA

Através do capítulo 39 do livro de Jó achamos diversas outras perguntas que a sabedoria humana não pode responder. Estas perguntas têm a ver com as maravilhas exibidas por certos animais e aves. O capítulo começa com estas perguntas: “Sabes tu o tempo em que as cabras montesas têm filhos, ou observastes as cervas quando dão as suas crias? Contarás os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto? Quando se encurvam, produzem seus filhos, e lançam de si as suas dores. Seus filhos enrijam, crescem com o trigo; saem, e nunca mais tornam para elas”. - vv.1-4

Jeová então passa a chamar a atenção das características de outros animais: “Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo, ao qual dei o ermo por casa e a terra salgada, por morada? Ri-se do ruído da cidade; não ouve os muitos gritos do condutor. A região montanhosa é o seu pasto, e anda buscando tudo que está verde”. - vv. 5-8

E outra vez: “Ou querer-te-á servir o boi selvagem? Ou ficará no teu curral? Ou com corda amarrarás, no arado, ao boi selvagem? Ou escavará ele os vales após ti? Ou confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cargo o teu trabalho? Ou te fiarás dele que te torne o que semeaste e o recolha na tua eira?” (vv. 9-12) Estes são os que conhecemos como animais domésticos, os quais com pouco esforço podem ser treinados para servir ao homem. Porém aqui Deus chamou à atenção de Jó as outras variedades de animais que são selvagens e se recusam a submeter-se ao homem. Quem é responsável por estas diferenças?

Nem Jó nem nós somos suficientemente sábios para compreender o processo criativo que produziu as variedades quase sem fim da criação. Somente Deus pôde fazer uma árvore e este fato é ainda mais surpreendente quando consideramos as centenas de variedades de árvores, plantas e flores que existem, assim como a variedade que encontramos no reino animal. Somente um supremo e inteligente Criador pode ter produzido esta quase que interminável sucessão de coisas criadas, cada uma delas desdobrando a seu modo a sabedoria e poder de seu Criador. Pondo em evidência que Jó ainda não havia se apercebido de quão pouco compreendia da sabedoria e do poder do Criador, outras perguntas foram feitas. “A avestruz bate alegremente as suas asas, porém, são benignas as suas asas e penas?” (v.13) Todas as aves têm penas e asas, mas quão diferentes são umas das outras. O pavão real é conhecido pela beleza de sua plumagem, sendo usado como exemplo contrastante com a avestruz cuja aparência é mais simples. Quem fez com que fossem diferentes? A casualidade da evolução? Não! Foi a sabedoria e poder do Criador!

Na maioria dos casos as aves e animais inferiores instintivamente exercem grande cuidado com seus filhotes. As aves inteligentemente constroem ninhos onde, com carinho e esmero, chocam seus ovos. Se este instinto foi o produto da evolução cega, a razão nos diz que não deveria haver exceções, pois as mesmas influências são as que governaram o processo evolutivo de todas. Mas há exceções e ao perguntar a Jó, o Criador lhe chamou a atenção a uma. Referindo-se à avestruz, Jeová disse: “Ela deixa os seus ovos na terra e os aquenta no pó. E se esquece de que algum pé os pode pisar, ou que os animais do campo os podem calcar. Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor. Porque Deus a privou de sabedoria e não lhe deu entendimento. A seu tempo se levanta ao alto; ri-se do cavalo e do que vai montado nele”. - vv. 14-18

Os evolucionistas estariam perdidos se tentassem explicar o porquê esta mãe ave não toma interesse pelos seus filhotes. Somente a explicação de Deus, que diz, “Deus a privou de sabedoria e não lhe deu entendimento”, à avestruz, esclarece este paradoxo da natureza. Porém se lhe deu velocidade e força como que pudesse “rir-se do cavalo e do que vai montado nele”. Se deixarmos de lado o Deus da criação, teríamos aqui outra pergunta sem resposta.

INSTINTO OU HABILIDADE

Nos versículos finais do capítulo 39 outro convincente pensamento nos chama a atenção. Se pergunta a Jó: “Ou voa o gavião pela tua inteligência, e estende as suas asas para o sul? Ou se remonta a águia ao teu mandado e põe no alto o seu ninho? Nas penhas mora e habita; no cume das penhas, e nos lugares seguros. Dali descobre a presa; seus olhos a avistam de longe. E seus filhos chupam o sangue, e onde há mortos, ali está ela”. - vv. 26-30

Ao chamar nossa atenção aos hábitos do gavião e da águia, Jeová nos lembra outra vez das numerosas peculiaridades que existem nos hábitos de vida das aves e do mundo animal em geral. Existem aves migratórias que se deslocam do norte ao sul e do sul ao norte de acordo com a mudança das estações. Existem aves nadadoras, pássaros cantores, corujas gritantes e falantes papagaios. Por outro lado há aves atrativas pela sua beleza e outras de aparência opaca e pouco chamativa.

Mas, por que nos determos com as aves? A mesma variedade encontramos nos animais terrestres, árvores, flores e insetos. Há somente um ponto em comum a todos e este é a vida, tanto animada como inanimada. O raciocínio incrédulo do homem, que em sua insensatez afirma que todos estes milhares de animais e plantas têm evoluído assim como tal, não pôde explicar até hoje como é que estes vieram a existir. A origem da vida lhe é desconhecida, fora da explicação que é fornecida pelas Escrituras.

Aceitando o relato bíblico como correto, nos será fácil compreender o porquê de outras perguntas feitas a Jó não poderem ser respondidas pelos evolucionistas. É evidente que somente a sabedoria infinita e o poder de um Deus pessoal, que é por sua vez o Criador, é que são os responsáveis pelas obras inspiradoras da criação. Estas têm sido maravilhosamente desdobradas nos céus, sobre a terra e dentro das águas.

Jó também concluiu que a única resposta a todos os mistérios da criação é que estes são a obra de um Criador inteligente. Para Jó, esta foi também a resposta ao problema do sofrimento humano. Como podia ele pôr em dúvida a sabedoria do grande Criador ao permitir que o homem sofra por certo tempo? Certamente que aquele que desdobrou ordenadamente e com sabedoria as obras da criação sabia o que era melhor para o ser humano. Não deveríamos todos chegar à mesma conclusão, especialmente se soubéssemos o significado de nossa existência e fôssemos conduzidos a perceber com esperança qual será o eterno destino que o Criador tem preparado para sua criação humana?

Jó disse a Deus: “Bem sei eu que tudo podes.” (Jó 42:2) Se aceitarmos isto como correto, então teremos encontrado um fundamento de fé sobre o qual edificar um verdadeiro conhecimento do sábio e amoroso propósito de Jeová ao criar o homem. Se crermos que Deus é Todo-Poderoso, nenhuma das verdades que Ele nos dá em sua Palavra a respeito de seus planos e propósitos deverão ser desdenhados; nenhuma instrução de sua parte deverá ser desobedecida ou passada por alto; e nenhuma de suas promessas poderá ser tomada superficialmente. A sabedoria, e o poder de Jeová são maravilhosamente desdobrados em suas obras criativas que nos rodeiam. No entanto, se não tivéssemos outra revelação de Deus além destas, ainda assim subsistiriam muitas razões pelas quais ficaríamos maravilhados em sua justiça e amor. Certamente, é grandioso o desígnio para com sua criação humana que encontramos na Bíblia, o que confirma este maravilhoso livro como sendo sua Palavra e Revelação para os seus servos aqui na Terra.



Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora