Lição para 4 de Janeiro

Inspirado para Inquirir

Versículo Chave: “E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?”
– Lucas 2:49

Escritura Selecionada:
Lucas 2:41-62

QUANDO JESUS TINHA DOZE anos de idade, temos o registro de que ele foi com seus pais, Maria e José, a Jerusalém para participar da festividade da Páscoa judaica [festa dos pães ázimos]. (Lucas 2:41, 42) Este era um requisito sob a Lei Judaica: “Três vezes no ano todo o homem entre ti aparecerá perante o SENHOR teu Deus, no lugar que escolher, na festa dos pães ázimos, e na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos.” (Deut. 16:16). Maria e José, sendo pessoas de coração justo, sabiam da importância de observarem a lei de Deus segundo seus melhores esforços, e assim faziam esta viagem anual de Nazaré a Jerusalém, por uma distância de cerca de 96 quilômetros, tendo o jovem Jesus com eles a cada ano.

Quando “terminaram aqueles dias” da festividade (Lucas 2:43), Maria e José iniciaram a viagem de volta a sua casa, juntamente com outras pessoas da sua família e companheiros irmãos judeus que residiam em Nazaré, todos aqueles que evidentemente haviam viajado em grupo para esta peregrinação anual a Jerusalém. Jesus, no entanto, havia sido deixado para trás, e uma vez que havia tantas pessoas que viajavam juntas de volta a Nazaré, Maria e José não notaram a sua falta até quando já tinham viajado um dia inteiro. (vs. 43, 44) Eles o procuraram dentre os seus companheiros de viagem, mas em vão. Assim, eles viajaram novamente em direção a Jerusalém, certamente preocupados com o seu bem-estar. Após chegarem em Jerusalém, continuaram a buscar Jesus, procurando-o por três dias sem sucesso. “E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os.” - v. 46

Maria, embora muito grata e aliviada de que seu filho foi encontrado em segurança e bem, o repreendeu, dizendo: “Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos.” (v. 48) Isto pareceria ter sido uma reação natural e razoável de uma mãe preocupada, especialmente considerando que Jesus tinha apenas doze anos de idade, nem sequer próximo da idade adulta. A resposta de Jesus, no entanto, como consta no nosso versículo chave, foi bastante surpreendente. Efetivamente, ele lembrou a sua mãe que o templo era o primeiro local em que deveria ter pensado ao procurar por ele. Afinal, Maria sabia, mesmo antes de seu nascimento, que ele seria o Salvador da humanidade, e, portanto, ela deveria ter se apercebido que desde uma idade muito jovem, Jesus teria um grande desejo de saber, o quanto pudesse, sobre o plano de Deus e acerca de sua herança como judeu, nascido sob a lei. Quão apropriado era que o jovem Jesus se assentasse aos pés dos anciãos no templo, absorvendo a riqueza de informações por eles providas, ‘quer ouvindo-lhes, quer fazendo-lhes perguntas!’ “E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.” - v. 47

Jesus percebeu que, tão importante quanto obter bastante conhecimento e entendimento do plano de Deus, em vista de sua pouca idade, era também adequado que ele se sujeitasse aos seus pais, até que atingisse a idade adulta. Assim, nesta condição, “desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito… E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” - vs. 51, 52